Prefeitura de São Paulo

Elas compartilham a casa, o zelo com suas fardas, o compromisso com as pessoas e o brilho nos olhos ao falar – tanto uma da outra, quanto da decisão de dedicar à vida à segurança da cidade. Em homenagem ao Dia das Mães, a Prefeitura de São Paulo destaca a história de duas agentes de segurança que são, além de mãe e filha, parceiras de profissão: a Subinspetora Silvanete Dias de Sousa, de 56 anos, e a aluna terceira classe Sarah de Sousa Silva, de 23 anos, que atuam na Guarda Civil Metropolitana (GCM), sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

Para Silvanete, o desejo de integrar a Guarda Civil Metropolitana surgiu já na vida adulta. “Eu trabalhava em outra área, mas via as agentes em eventos, desfiles. Achava uma profissão muito bonita”. Quando soube da abertura do concurso, não hesitou: se inscreveu, foi aprovada, passou pela formação e, desde então, construiu uma carreira sólida na instituição. Já são 27 anos de trabalho – 21 deles na Inspetoria Regional do Itaim Paulista e, os últimos, no apoio à supervisão da base da GCM em Guaianases.

Ao longo de sua trajetória, Silvanete acompanhou de perto muitas transformações da cidade e da própria corporação, mas confessa que nada a marcou tanto quanto a notícia de que sua filha seguiria seus passos. “Ela via muitas séries e dizia que queria trabalhar com segurança, mas não achei que seria na Guarda Civil. No primeiro dia ela já se identificou. Ela me surpreendeu”, comenta, com visível orgulho.

Sarah, por sua vez, não titubeia ao responder sobre sua principal motivação para seguir na profissão: “A minha mãe, com certeza. Vê-la todos os dias trabalhando, suas atitudes e postura foi o que me incentivou”. Estudante de Direito, ela frequenta desde novembro na Academia de Formação da Secretaria de Segurança Urbana e faz planos para crescer na GCM. E para tal, é a mãe, mais uma vez, quem surge como exemplo: “Quero ter a firmeza dela ao falar, a atitude, o empoderamento. Admiro a habilidade que ela tem de demonstrar que está sempre à disposição e de conseguir prever o que é preciso em cada situação”, destaca.

Apesar de reconhecer sua influência na escolha da filha, Silvanete acredita que Sarah carrega um talento nato para a função — e afirma estar pronta, também, para aprender com a experiência da jovem. “Assisti um vídeo dela em um treinamento de abordagem e mais uma vez ela me impressionou. Parece que já é da área. Talvez ela me ensine mais do que eu vou ensinar para ela”, diz.

Um olhar diferenciado
O relato das agentes também chama atenção para a importância da presença feminina na segurança pública — um espaço historicamente ocupado por homens. “O preconceito é grande, mas a gente supera. Toda mulher enfrenta dificuldades em sua área de atuação apenas por conta do gênero”, comenta Silvanete.

Amparada por quase três décadas de experiência, a Subinspertora reforça que a perspectiva feminina e a maternidade apenas fortaleceram sua atuação como agente de segurança, ampliando sua empatia e capacidade de escuta. “Você sabe lidar com o ser humano. Principalmente em ocorrências envolvendo a Lei Maria da Penha, situações de agressão e mediação de conflitos, o fato de ser mãe faz você se colocar no lugar da outra pessoa”, afirma.

Histórias como a de Silvanete e Sarah traduzem bem a essência da Guarda Civil Metropolitana — uma instituição que se fortalece não apenas pelo preparo e a técnica, mas pela humanidade de seus agentes. Nesse sentido vale destacar que o lema da GCM — amiga, protetora e aliada — também retrata o papel que tantas mães exercem todos os dias dentro e fora de casa.