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Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017 | Horário: 16:52
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Em 22 dias, “Corujão da Saúde” faz 100 mil exames

Dos 485 mil pacientes que aguardavam na lista de espera, 320 mil já foram agendados

Em 22 dias de programa, o “Corujão da Saúde” atingiu nesta terça-feira (31) a marca de 100 mil exames realizados. Dos 485 mil que aguardavam na lista de espera, 320 mil já foram agendados. Restam ainda 70 dias para conclusão do agendamento de 165 mil exames e a realização de 220 mil procedimentos.

O prefeito João Doria, acompanhado pelo secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, celebraram os primeiros resultados do programa conversando com os pacientes que passavam por procedimentos no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade. 

“O Corujão da Saúde é um programa vigoroso, inovador e transformador da Prefeitura de São Paulo. Ele mostra que as ações cooperadas funcionam melhor, são mais eficientes e atendem às necessidades da população. Um programa que muitos acreditavam que não pudesse funcionar, mas que nesta fase inicial já se mostrou vitorioso e que será concluído com bastante eficiência e êxito”, afirmou o prefeito.

Os principais exames realizados pelo “Corujão” foram: ultrassonografia (55 mil), mamografia (12 mil), ecocardiografia (5 mil), tomografia (5 mil) e densitometria óssea (2 mil). Ao todo, 43 instituições do setor privado ofertaram à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pelo menos 61,6 mil exames e o número ainda deve aumentar.

“Toda a saúde do Brasil depende exatamente do que fizemos com esta fila: gestão. Se nós não fizermos gestão de todo o processo, com todos os atendimentos, nós vamos continuar gastando dinheiro, achando que falta remédio, exames e dinheiro”, disse o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara.

Além dessas vagas, a pasta utiliza sua rede própria para atender o programa. Duas instituições privadas (Fidi e Cies), que gerenciam o parque radiológico municipal por toda a cidade, ampliaram o volume da oferta de exames, entre tomografias, ressonâncias, ultrassons, ecocardiogramas e outros, para atender aos pacientes do “Corujão”.

Novas instituições privadas também mostraram interesse em participar do programa. As propostas enviadas serão analisadas por uma comissão de avaliação da SMS. O prefeito ressaltou a importância para a capital de parcerias com as empresas em diferentes serviços e se colocou à disposição de outros representantes da iniciativa privada que desejarem contribuir com a cidade.

“Nós queremos mais oportunidades em projetos como este para que possamos fazer o impossível para contribuir com as agendas de saúde e educação da Prefeitura”, disse o CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap.

Com os novos hospitais privados que estão aderindo ao programa, a Prefeitura conseguirá cumprir a meta de zerar a fila por exames no prazo de 90 dias, contados desde o dia 10 de janeiro. Ao final do “Corujão”, nenhum paciente deverá aguardar por exames por mais de 30 dias na rede municipal. Os novos pacientes que necessitam de exames na Rede Municipal não vão para o “fim da fila”, pois parte da rede está dimensionada para atendê-los.

Os horários dos exames para o “Corujão” variam conforme a disponibilidade e capacidade ociosa de cada instituição parceira. A marcação de procedimentos na madrugada será exceção.

PET Scan
Uma das pacientes beneficiadas com a parceria com o setor privado foi Laís Porto Maia, de 67 anos, que luta contra o câncer no pâncreas há mais de dois anos. Há sete meses a idosa estava aguardando uma vaga para fazer um PET Scan com gálio 67 pela rede pública.  

Este exame de alta complexidade permite a análise da função dos tecidos e de órgãos. Detecta variações antes que elas possam ser visíveis em imagens de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Para isso, o paciente recebe contraste por via venosa com moléculas marcadas por um isótopo radioativo. Ao passar pelo PET Scan, câmeras especiais coletam o padrão de radioatividade do corpo, criando imagens que mostram o percurso das moléculas e o local onde se acumulam.

Laís, que vive em Boquira, na Bahia, está hospedada na casa de um de seus filhos, morador do Jardim Novo Mundo, na zona norte. “Os médicos pediam o exame e eu não tinha condições de pagar para fazer. Eu queria desistir, voltar para o meu cantinho. Mas eu tinha que ter este exame para ter certeza do como o médico vai cuidar do meu pâncreas”, conta Laís, que calcula já ter gasto mais de R$ 3,5 mil com exames diagnósticos.

Há dez dias, ao sair para comprar uma torneira para consertar um vazamento, a filha de Laís percebeu que havia um evento acontecendo nas ruas do bairro. O Jardim Novo Mundo recebeu em 22 de janeiro o Mutirão Mário Covas – Calçada Nova. Simone Maia, 30 anos, decidiu então aproveitar a oportunidade e pedir a ajuda do prefeito Doria para agilizar a realização do exame. “Ele nos atendeu e no dia seguinte já entraram em contato conosco. E hoje já estou aqui, fazendo o exame”, diz Laís.

A paciente passou pelo procedimento na manhã desta terça-feira (31) no Hospital Sírio-Libanês. “Estou feliz que consegui fazer o exame. Na sexta-feira vou mostrar para a junta média e agora vamos poder decidir o que fazer. O que eu mais quero é sarar e voltar para a minha casa”, completa.



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