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Sexta-feira, 4 de Agosto de 2017 | Horário: 15:37
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Estudo preliminar do Parque Augusta levou em consideração propostas da sociedade

Projeto prevê três portões para acesso do público, sendo dois pela Rua Augusta e um pela Rua Caio Prado
884289-Área do Parque Augusta

O primeiro estudo preliminar desenvolvido para decidir os serviços e atrações do Parque Augusta, uma área de cerca de 24 mil m² na região central de São Paulo, partiu de cinco propostas entregues pela sociedade, que foram analisadas pela área técnica da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e compiladas em um único desenho. Ele deve ainda passar por revisões e ajustes até chegar ao projeto final.

O Parque Augusta fica em uma região carente de área verde na cidade. Os parques mais próximos são Buenos Aires, Mario Covas e Trianon. O projeto foi pensado de acordo com os parâmetros definidos no Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada. Também foram pensadas diretrizes para garantir a acessibilidade e a preservação do patrimônio tombado na área, que inclui toda a vegetação do bosque, a edificação remanescente do antigo Colégio Des Oiseaux, além do portal localizado na Rua Caio Prado.

Este estudo contempla o programa mínimo e necessário para atender às necessidades do público e do parque, que inclui:

  • Área administrativa: sala para administração, vestiários, copa e depósito;

  • Sanitários públicos acessíveis;

  • Depósito de materiais para guardar equipamentos de jardinagem e manejo;

  • Playground e equipamentos de ginástica;

  • Área para colocar redes de descanso;

  • Pistas de caminhada;

  • Área para soltura de cães, denominado cachorródromo;

  • Arquibancada/escadaria e deque de madeira, que abriga a área administrativa;

  • Área gramada.

Para o público acessar o espaço, estão previstos dois portões, sendo um pela Rua Augusta e um pela Rua Caio Prado, além de outro para serviço na Rua Marquês de Paranaguá. O muro que atualmente contorna toda a área do parque será demolido para dar lugar ao gradil.

A arquibancada/escadaria serve como uma praça de chegada pelo acesso superior da Rua Augusta. Ela também abrigará a área administrativa e os futuros sanitários públicos, vencendo o desnível entre a rua e o parque, criando um espaço de estar. Já a edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, localizada na área do bosque, poderá ser utilizada para atividades culturais e de educação ambiental. Haverá um café para os frequentadores.

O município também irá garantir a participação social na criação do parque em uma audiência pública, prevista para acontecer em dezembro deste ano.

Histórico
A área do futuro Parque Augusta é composta por cerca de 24 mil m². Trata-se de uma das últimas áreas preservadas do Centro de São Paulo, com vegetação significativa e bens de valor histórico. A população da região luta há décadas para que o município adquira a área.

Durante mais de sessenta anos (1907-1969) uma das escolas mais tradicionais de São Paulo, o Colégio Des Oiseaux, ocupou parte do terreno e, em 1974, o prédio foi demolido sem autorização. Em 1996, a área foi vendida a um ex-banqueiro e engenheiro civil. Sem conseguir aprovações para a construção de empreendimentos no local, vendeu todo terreno às construtoras Setin e Cyrela. Em 2008, o prefeito GIlberto Kassab acatou o pedido da associação dos moradores do bairro e decretou o local como de utilidade pública, pelo valor histórico e ambiental do bosque de mata atlântica remanescente no terreno. 

Desde então, o terreno é alvo de disputas. O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) aprovou a construção de edifícios no local, mas as obras não foram para frente. O decreto de utilidade pública do terreno caducou em 2013, e o prefeito Fernando Haddad sancionou a lei que autorizou a criação do Parque Augusta.

Em fevereiro de 2015, a Prefeitura e o Ministério Público assinaram termos de ajustamento de conduta com dois bancos estrangeiros para indenizar a administração municipal em mais de R$ 60 milhões por terem sido utilizados na movimentação de recursos desviados durante a gestão de Paulo Maluf (1993-1996). No acordo estava previsto o uso de parte do recurso para a compra da área e implantação do parque. Com esse acordo anunciado nesta sexta-feira, o dinheiro será liberado para ser utilizado em educação.

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