Prefeitura de São Paulo

Quando um agente de saúde visita casas num bairro, ele procura conhecer melhor os moradores e como vivem lá. Cabe a este profissional identificar a necessidade de encaminhamento dos munícipes para a rede SUS.

Se há um idoso acamado, uma criança em idade de vacinação, uma gestante sendo acompanhada ou não, se alguém precisa de ajuda, de medicamentos, de atenção ou de acolhimento, é possível saber nessa rotina diária dos profissionais, que são pessoas que residem nos locais onde atuam e treinadas para o trabalho.

Mas e quando quem precisa de ajuda demanda um olhar mais atento ao problema que coloca o Brasil nas estatísticas crescentes da violência contra a mulher no mundo? “Estamos preparando uma capacitação específica para os nossos agentes que os tornará aptos a identificar as situações de violência ou mesmo a vulnerabilidade de uma mulher nas casas”, conta o médico da Coordenação de Atenção Básica para a área de Saúde da Mulher, Dr. Adalberto Aguemi.

Paralelamente a esse treinamento dos agentes, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) retoma o fortalecimento dos Núcleos de Prevenção à Violência (NPV), que são equipes multidisciplinares  para atendimento às mulheres vítimas de violência nas UBS. “Serão mais de 400 unidades com profissionais para acolhimento e encaminhamento da mulher para os nossos serviços específicos, que poderão atendê-las em situação de violência, oferecendo desde o amparo psicológico até o procedimento do aborto legal que é praticado em hospitais de referência em cada Coordenadoria Regional de Saúde ( CRS) do município”, detalha o especialista.

Neste Dia Internacional da Mulher, as estatísticas (Datafolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública/26 de fevereiro de 2019) dos últimos 12 meses, nos quais 12.873 mulheres foram agredidas por dia, 536 por hora e nove foram agredidas por minuto motivam não somente o melhor acolhimento e atendimento da mulher vítima de violência na Saúde municipal, como também pautam a programação durante todo o mês de março nas unidades em diferentes regiões da cidade no mutirão Saúde Mais Perto da Mulher.

A coleta do papanicolau, exame preventivo de câncer de colo de útero, dividirá a agenda das unidades regionais com as rodas de conversa sobre violência contra a mulher e as atividades motivacionais, de recuperação da autoestima, com utilização das práticas integrativas, que recentemente tiveram sua presença ampliada na rede de atenção básica.  Confira aqui a programação (hiperlink da grade de mutirão de serviços anexo).

SUS para mulher em SP

As 464 Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada para o universo de serviços ofertados pelo SUS em São Paulo, por meio da gestão municipal, feita pela SMS. Especificamente para a saúde da Mulher, há serviços de saúde sexual e reprodutiva, climatério e menopausa, assistência obstétrica e câncer de mama. Para acolhimento de vítimas de violência sexual, procedimento de aborto legal nos seguintes hospitais:

Hospital Dr. Mario de Moraes Altenfelder Silva - Vila Nova Cachoeirinha

Hospital Prof. Mário Degni

Hospital Fernando Mauro Pires da Rocha 

Hospital Municipal Carmino Caricchio

Hospital Municipal Tide Setúbal

Na unidade de saúde mais próxima de sua residência, a munícipe pode obter o encaminhamento para as diferentes especialidades.

São 16 maternidades e duas unidades que realizam o parto humanizado, a Casa Angela e a  Casa de parto Sapopemba.

Nos hospitais Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto - Ermelino Matarazzo, Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha e na Maternidade Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva - Vila Nova Cachoeirinha o município possui bancos de leite.