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Terça-feira, 3 de Junho de 2025 | Horário: 15:23
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Obesidade Infantil: veja 12 passos para uma alimentação saudável das crianças

Dicas integram guia do Ministério da Saúde e têm início na amamentação

Para conscientizar sobre o tema, a Prefeitura de São Paulo divulga no Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil, 3 de junho, um resumo dos “Doze Passos para uma alimentação saudável” que integra o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos, do Ministério da Saúde. O documento apresenta as informações necessárias para incentivar, apoiar, e proteger a saúde e segurança alimentar e nutricional das crianças brasileiras. 

A obesidade infantil é uma realidade global, como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica o problema como uma epidemia. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 6 milhões de crianças entre 5 e 9 anos têm sobrepeso ou estão obesas no Brasil. A obesidade entre crianças é resultado de uma série de fatores, que podem ser tanto genéticos quanto comportamentais, em vários contextos, como o familiar, escolar e social, desde a nutrição da mãe ao longo da gravidez até a introdução de alimentos de forma inadequada, dieta desequilibrada do ponto de vista nutricional, entre outros.

Veja os 12 passos para uma alimentação saudável na infância

1 – Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses
A composição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança conforme sua idade, protegendo-a contra doenças na infância e na vida adulta. Também ajuda no desenvolvimento do cérebro e fortalece o vínculo entre mãe e criança.

2 – Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses
A alimentação da criança deve ser composta por comida de verdade, isto é, refeições feitas com alimentos in natura ou minimamente processados de diferentes grupos (por exemplo, feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras, carnes).

3 – Oferecer água própria para consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas
Água é alimento e deve fazer parte do hábito alimentar desde o início da oferta dos demais alimentos, pois é essencial para a hidratação da criança e não deve ser substituída por nenhum líquido, como chá, suco ou água de coco, muito menos refrigerante ou outras bebidas ultraprocessadas. Atenção quanto a oferta de chás para crianças: diversas ervas não são recomendados para crianças. Bebidas como café, erva-mate, chá-verde, chá-preto têm substâncias que dificultam o aproveitamento do ferro e do cálcio, nutrientes importantes para o desenvolvimento infantil, além de conterem cafeína, uma substância estimulante.

4 – Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno
A comida com consistência adequada à criança contribui para seu desenvolvimento, além de conter, em geral, mais energia e nutrientes do que refeições mais líquidas. No início da introdução alimentar ofereça a comida amassada com o garfo, depois progrida para alimentos cortados em pedaços pequenos, raspados ou desfiados para estimular a mastigação. Evite preparar comidas líquidas e não utilize liquidificador, mixer ou peneira, pois a criança pode vir a ter dificuldade para aceitar comidas sólidas no futuro, podendo engasgar ou sentir ânsia de vômito. Sopas, sucos e caldos, por serem mais aquosos, fornecem menos energia e nutrientes do que a criança necessita. A consistência ideal é aquela em que o alimento não escorre da colher, é firme e exige mastigação, ajudando no desenvolvimento do rosto e ossos da cabeça, na respiração e no aprendizado da mastigação. Caso perceba dificuldades da criança ao engolir, procure apoio em uma UBS, a fim de evitar acidentes como o engasgo grave.

5 – Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade
O consumo de açúcar não é necessário e causa danos à saúde como cáries, obesidade ainda na infância e, na vida adulta, pode levar a doenças crônicas, como diabetes.

6 – Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança
Produtos como salgadinhos, biscoitos e refrigerantes são pobres em nutrientes e podem conter muito sal, gordura e açúcar, além de aditivos, como adoçantes, corantes e conservantes. Seu consumo pode levar a problemas como hipertensão, doenças do coração, diabetes, obesidade, cáries e câncer, além de afetar a cultura alimentar e as práticas alimentares das famílias.

7 – Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família
Preparar os mesmos alimentos para todos da família, focando alimentos in natura ou minimamente processados, agiliza o dia a dia na cozinha e é uma oportunidade de oferecer alimentação adequada e saudável à família e à criança. É importante adaptar sal, açúcar e gorduras, bem como a consistência dos alimentos conforme a idade e as habilidades de mastigação da criança.

8 – Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família
É fundamental que toda família valorize o momento da alimentação. Comer juntos ajuda a criança a se interessar em experimentar novos alimentos e torna as refeições mais prazerosas. Se ela percebe que a família gosta de comer alimentos saudáveis, ficará estimulada a aceitá-los. Além disso, comer em família é um ato cultural e de produção de vínculo e memórias.

9 – Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição
Alimentar a criança é um processo que demanda paciência e tempo. Estimule a criança a comer, mas sem forçá-la, nem mesmo quando ela estiver doente. Além da comida que vai no prato, o modo como ela é dada à criança também é importante para o seu desenvolvimento. Evite distrações como televisão, celular, computador ou tablet, pois podem dispersar a criança, tirando o foco do alimento. O prazer da alimentação está nos sabores, aromas e na forma como a comida é oferecida.

10 – Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família
Cuidados com a higiene de quem faz a comida, da cozinha e dos alimentos previnem doenças na criança e na família. Lave as mãos sempre que for cozinhar e alimentar a criança, depois de usar o banheiro, de trocar a fralda e de realizar outras tarefas no cuidado da casa. Quando a criança for comer, também lave as mãos dela. A higiene na cozinha envolve a qualidade da água, a limpeza de utensílios e superfícies. Deixe de molho na água com cloro (dilua conforme orientações da embalagem) alimentos que são consumidos crus e com casca, como frutas e verduras. Lembre-se de lavar com água filtrada ou fervida após o molho.

11 – Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa
É possível manter a alimentação saudável fora de casa. Em passeios, festas e quando for às consultas com a equipe de saúde, continue ofertando os alimentos que a criança come em casa, pois muitos dos alimentos in natura ou minimamente processados (como frutas e legumes crus, frutas secas) podem ficar em temperatura ambiente por algum tempo.

12 – Proteger a criança da publicidade de alimentos
A criança confunde facilmente a realidade com a ficção dos programas televisivos e da publicidade, porque ela não tem desenvolvida a capacidade de julgamento e decisão. É um dever de todos proteger a criança da publicidade de alimentos. Crianças menores de 2 anos não devem utilizar televisão, celular, computador e tablet.
 

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