Notícia na íntegra
Prefeitura de São Paulo requalificará região do Ipiranga com novas calçadas, áreas verdes e espaços de lazer
A Prefeitura de São Paulo irá requalificar a região do Ipiranga com travessias sobre o Riacho do Ipiranga, obras de drenagem superficial para a redução de enchentes, novas calçadas iluminadas e áreas verdes para melhoria do microclima e incentivo ao uso dos espaços públicos para lazer. A Avenida do Estado e a Avenida Tereza Cristina serão requalificadas para melhorar a circulação da população até o Museu do Ipiranga, monumento símbolo da Independência do Brasil. O foco da requalificação são os pedestres.
As ações fazem parte do projeto “Eixo Histórico Ipiranga”, concluído pela Prefeitura de São Paulo através da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e a São Paulo Urbanismo. A licitação das obras ficará a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) e da SP-Obras. No último dia 17, os órgãos assinaram contrato para a elaboração do material licitatório. Confira a publicação no Diário Oficial.
O projeto para o entorno do Museu Ipiranga foi desenvolvido tendo como base três premissas: requalificação dos espaços públicos; requalificação ambiental e valorização da paisagem histórica e cultural. Em linhas gerais, a iniciativa busca melhorar, com aplicação das chamadas Soluções baseadas na Natureza (SbN), o acesso de moradores e turistas ao Parque da Independência, local que abriga um conjunto tombado de ícones do patrimônio cultural nacional (Museu do Ipiranga, Monumento à Independência e a Casa do Grito). Após nove anos de obras, o espaço foi reaberto em setembro de 2022 para celebração do Bicentenário da Independência do Brasil.
O projeto atua em uma área de 138.073,88 m², que corta as regiões das subprefeituras da Sé e do Ipiranga e engloba a Avenida Teresa Cristina, a Avenida do Estado (entre a Av. Presidente Wilson e o Viaduto Vinte e Cinco de Março) e a região do entorno da Praça do Monumento. A população estimada dessa região é de 500 mil moradores. Para cada uma dessas vias são propostas intervenções.
Para a redução de enchentes, Avenida Tereza Cristina receberá ações de microdrenagem e soluções baseadas na natureza
Ações de microdrenagem (jardins de chuva e biovaletas) e Soluções baseadas na Natureza (SbN) estão previstas para a Avenida Tereza Cristina. Para a via, onde ela conflui com a Avenida do Estado, é proposta uma praça que alinhará sustentabilidade e lazer. Isso porque, além de ajudar a reduzir as enchentes no local através de suas áreas verdes, o espaço ofertará, aos moradores da região, quadra poliesportiva com arquibancada e aparelhos de ginástica.
Além disso, no outro lado da via, próxima do Museu do Ipiranga, será implantado um pequeno mirante com sistema de suporte às ações de microdrenagem. Mas não é só isso. Também é prevista a instalação de travessias seguras e iluminadas entre as margens do Riacho do Ipiranga, implantação de “lombofaixas” para garantir uma linha de cruzamento mais segura aos pedestres e requalificação de ciclovia.
Praça na avenida terá a função de alinhar sustentabilidade e lazer. Imagem do projeto
Avenida do Estado ganhará calçadas iluminadas e arborizadas
No caso da Avenida do Estado, importante ligação para a cidade de São Paulo, é prevista a requalificação de calçadas com iluminação de LED e arborização para conferir mais segurança e conforto ao pedestre. Outra medida de destaque é a implantação de soluções sustentáveis de microdrenagem para melhorar as condições de absorção, retenção e escoamento de águas pluviais nesta região, além de mitigar efeitos de ilhas de calor e trazer conforto à população.
Caminhos mais seguros na Praça do Monumento
Devido à proximidade ao Parque da Independência, a Praça do Monumento apresenta restrições mais expressivas de proteção do patrimônio histórico. Por esse motivo, para esse logradouro, a requalificação de calçadas será executada com concreto simples e iluminação de baixa altura de modo a não causar impacto na paisagem e até mesmo valorizar o conjunto histórico do Parque da Independência. Já para aumentar a segurança do pedestre, será implantada uma baia de espera de automóveis para conversão da Avenida Dom Pedro I à Avenida Doutor Ricardo Jafet.
Praça do Monumento ganhará caminhos mais seguros. Imagem do projeto
Premissas do Projeto
- Requalificação dos espaços públicos
- Requalificação ambiental
- Valorização da paisagem histórica e cultural
Soluções sustentáveis
Em linhas gerais, o projeto “Eixo Histórico Ipiranga” busca requalificar a região do Museu do Ipiranga com elementos de Infraestrutura Verde e Soluções Baseadas na Natureza (SbNs). O conceito, adotado desde 2018 pela SP Urbanismo em seus projetos, visa a estimular o desenvolvimento sustentável e unir a conservação da biodiversidade ao desenvolvimento econômico e bem-estar da população.
Duas ações emblemáticas nesse sentido são os jardins de chuva e as biovaletas. As duas estruturas estão presentes no projeto e serão construídas de forma sustentável a partir de entulho tratado.
A implantação de uma “praça alagável” na foz do Riacho Ipiranga, onde a Avenida Tereza Cristina conflui com a Avenida do Estado, é outra importante ação pois busca reduzir impacto das cheias na região.
Museu do Ipiranga
O Museu do Ipiranga é o museu público mais antigo da cidade de São Paulo. Ele foi projetado em 1.884 pelo engenheiro Tommaso Gaudenzio Bezzi, no local onde ocorreu o evento histórico de Independência do Brasil. A inauguração do espaço ocorreu em 7 de setembro de 1895.
É considerando um dos mais importantes museus da Universidade de São Paulo e da cidade. Seu acervo, com mais de 125 mil artigos de pesquisa histórica catalogados e mais de 78 mil obras em sua biblioteca, entre livros e periódicos, ajudam a contar a história do país.
Em setembro de 2022, o Museu do Ipiranga foi reaberto ao público após reforma executada pelo Governo do Estado de São Paulo em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil. O monumento já recebeu mais de 1 milhão de visitantes desde a reinauguração.
O Museu do Ipiranga e todo o conjunto histórico que formam o Parque da Independência são tombados pelos três órgãos de proteção do patrimônio cultural do país: IPHAN, CONDEPHAAT e CONPRESP.
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