Prefeitura de São Paulo

Com uma estrutura de atendimento gigantesca, a rede de saúde municipal da capital, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), foi eleita pelo quinto ano consecutivo o melhor serviço público da cidade, segundo pesquisa “O Melhor de São Paulo”, do Instituto Datafolha, divulgada na noite de segunda-feira (28) pelo jornal “Folha de S. Paulo”.  

“O reconhecimento da população é fruto do trabalho de uma rede muito robusta, composta por 1.056 equipamentos, mais de 120 mil profissionais e um orçamento de R$ 22 bilhões”, destaca o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, referindo-se ao orçamento da Prefeitura destinado à saúde neste ano, à quantidade de funcionários diretos ou terceirizados e aos equipamentos, entre postos de saúde, hospitais e laboratórios. 

Zamarco enfatiza o crescimento da Saúde da capital nos últimos quatro anos, com a entrega de 21 novas Unidades de Pronto Atendimento e previsão de mais seis até o fim de 2025. Atualmente, são 34 UPAs (unidades de pronto atendimento).

Somente em 2024, a Secretaria Municipal da Saúde inaugurou 44 equipamentos de saúde, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que eram 456 em 2023 e em 2024 chegaram a 479. Também foram entregues serviços inéditos, como o Centro de Cuidados Integrados (CCI) Leste, o primeiro Centro de Exames da Mulher (CEM), Centros de Cuidados Odontológicos, Centros de Referência da Dor, além do 103º Centro de Atenção Psicossocial (Caps). 

E a rede municipal continua em expansão: a segunda fase do programa Avança Saúde prevê a modernização de 13 hospitais municipais. Além disso, está em construção um quinto hospital veterinário da cidade, na zona leste. São Paulo, aliás, é a única capital do país com hospitais veterinários à disposição da população de baixa renda em todas as regiões.

De acordo com o Datafolha, nesta edição da pesquisa, a rede municipal de saúde da capital paulista foi mencionada por 12% dos entrevistados. O SUS de São Paulo ganhou mais relevância entre a população após a pandemia de Covid-19. 

Investimento em tecnologia
O avanço não é apenas em quantidade. A qualificação técnica e o uso de tecnologia também foram ampliados. Um dos exemplos é o aplicativo e-saúdeSP, que centraliza o histórico do paciente e oferece funcionalidades como consultas online, localização de medicamentos e monitoramento de consumo de álcool por meio da plataforma Modera SP. Já o Agenda Fácil, outro app da rede, permite agendar e cancelar consultas e exames.

Nas consultas na atenção básica, serviços como o Consultório Digital nas UBSs e as salas com videoconferência para atendimentos médicos têm melhorado o fluxo de encaminhamentos para especialidades como dermatologia e cardiologia. Em outras frentes tecnológicas, drones foram usados para mapear focos do mosquito da dengue e pulverizar larvicidas, enquanto máquinas automáticas localizadas em estações de metrô distribuem as profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP), além do autoteste para HIV.

Cuidado especializado, saúde bucal e hospitais
Na atenção especializada, dos 17 Hospitais Dia localizados em todas as regiões da cidade, 12 atendem à população 24 horas por dia, fazendo com que, juntos, esses equipamentos respondam por mais de 50% das consultas, exames e cirurgias de baixa e média complexidade realizadas na rede especializada da capital. Além disso, os seis Centros de Referência da Dor (CR Dor) registraram crescimento de quase 300% em 2024. 

A saúde bucal também expandiu os atendimentos: só os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) realizaram 241.221 atendimentos, enquanto os Centros de Cuidados Odontológicos (CCOs) somaram mais de 108.995 atendimentos, com 110.632 próteses instaladas. Os cuidados odontológicos também estão disponíveis nas UBSs da capital, com 444 (92,6%) unidades equipadas com consultórios odontológicos. Ao todo, elas contam com 941 equipes de saúde bucal e profissionais cirurgiões-dentistas aptos a confeccionar e instalar próteses dentárias. 

Nos hospitais, a linha de cuidado para infarto agudo do miocárdio (IAM), lançada em 2024, também marcou um feito inédito: pacientes infartados agora recebem medicação trombolítica ainda na rede pré-hospitalar e são encaminhados rapidamente para cateterismo, reduzindo a mortalidade por IAM.