Secretaria Municipal de Relações Internacionais
Brasil e China tem um papel cada vez mais forte no cenário internacional
Brasil e China terão um papel cada vez mais forte na economia mundial. A opinião é unanimidade entre os participantes da 3ª Conferência Internacional - Presença da China na América Latina, realizada nesta terça-feira, dia 30, em São Paulo. No encontro, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com o apoio da Secretaria Municipal de Relações Internacionais, reuniu os maiores especialistas mundiais em expansão global chinesa discutiram os impactos dessa presença para o mercado brasileiro. Também foram analisadas as oportunidades de negócios entre os dois países.
O secretário-executivo do CEBC, Rodrigo Maciel, falou sobre a necessidade de entender melhor a China para maximizar os resultados na hora de investir. “As empresas latino-americanas, de uma maneira geral, não têm uma estratégia definida para atuar no competitivo mercado chinês”, disse acrescentando que, quanto mais o mercado brasileiro compreender a ascensão chinesa, mais poderá ser beneficiado.
O secretário-adjunto de Relações Internacionais representou a Prefeitura de São Paulo na conferência. O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, disse que a convergência de interesses chineses e latino-americanos atinge um nível nunca antes alcançado. Segundo ele, a cooperação comercial é um dos pilares estratégicos das relações entre Brasil e China. “Essa parceria não só reflete nas relações amistosas, mas impulsiona o desenvolvimento econômico das duas partes” destacou.
Xiaoqi reafirmou que o governo chinês apóia empresas que querem investir no Brasil e que a meta é impulsionar os investimentos recíprocos. O embaixador lembrou que a economia mundial apresenta grandes desafios a todas as nações e o Brasil tem se destacado neste momento de turbulência. “Neste primeiro trimestre de 2009, a economia brasileira mostrou sinais positivos. Isto fortalece a confiança do mercado internacional. Entre os emergentes, a China e o Brasil são os países que mais se destacam”, ressaltou.
O economista sênior do Banco Mundial, Daniel Lederman, disse que a expansão econômica chinesa ampliou a demanda por produtos, o que beneficiou também a economia brasileira. Mas ele lembrou que para ampliar as possibilidades de negócios é necessário reavaliar políticas. “Nos próximos anos, haverá um crescimento da economia da China e um aumento do comércio bilateral, mas é necessário rever as prioridades”.
Para Riordan Roett, da Universidade americana Johns Hopkins, as nações que compõem o grupo BRIC (Brasil Rússia, Índia e China) terão um papel mais forte no contexto internacional. “Os países do BRIC são atores relevantes do palco do cenário econômico mundial”, afirmou. A China e o Brasil, na opinião dele, devem ser analisados como principais protagonistas nesta fase de reorganização econômica global, pela qual o mundo esta passando. Ele esclarece que nada mudará rapidamente, mas que as mudanças virão.
O representante do Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, falou sobre a importância da China para o Brasil. De acordo com ele, as exportações brasileiras cresceram mais de 30%, mas concentradas em poucos produtos, principalmente soja e minérios. “É fundamental diversificar nossa pauta de exportação. A China importa aproximadamente um trilhão de dólares por ano. Temos produtos competitivos que podem entrar neste mercado”, reforçou.
Os palestrantes também são unânimes ao reconhecerem que as economias dos dois países reagiram bem à crise econômica mundial, mas que ambos os lados precisam aprimorar as relações comerciais conhecendo melhor os mercados internos.
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