Subprefeitura São Miguel Paulista

Quarta-feira, 7 de Maio de 2025 | Horário: 23:54
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Prefeitura inicia em julho plano de ações para recuperação ambiental do Jardim Pantanal e reassentamento de famílias

Plano de ação é dividido em três fases, visa remover 4.344 imóveis que estão às margens do Tietê até 2029 e impedir novas ocupações na região.
A imagem mostra uma reunião em uma sala de conferências. Uma longa mesa de conferências está no centro da sala com pessoas sentadas em ambos os lados. Há um brasão do governo do estado de São Paulo na parede atrás deles. A sala parece formal e profissional.

A Prefeitura de São Paulo inicia em julho deste ano um plano de ações dividido em três fases para a recuperação ambiental do Jardim Pantanal e reassentamento de famílias da área, uma das regiões mais complexas da cidade, que sofre com enchentes históricas por estar abaixo do nível do Rio Tietê. Nessa primeira fase, será feita a contenção, com retirada de mil residências e a construção de uma barreira com mais de 4 km para evitar novas ocupações. A primeira fase do plano tem conclusão prevista para outubro de 2026. 

Ao detalhar o Projeto Recupera Pantanal nesta quarta-feira (7), o prefeito Ricardo Nunes explicou que a conclusão do programa está prevista para 2029, com custo total de R$ 700 milhões. No total, haverá a remoção de 4.344 imóveis que estão às margens do Tietê, sendo 1.000 nesta primeira fase. 

“Todas essas famílias terão atendimento habitacional da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado, para que a gente faça ou a indenização, o auxílio aluguel ou o provimento habitacional como a gente já fez no Caboré, em São Mateus, e estamos fazendo na região córrego Antonico, em Paraisópolis, como estamos fazendo junto com o Governo do Estado na favela do Moinho, dar provimento habitacional, tirar essas pessoas de uma área de altíssimo risco, para poder devolver aquele espaço para várzea para que nas cheias a água se acumule ali”, explicou Nunes.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) dará início em julho às obras de microdrenagem e pavimentação na região do Jardim São Martinho, dentro do Jardim Pantanal. Serão implantados 9 km de novas galerias que irão aumentar a capacidade do sistema de drenagem do bairro, além de mais 10,4 km de nova pavimentação. Ao todo, a área de intervenção será de 83 mil m². As obras já estão contratadas e contam com investimento de R$ 59,8 milhões. A primeira fase das intervenções se estende de julho de 2025 até outubro de 2026.

Para limitação e proteção das áreas desocupadas, a SIURB também irá implantar uma barreira construída em gabião (caixas feitas em tela de metal e preenchidas com pedras). Ao todo, a barreira terá 4.170 metros, passando pelo jardim São Martinho, Vila Seabra, Novo Horizonte, Vila da Paz, Terra Prometida e Chácara Três Meninas.

“Não vamos permitir mais a reocupação, porque as pessoas vão para lá por necessidade de habitação e depois passam a sofrer. A gente não quer ninguém sofrendo. Não vamos deixar nenhuma dessas famílias sem atendimento. A gente precisa tirar essas pessoas dessa situação de insalubridade, colocar essas pessoas num local com segurança para viverem bem”, disse o prefeito.

A Sabesp fará um estudo sobre os impactos na rede de esgoto da drenagem para ter uma visualização mais completa dos desafios da macro e microdrenagem. “Depois vamos discutir juntos como a Sabesp pode ajudar a Prefeitura a resolver o problema em definitivo nessa região”, disse o CEO da Sabesp, Carlos Piani. “Começamos hoje mesmo esse trabalho para terminar esse projeto o quanto antes para ver o que é necessário na parte de drenagem.”

Além disso, nessa primeira fase está prevista a remoção de 1.000 imóveis. A previsão é de que a fase 2 comece em novembro de 2026, indo até junho de 2028, com a remoção de mais 1.000 imóveis. A terceira fase abrange 2.344 imóveis e tem início previsto para julho de 2028 e conclusão em dezembro de 2029.

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