Secretaria Municipal da Saúde
Cuidados para manter a hidratação e evitar hipertermia
Com as mudanças climáticas e o aumento das temperaturas em todo o mundo, a chegada do verão traz alguns alertas em relação à saúde. Um deles é em relação à desidratação e hipertermia, o aumento exagerado da temperatura corporal. A atenção deve ser redobrada com as crianças, os idosos e animais domésticos, com cuidados em relação à exposição ao sol e à hidratação.
"A hipertermia deve ser lembrada em dias muito quentes, em pessoas que não apresentam infecção aparente e que se expuseram de forma prolongada ao sol, especialmente pessoas mais vulneráveis como crianças e idosos. Medidas muito simples como ingerir bastante água ajudam muito na prevenção do quadro. Em caso de sinais e sintomas mais graves, o atendimento médico deverá ser procurado”, explica a endocrinologista do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Daniela Iguchi.
A temperatura considerada segura ao metabolismo e funções vitais para os humanos oscila entre 36°C e 37,4°C. No estado de hipertermia, essa temperatura pode ultrapassar os 40°C. Diferente da febre, no entanto, que ocorre por razões como infecções virais ou bacterianas, na hipertermia o que ocorre é uma falha dos mecanismos de controle térmico por conta do excesso de calor, o que por sua vez pode desregular outras estruturas como sistema nervoso central, músculos, vasos sanguíneos e a pele, já que todos atuam em conjunto para dissipar o calor recebido do ambiente. Dependendo do grau que chegar, a hipertermia pode até mesmo levar a óbito.
Sede, dor de cabeça, vômito, sonolência, taquicardia, pressão baixa, confusão mental e perda de consciência são os principais sintomas da hipertermia. Além dos efeitos das temperaturas elevadas, outros fatores podem levar ao quadro de hipertermia, como ficar confinado em veículo exposto ao sol, sem ventilação adequada, uso de drogas, prática exagerada de exercícios físicos extenuantes e alguma doença ou tumor do Sistema Nervoso Central.
A melhor forma de se proteger é evitando a exposição e a prática de atividades físicas ao sol, especialmente nos horários entre 10h e 16h, além da ingestão adequada de água.
Veja mais dicas para manter-se hidratado no verão:
Beba água
Não espere sentir sede para beber água. A sede é um sinal de que o corpo já está começando a desidratar, podendo causar náuseas e tonturas. Procure ingerir dois litros de água por dia. A água regula a temperatura corporal e ajuda no transporte de oxigênio, nutrientes e sais minerais.
Consuma alimentos ricos em água
Outra forma de contribuir para que seu corpo permaneça hidratado é investir em frutas e legumes que contenham água na composição. Algumas opções são melancia, abacaxi, pepino, abobrinha e tomate. Esses alimentos ajudam a manter o organismo hidratado e bem nutrido, além de proporcionar uma sensação de frescor.
Diminua o consumo de sal
Exagerar no sal nunca é uma boa opção, principalmente no calor. Os rins tentam manter o organismo com uma proporção de água e sal. Quando o corpo está ingerindo muito sal, eles começam a reter mais água para equilibrar essa proporção, o que causa inchaço e desconforto.
Evite bebidas alcoólicas
Embora algumas bebidas com álcool pareçam refrescantes, quando ingeridas em excesso, podem elevar a possibilidade de desidratação do corpo. Fadiga, sede, dor de cabeça, náuseas, sensibilidade à luz e ao som são alguns sintomas da ressaca que podem ser evitados. Se for beber, o ideal é não exagerar na quantidade e ingerir água entre os goles das bebidas alcoólicas.
Em caso de emergência, procure o serviço de saúde mais próximo. A localização de todos os equipamentos da rede municipal está disponível na plataforma Busca Saúde.