Secretaria Municipal das Subprefeituras

Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024 | Horário: 19:19
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No estilo reality, piscinões da cidade de São Paulo são monitorados 24 horas

Sistema Urano permite esse trabalho para que a água tenha caminho livre em temporadas de chuvas

Durante todos os dias do ano, a Secretaria Municipal das Subprefeituras trabalha para mitigar os efeitos do período de chuvas em todas as regiões da Capital Paulista. Às ações sistemáticas de zeladoria, se soma o uso de sistemas de inteligência artificial, como o  Urano, que analisa dados de diversas bases climáticas e outras plataformas, e tem o status prioritário na abertura das ordens de serviço e no deslocamento das equipes para atender as emergências climáticas.

Implantado em janeiro de 2022, o monitoramento é 24 horas, todos os dias, com equipes que se revezam na leitura dos dados e emitem boletins meteorológicos voltados à zeladoria.

No que se refere aos reservatórios, o sistema monitora os 51 piscinões e pôlderes da cidade com auxílio de câmeras e sensores, que detectam a quantidade de água e a capacidade de reservação para evitar transbordamentos de rios. A água volta depois ao seu curso natural, através do bombeamento. Um dos piscinões fica em Guaianases e evita que a cheia chegue em comunidades como o bairro do Pinheirinho, onde moram cerca de 10 mil pessoas.
 



Piscinão Pedreira Lajeado.

 

“Este é um piscinão diferente de todos os outros. Antes uma pedreira, agora aproveitamos o local para fazer a reserva de água na época de grandes chuvas, que com o monitoramento, conseguimos identificar sua capacidade de armazenamento. Quando a chuva acaba, realizamos o bombeamento e dispensamos essa água ao seu curso natural novamente, com velocidade menor e menos chances de alagamentos e transtornos aos cidadãos”, afirmou Alexandre Modonezi, Secretário Municipal das Subprefeituras.

Além do monitoramento, os piscinões contam com zeladoria constante, desassoreamento com limpeza de terra, lixo e outros resíduos. 

Um outro modelo de piscinão fica na Praça Charles Muller, no Pacaembu. Passa despercebido porque é o primeiro reservatório totalmente coberto da cidade. Feito por gravidade, o escoamento da água é realizado como um sistema muito utilizado na França. Quando enche, a água sai por uma abertura que existe no fundo do reservatório enterrado de concreto armado, e volta ao seu curso.

 



Piscinão do Pacaembu fica embaixo da Praça Charles Muller

 

Como funciona na Emergência 

A Inteligência Artificial é utilizada no cruzamento dos dados como temperatura, umidade relativa do ar, direção do vento, além da acumulação e intensidade das chuvas para enviar as equipes e os equipamentos necessários. Assim que detecta o alagamento, instantaneamente é aberta uma ordem de serviço para pronto atendimento de equipes, inclusive de limpeza, motobombas e caminhões de hidrojato para ajudar na drenagem mais rápida. 

A partir das condições meteorológicas previstas para o bairro ou região, as equipes de zeladoria e limpeza são direcionadas aos pontos críticos. O resultado desta ação, é que a Capital conseguiu um tempo de recuperação recorde: em média 40 minutos depois de um alagamento, a via é liberada para o trânsito. 

Um exemplo concreto é o caso do pluviômetro no Piscinão Jabaquara: em janeiro de 2018, registrou um acúmulo de 17,4 mm de chuva, resultando em um alagamento de 3 horas e 45 minutos na Avenida Roque Petroni Júnior com a Rua Santo Arcádio. Cinco anos depois, em janeiro de 2024, o mesmo pluviômetro registrou 82,8 mm de chuva, quase cinco vezes mais, e o alagamento nas mesmas vias durou 26 minutos.

 

Monitoramento das vias

Um conjunto formado por  100  sensores e 30 estações meteorológicas foram distribuídos nas vias com histórico de alagamento. São eles que indicam a quantidade de chuva no território .

A estação meteorológica é composta por uma placa solar responsável por carregar o equipamento, um painel de controle que transmite os dados para o Centro de Controle Operacional (CCO-SMSUB), sensores que registram o acúmulo e a entrada da água, que é o tubo por onde a chuva acessa o sistema.



Centro de Controle Operacional (CCO-SMSUB)

 

Números em Zeladoria

De janeiro a agosto de 2024, quase 6 milhões de metros quadrados (5.701.806,06) foram limpos e a retirada de detritos dos córregos somou pouco mais de 130 mil toneladas.

Neste ano, foram realizadas as reformas de 9.621,72 mil metros de galerias e 28 mil metros de bocas de lobo, inclusive com troca de tampa. Na microdrenagem, os poços de visita limpos mecanicamente somam mais de 10 mil. Outras ações como a troca de gradis, reformas de guias e sarjetas, também são intensificadas para melhorar o escoamento das águas. As ações em conjunto resultam em menos transtornos das chuvas, principalmente no verão.

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