Secretaria Municipal das Subprefeituras
Este é um corpo de prova feito à mão, do maior e mais sustentável programa de recape da história da cidade de São Paulo!
Todo revestimento asfáltico, antes de ser aplicado nas vias da capital paulista, tem uma amostra retirada e levada para os laboratórios que fazem o controle tecnológico. A massa é ensaiada antes, durante e depois de finalizado o recape, para garantir a qualidade que a cidade merece.
Nas vias, a massa é compactada por um rolo compressor de 9 toneladas.
O material que está neste corpo de provas é o SMA ( Stone Matrix Asphalt), o chamado asfalto alemão. Essa mistura é composta por asfalto modificado por polímero, brita e fibra de celulose e tem como características alta resistência à deformação, à fadiga e a vida útil é maior.
Conheça um pouco mais sobre o maior programa de recapeamento, em curso no país.
Recapeamento
O programa começou em junho de 2022 e já finalizou 14,7 milhões de metros quadrados, até 10 de maio de 2024.
Cada via em recapeamento tem um projeto próprio e passou por estudo com uso de scanners a laser e medição da deflação, além do sistema Gaia, que usa um índice de engenharia para classificar as vias e foi a base de informação para o programa. Caixas com até 46 centímetros são abertas nas vias que necessitam corrigir danos estruturais profundos, causados pela intensidade do fluxo e o tempo de uso.
Entre os critérios considerados para a escolha das vias que recebem o serviço, estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo sobre pneus, histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas da própria comunidade.
Após o serviço finalizado pelo programa de conservação e manutenção da malha viária, as vias entram no cronograma da CET para sinalização. Todas as previsões de entrega foram cumpridas e o tempo de execução, em média de 120 dias, abreviado em grandes avenidas.
Sustentabilidade
A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) segue a Agenda 2030 da ONU, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), buscando o crescimento urbano e social com responsabilidade ambiental. As empresas envolvidas no recapeamento da cidade têm que reciclar, pelo menos, metade do material retirado durante o processo de fresagem das vias.
O RAP, também conhecido como Pavimento Asfáltico Reciclado, é fundamental para a sustentabilidade, reduzindo a demanda por materiais virgens e minimizando o impacto ambiental. O programa de recapeamento da cidade já reciclou mais de 1.2 milhão de toneladas de RAP (Recycled Asphalt Product) e RCC (Resíduo da Construção Civil).
O processo de reciclagem do RAP envolve a remoção do asfalto antigo, fragmentação em pedaços menores e mistura com novos agregados asfálticos. A mistura, que pode ter de 20% a 40% de RAP, é aquecida e compactada para formar uma nova camada asfáltica, usada na base.
Preparação dos agregados na Usina da Rap
Em São Paulo, o uso de tecnologias de ponta, permitiram determinar o melhor tipo de revestimento asfáltico a ser utilizado em cada trecho de via, como, por exemplo, o Stone Matrix Asphalt — Matriz Pétrea Asfáltica (SMA), que constitui o corpo de prova. Durante o processo de requalificação asfáltica, a temperatura da massa é essencial para obter os melhores resultados. Oito usinas móveis foram utilizadas para misturar a massa asfáltica próxima aos locais das obras, garantindo a qualidade do serviço executado.
O uso do RAP combina sustentabilidade ambiental com benefícios econômicos, contribuindo para a preservação do meio ambiente e minimizando os impactos ambientais. É pensando em cada detalhe, que a Secretaria Municipal das Subprefeituras realiza o maior e mais sustentável Programa de Recapeamento do país, cuidando dos detalhes para preservar o meio ambiente e o bem-estar das pessoas, fauna e flora.
Sistema Gaia
Desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o sistema Gaia usa a inteligência artificial para identificar elementos como buracos, árvores e galhos caídos, lixeiras sobrecarregadas. 108 veículos de taxistas e motoristas de aplicativos registram essas ocorrências sem interferência do condutor. Uma câmera acoplada no retrovisor e um equipamento com o índice de engenharia IRI e colocado na suspensão do carro, vão fazendo essa busca ativa que já gera uma ordem de serviço dentro do Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ).
Aparelho usado para registrar as vibrações dos carros.
No caso do recapeamento, os dados obtidos pelo Gaia foram decisivos para traçar as condições da malha viária paulistana.
Além do Gaia, o recape usa outras ferramentas para elaboração dos estudos das vias, como o PavScan – Pavement Scanner, que gera imagens em 3D da camada superficial do revestimento asfáltico, e o FWD - Falling Weight Deflectometer (usado em pistas de aeroportos), que permite a identificação da existência ou não das chamadas “bacias de deflexão” no pavimento. Quando constatadas, há necessidade de reparo profundo.
Com a utilização dessas três tecnologias (Pavscan + FWD + Sistema Gaia), é possível determinar com maior precisão as soluções necessárias para o pavimento das vias, tanto qualitativa como quantitativamente, sendo possível conferir maior eficiência aos recursos financeiros, com mais economia financeira e de materiais, e mais qualidade.
SGZ
Um sistema único de zeladoria urbana agrupa as informações mais relevantes para a tomada de decisão em casos que envolvem desde emergências climáticas aos relatórios do dia a dia. Prático e intuitivo, o Painel de Zeladoria disponibiliza a todos os subprefeitos e equipes, as informações sobre atendimento de demandas, entrada de novas solicitações, as mais antigas, execução de podas de árvores, concentração de pedidos via SP156. É a inteligência artificial atuando para agilizar a prestação de serviços.
Motoinspetor à serviço do SGZ
O SGZ colocou a demanda do cidadão como ordem prioritária, transmitindo confiança aos munícipes, que aderem cada vez mais ao sistema.
Criado em 2018, o gerenciamento de zeladoria teve a primeira reformulação em 2019 e dois anos depois, ganhou uma versão aperfeiçoada. Desde o começo, o agente público recebeu acesso ao sistema fora das repartições, com total segurança cibernética. E com a atualização de 2021, o SGZ está nas nuvens.
O SGZ também melhorou a fiscalização dos serviços. Laudos, fotografias, medições, são inseridos no sistema e analisados por equipes técnicas que fazem o controle tecnológico.
Com a digitalização das operações, houve um claro aumento da eficiência na alocação das pessoas e recursos, controle online, integração das ocorrências e acompanhamento da produção real das equipes, com a fiscalização e aprovação do serviço finalizado, e se estão de acordo com as normas exigidas pela Prefeitura de São Paulo. Vale ressaltar que até 2017, não havia controle dos dados e monitoramento efetivo do que acontecia em toda a cidade.
Entre as 10 cidades brasileiras que atendem o conceito e os critérios de Smart Cities, São Paulo está no topo da lista. Uma cidade inteligente é aquela que usa diferentes tipos de tecnologia para coletar dados e usá-los para gerenciar recursos e ativos, oferecendo melhores serviços à população.
Conheça todas as via do programa georreferenciadas em tempo real clicando na imagem abaixo