Subprefeitura Vila Mariana
Prefeitura começa a usar drones com disparo de larvicida para combater avanço da dengue
O prefeito Ricardo Nunes deu início nesta terça-feira (5) ao uso de novos drones para eliminar focos do mosquito da dengue com larvicida. Essa é mais uma ação adotada pela Prefeitura de São Paulo que utiliza as tecnologias mais recentes e eficazes no combate à dengue, apesar de a cidade ter 209 casos por 100 mil habitantes, o menor índice na média do país.
"A Prefeitura de São Paulo sempre está na vanguarda, sempre colocando inovações e buscando ter a melhor performance dos seus serviços e dos seus trabalhos, trazendo essa inovação importante que é a utilização de drones para identificação de focos de criadouros. E agora o drone para a aplicação do larvicida em locais com criadouros”, disse o prefeito, que acompanhou o início da operação dos drones na manhã desta terça na Água Branca, Zona Oeste.
Os cinco equipamentos estavam em teste desde fevereiro e agora são incorporados às ações realizadas em cada região da cidade. Eles se somam aos 26 drones já utilizados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para o monitoramento de imóveis e terrenos com possíveis focos do mosquito da dengue que os agentes de saúde não conseguem acessar, como telhados de casas, lajes, galpões e outros pontos com acúmulo de objetos em terrenos baldios.
“É uma ação muito importante, porque em uma cidade como São Paulo sabemos que não temos acesso a muitos imóveis e, portanto, temos tido dificuldade para poder fazer a eliminação desses criadouros”, destacou o prefeito Ricardo Nunes. “Não existe outra ação que tenha possibilidade de controle de dengue que nós não estejamos fazendo. A cidade de São Paulo fará tudo o que for possível para combater esse mosquito. Estamos sempre buscando por inovações para ter a melhor performance dos nossos serviços, trazendo inovações que façam a diferença”, acrescentou.
Os equipamentos estarão à disposição em cada uma das cinco Coordenadorias Regionais de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A operação será realizada por uma empresa especializada em conjunto com os agentes de vigilância em saúde da cidade.
Como funciona?
Os aparelhos trazem uma novidade em relação às versões anteriores (que serviam para monitoramento), com o disparo de larvicida. Essa tecnologia, mais forte e robusta, é utilizada na agricultura e é eficaz para o atendimento em locais que os agentes de saúde não conseguem acessar.
O secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, cita a importância desse investimento: “Temos empreendido todos os esforços para combater o avanço da dengue na cidade e a chegada desses drones é mais um reforço para nossas equipes, pois vamos conseguir ir ainda mais longe. É um trabalho árduo, mas cuidadoso, que envolve muita gente e que vai nos permitir avançar ainda mais rapidamente nas ações de cuidado para diminuirmos drasticamente o número de casos na nossa cidade.”
O larvicida utilizado é o “BTI”, recomendado pelo Ministério da Saúde e já utilizado em outras ações de rotina da vigilância na cidade.
“Esse reforço da tecnologia vai ser essencial para manter as pessoas seguras e protegidas. Por mais que cada um de nós faça sua própria parte, é importante ficarmos atentos a alguns locais, como terrenos baldios, por exemplo, para que o munícipe da capital não corra o risco de ser infectado “, diz o coordenador de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira.
Além disso, as equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) realizam o monitoramento em equipamentos e áreas públicas. Todos são orientados sobre as medidas de prevenção e cuidados.
No caso de vias públicas, as UVIS realizam vistorias mediante solicitação, e então o pedido é encaminhado, quando necessário, para a subprefeitura da respectiva região, para limpeza e/ou ato fiscalizatório.
Para fiscalizar possíveis focos de dengue na cidade, os cidadãos podem fazer a solicitação por meio dos canais oficiais da prefeitura 156 ou diretamente no site.
Ações
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) segue monitorando o cenário epidemiológico em toda a cidade e as unidades de saúde municipais, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Prontos-socorros (PS), estão devidamente preparadas para prestar atendimento a casos suspeitos ou confirmados de dengue e outras arboviroses.
Todos os hospitais municipais estão aptos a receber pacientes com dengue que necessitarem de internação. Inclusive a rede tem capacidade para a reorganização dos leitos hospitalares.
Principais ações realizadas pela Prefeitura de São Paulo no enfrentamento à dengue:
• Mais de 2,8 milhões de ações de combate à dengue realizadas de domingo a domingo na capital em 2024, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios e nebulizações
• Aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil
• Participação no Dia D estadual (1/3) em parceria com as escolas municipais e estaduais para sensibilização da comunidade sobre a doença e prevenção
• Participação no Dia D nacional com ações nos territórios (2/3)
• Mais de 1 milhão de folders orientativos distribuídos nas escolas
• 703 profissionais contratados por meio de concurso público para as Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis)
• Instalação de tenda em Itaquera para atendimento de pacientes com sintomas de dengue - ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 26 de Agosto
• Mapeamento aéreo de imóveis e terrenos com 26 drones em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM)
• Ampliação de 36 veículos picapes leves para nebulização em 2020 para 66 em 2021
• A cidade possuía 36 equipamentos de nebulização veicular (fumacê), em 2023, comprou 30 novos equipamentos, mais modernos e de alta performance, totalizando 66 equipamentos de nebulização veicular
• O município conta com o número total de 200 equipamentos motorizados costais para nebulização
• 30 mil litros de inseticida adquiridos pelo município direto do fornecedor entre 2022 e 2023