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Domingo, 25 de Maio de 2025 | Horário: 18:41
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Intérpretes de Libras dão um show à parte na Virada Cultural 2025

Eles destacam a importância de tornar a cultura acessível a todos, especialmente à comunidade surda, e celebram o reconhecimento dos artistas

A Virada Cultural 2025 se destacou não apenas pela diversidade de atrações, mas também pelo compromisso com a acessibilidade. Intérpretes de Libras deram um show à parte ao garantir que pessoas surdas ou com deficiência auditiva desfrutassem plenamente dos eventos. Veja mais aqui.

Reverenciada no palco Freguesia/Brasilândia pelo cantor Toni Garrido na noite de sábado (24), a intérprete Fernanda Rodrigues da Silva, 35 anos, disse que a atitude do artista valoriza minha profissão e tudo o foi feito nesse evento para levar acessibilidade, fazendo com que a cultura seja acessível para todas as pessoas. “Também é importante para trazer a comunidade surda para esse espaço e ver que os artistas reconhecem o nosso trabalho, então foi muito emocionante, porque infelizmente tem artistas que nem notam que a gente está no palco”, disse Fernanda.

Durante o show, no qual ela interpretava as músicas em libras para uma multidão, Toni Garrido a abraçou, ajoelhou-se no chão e beijou sua mão, em agradecimento pelo seu trabalho. “Ele me abraçou com muito carinho mesmo, ele fez essa reverência para mim, que é uma forma de respeito.”

Para ela, a atitude do cantor, além de dar notoriedade ao trabalho dos intérpretes, mostra o quanto é importante ter esses profissionais em todos os eventos, principalmente nos shows, porque os surdos normalmente não frequentam esses espaços por falta de acessibilidade. “E a Prefeitura leva isso de forma magnífica, porque todos os eventos da Prefeitura são acessíveis, todos têm intérpretes de libras”, destacou.

Outro intérprete de Libras que trabalhou na Virada Cultural 2025, Victor Gaspar, 32 anos, diz ser muito importante a participação do intérprete em festivais, em shows como esse da Virada, para garantir a acessibilidade das pessoas surdas ou com deficiência auditiva.

“Como aqui na capital nós temos cerca de 120 mil surdos ou deficientes auditivos, quando eles recebem essas músicas na própria língua deles, transmitindo a ideia, o pensamento, o sentimento, faz com que eles entendam melhor a mensagem e consigam tirar proveito mesmo do que está sendo falado. Assim como nós, ouvintes, quando escutamos uma música, nos sentimos emocionados, eles também”, explicou Gaspar, que se tornou intérprete há 11 anos por ser filho de pais surdos.

Intérprete no show da cantora Liniker, no Vale do Anhangabaú, Marcos Vinícius de Oliveira Silva, 33 anos, que é surdo, também se emocionou com o que viu. “Eu não esperava esse público e as palavras da Liniker combinam com a minha história e com a minha alma. Fiquei muito feliz por ser um intérprete surdo e participar deste evento, dando mais visibilidade à linguagem de sinais, divulgando o nosso trabalho. Realmente carrego um sentimento especial por estar aqui hoje, um momento marcante na minha vida”, disse ele, que já participou de vários festivais, como Lollapalooza e The Town. “É muito importante para a nossa comunidade participar de eventos assim.”

A edição 2025 da Virada Cultural é a maior da história e também a mais acessível (veja aqui a programação completa). Todos os 21 palcos contaram com espaços reservados para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de banheiros acessíveis. A Prefeitura também garantiu a presença de serviços de Libras e audiodescrição na programação, permitindo que pessoas surdas, cegas ou com baixa visão pudessem acompanhar espetáculos com autonomia e conforto. Para facilitar o acesso às informações, um audioconvite com tradução em Libras foi produzido com a programação do evento.


 

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