Notícia na íntegra
Casos confirmados de dengue caem 47% nos dois primeiros meses de 2016
O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, apresentou na tarde desta segunda-feira (28) um novo balanço sobre a situação de transmissão da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus na cidade de São Paulo. Mesmo com o aumento no número de notificações, ou seja, de casos suspeitos até a 8ª semana epidemiológica, os dados apontaram uma queda de cerca de 47% no número de casos confirmados da doença na comparação com o mesmo período de 2015. Nas oito primeiras semanas epidemiológicas deste ano, foram 21.934 casos de dengue notificados e 3.484 confirmados. No mesmo período do ano passado, foram 14.361 casos notificados e 6.653 casos confirmados.
De acordo com o Padilha, além de um engajamento maior da população na eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, a ação pioneira da Prefeitura de utilizar larvicida BTI em pontos estratégicos (como terrenos baldios) e imóveis especiais (como escolas e rodoviárias) contribuíram para a redução. Segundo estudo da Secretaria Municipal da Saúde, com a aplicação do larvicida, iniciada no ano passado, a positividade de larvas do mosquito em terrenos baldios e ferros velhos, por exemplo, caiu de 55% em 2015 para 17% neste ano. Em locais como rodoviárias e escolas, a positividade de larvas do Aedes caiu de 15% para apenas 2,5%.
“Certamente essa estratégia inovadora da Prefeitura de São Paulo na utilização de larvicida e concentrar um trabalho nos imóveis especiais, reduzindo a presença das larvas, ou seja, reduzindo os pontos de criadouros, têm um papel muito importante na redução desses casos em 2016, comparado com 2015. Nós também estamos sentindo a população mais atenta ao problema. Foi mais fácil para os agentes de vigilância entrarem nas casas, as pessoas estão mais abertas e mais preocupadas com os focos tradicionais do mosquito”, disse o secretário.
O balanço também mostra que a incidência da doença na capital paulista é menos da metade do que a registrada em todo o Estado de São Paulo. A taxa de incidência da dengue na cidade é de 30,4 por 100 mil habitantes, enquanto em todo o Estado de São Paulo o coeficiente de incidência é de 73,1 por 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o coeficiente é de 57 por 100 mil habitantes e, na região Sudeste, de 112,7.
Os distritos com maior número de casos estão na zona leste de São Paulo, como Lajeado, com 251 registros e incidência de 150 casos por 100 mil habitantes, e Penha, com 209 registros e taxa de 162,3 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, estão Cangaíba, com 94 casos; Sacomã, com 86; e Itaquera, com 84. Por conta disso, duas tendas foram montadas nas unidades básicas de saúde (UBSs) Chabilândia, no Lajeado, e Cangaíba, na Penha. Desde então, esses equipamentos realizaram 3.295 atendimentos. Até a 8ª semana epidemiológica, uma morte por dengue foi confirmada no município.
“Tínhamos um cenário bastante preocupante, mas o esforço e empenho da população, trabalho dos profissionais de saúde e da imprensa parecem ter permitido esse grande esforço de redução de casos em São Paulo”, afirmou Padilha.
Apesar do panorama melhor que o registrado em 2015, a Prefeitura segue realizando diversas ações para eliminar os focos do mosquito Aedes Aegypti e para auxiliar os munícipes que são infectados pela doença. Já foram realizadas 34.285 nebulizações em diferentes bairros, agentes de saúde visitaram 782.627 residências, e mais de 1,1 milhão de recipientes foram vistoriados. Somente entre os dias 12 e 19 de março, foram realizadas ainda sete operações Cata Bagulho em seis subprefeituras diferentes e 21 ações educativas em 14 diferentes regiões. Em ações conjuntas com o Exército, 11.364 imóveis foram visitados, e 57.297 recipientes vistoriados.
“Nós não podemos baixar a guarda. O trabalho que temos feito tem sinalizado que o que aconteceu em março é que se intensificou essa redução, mas não podemos baixar a guarda ou então reaparece. Se deixar uma semana sem fazer aquela faxina em casa, sem cuidar dos focos e nossos agentes pararem de visitar, pode acontecer um recrudescimento dos casos de dengue na cidade, além do fato da presença do Aedes preocupar em função de Chikungunya e zika vírus. Não queremos esse cenário na cidade de São Paulo”, disse o secretário.
Zika e Chikungunya
De acordo com o balanço apresentado, foram confirmados cinco casos autóctones, ou seja, contraídos em São Paulo, de febre Chikungunya nas oito primeiras semanas epidemiológicas deste ano, sendo três em Sacomã, um em Pirituba e um na Vila Curuçá. Em 2014 e 2015, não foram registrados casos autóctones da doença na cidade. Em relação ao zika vírus, o registro permanece em apenas um caso autóctone confirmado da doença na capital paulista, além de quatro pessoas infectadas que são residentes em outros municípios. Estão em investigação 153 casos da doença.
“Assim como temos de ter clareza que a dengue, quando voltou para o Brasil veio para ficar, temos que trabalhar com a hipótese de Chikungunya e zika vírus como doenças endêmicas e que o controle do Aedes tem que ser constante. Vamos trabalhar o ano inteiro no combate e temos que continuar. Mesmo enfrentando as questões estruturantes, como saneamento e o clima, enquanto não tiver vacinas para essas doenças, temos que combater permanentemente como doenças endêmicas”, afirmou Padilha.
Veja a apresentação completa
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Crédito: Fernando Pereira/SECOM
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