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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2014 | Horário: 19:58
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São Paulo ganha nova plataforma de gestão cultural e mapeamento colaborativo

A Prefeitura de São Paulo lançou nesta segunda-feira (4), em parceria com o Instituto TIM, o SP Cultura, uma plataforma digital de mapeamento colaborativo e gestão cultural da capital. Com ela, será possível reunir informações sobre agentes, espaços, eventos e projetos culturais de maneira colaborativa, fornecendo ao poder público e ao cidadão uma radiografia de iniciativas culturais na cidade, com um mapa de projetos, agentes, espaços e eventos distribuídos pelo território. A cerimônia foi realizada na Praça das Artes, região central.

Na cerimônia de abertura, o prefeito Fernando Haddad falou sobre a importância da Cultura para evitar o "obscurantismo", ou seja, o "nevoeiro" que faz com que as pessoas não vejam o que está sendo feito na cidade. Por isso, está aumentando gradualmente os investimentos no setor. "Criamos uma empresa municipal de fomento ao cinema e ao audiovisual, a nossa SPCine, que vai contar com recursos do governo do estado e da Ancine, que já foi para registro na junta comercial e mesmo sem ter nascido aqui oficialmente já soltou os primeiros editais para fomentar o audiovisual na nossa cidade. Estamos aqui com o Theatro Municipal, que em um ano dobrou o seu número [de público], atingimos a marca de 125 mil espectadores no ano passado contra 62 mil em 2012 e acho que a cidade está vivendo um grande momento cultural. Tivemos ai o patrocínio da Caixa Econômica Federal para a revitalização do Belas Artes e a aprovação do Plano Diretor", afirmou Haddad.

O lançamento é o resultado de um esforço conjunto que acontece desde 2013 para dar mais qualidade à gestão cultural dos municípios e estados. Dessa parceria surgiu o Mapas Culturais (em São Paulo chamado de SP Cultura), um software livre com sistema de georreferenciamento, que pode ser adotado gratuitamente por qualquer cidade ou estado. Clique aqui para acessar a nova plataforma.

“Nós vamos poder, dentro de um determinado prazo, georreferenciar todas as ações da secretaria, ou seja, teremos uma base de dados sócio-culturais que irão permitir detectar as demandas e necessidades da população e perceber os contextos culturais específicos com suas interfaces com a dimensão social, porque o território não se apresenta de uma maneira igual, ele estruturas culturais distintas, tradições distintas e abriga processos culturais diversos”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.

A plataforma, além de livre, é gratuita e colaborativa, ou seja, possui dados abertos, o que permite que qualquer pessoa possa livremente usá-los, reutilizá-los e redistribuí-los. Por meio dela, o usuário poderá buscar por eventos culturais e, ao cadastrar seu perfil de agente, como artistas, gestores e produtores, para incluir sua própria programação cultural, colaborando para a gestão da cultura da cidade.

Da mesma forma, também fazem parte do sistema de busca os espaços culturais de São Paulo, assim como projetos, como leis de fomento, mostras convocatórias e editais publicados pela Secretaria Municipal de Cultura, além de diversas iniciativas cadastradas pelos usuários da plataforma.

“O SP Cultura é uma planta que vai se integrar ao nosso Sistema Nacional de Informação e Indicadores Culturais do Ministério da Cultura, que se chama SIINC, que nos ajuda a ter uma visão ampla do país. Então nós estamos criando um banco de dados que nos possibilita planejar da melhor forma possível o direcionamento das políticas e o uso dos recursos do setor”, explicou a ministra de Estado da Cultura, Marta Suplicy.

Ainda neste ano, outros seis municípios e dois estados irão aderir a ferramenta: os governos do Ceará e do Rio Grande do Sul, e dos municípios de Campinas (SP), Santos (SP), João Pessoa (PB), Vitória da Conquista (BA), Sobral (CE) e Itacoatiara (AM).

“A gestão cultural de uma cidade, de um estado, de um país, é um desafio importante desde que a gente contemple política como uma questão que nos diz respeito para todos nós e que afeta todos nós. É uma questão que demanda a contribuição de toda a sociedade”, destacou o presidente do Instituto Tim, Manoel Horácio.


Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais do Ministério da Cultura 
A plataforma está alinhada ao Sistema Nacional de Informação e Indicadores Culturais do Ministério da Cultura (SIINC) e contribui para que os gestores públicos realizem alguns dos objetivos do Plano Nacional de Cultura. Em São Paulo, durante a 10ª edição da Virada Cultural, ocorrida em maio deste ano, o site oficial do evento já utilizou a plataforma como banco de dados da programação.

As bases para o desenvolvimento do projeto foram lançadas no Encontro Mapas Culturais, em julho de 2013, que reuniu agentes culturais de vários países da América Latina, do Ministério da Cultura e da Prefeitura de São Paulo para discutir a criação de uma ferramenta de mapeamento de iniciativas culturais, gestão cultural e geração de indicadores.

Para iniciar a inserção de dados na plataforma, 20 bolsistas da Agência Popular Solano Trindade realizaram um levantamento-piloto no bairro do Campo Limpo, em São Paulo, onde coletaram informações de 400 agentes e iniciativas culturais. Depois da inserção de dados do Campo Limpo foi realizado o cadastro de equipamentos culturais da prefeitura.

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Crédito: Heloisa Ballarini / SECOM


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