Prefeitura de São Paulo

Texto atualizado às 18h53

O prefeito Ricardo Nunes está acompanhando pessoalmente e tomando as medidas necessárias para amenizar os impactos causados pelo temporal que atingiu a cidade da noite de sexta-feira (31), passando pela madrugada e manhã deste sábado (1º). Choveu em janeiro 10,4% a mais do que o esperado para o mês. Somente no Jardim Pantanal, na Zona Leste, foram 92 mm. 

Ao chegar ao Jardim Pantanal, na Zona Leste, ainda pela manhã, o prefeito lembrou que a região já tinha um acumulado da chuva de sexta-feira. Janeiro teve um acumulado de chuva de 281,5 mm, sendo a média de 257,3 mm no mês. "O solo ficou encharcado. Evidentemente, com o solo encharcado, a água não penetra. A água que vem, ela vai ficando sobre a superfície", afirmou o prefeito.

Nunes ouviu de moradores que uma área por onde a água do rio fluía foi aterrada com vários caminhões para construir um estacionamento. O aterramento, de acordo com os relatos, prejudicou ainda mais a vazão da água. Nunes determinou uma investigação minuciosa sobre o caso. Veja mais aqui.

“Estamos aqui junto com os moradores, lamentando, evidentemente, todo esse sofrimento, mas a Prefeitura está dando o atendimento com cestas básicas, colchões e também com oferecimento de um cartão emergencial para aquelas casas que foram atingidas, no valor de R$ 1.000 para ajudar nesse momento de tanta dor, para poderem fazer alguma ação de emergência”, afirmou o prefeito.

Em razão da previsão do temporal, já antes do início da chuva o prefeito havia determinado empenho total de várias secretarias, em tempo real, para reduzir os danos. Para isso, a Prefeitura concentrou esforços com mais de 3 mil agentes, entre os de limpeza, zeladoria, assistência social e trânsito. Estão empenhadas nos trabalhos 145 equipes de limpeza, além de cerca de 300 veículos de zeladoria.

Dessa forma, a administração municipal repudia fake news que estão sendo espalhadas, informando falsamente que comportas teriam sido abertas e por isso vias na região do Jardim Pantanal teriam sido alagadas. Ao contrário do que postagens mentirosas têm dito, a Operação do Rio Tietê está ativa e a barragem da Penha está fechada, segurando a água dos municípios do Alto Tietê, ao mesmo tempo, a barragem do Cebolão está aberta, liberando a água no rio Tietê no sentido de Pirapora.

Até o início da manhã, o rio Tietê já havia baixado 1,7 metro. A EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) está atuando com o bombeamento do rio Tietê para o rio Pinheiros, ajudando na diminuição do seu volume.

O prefeito determinou ação imediata para atendimento às famílias atingidas pela chuva. Desde o início dos trabalhos, a Prefeitura distribuiu mais de 800 cestas básicas, 1.730 copos de água e também cerca de 900 marmitas da Rede Cozinha Escola. No período da manhã, foram entregues 130 Cartões Emergenciais, com carga de R$ 1.000 cada. A Prefeitura continua atendendo a comunidade e o cartão está sendo distribuído durante todo o dia conforme as famílias são cadastradas.

As famílias estão sendo atendidas nas escolas Emef Murures e EE Heckel Tavares. Cerca de 250 colchões, além de brinquedos foram distribuídos. Dez caminhões basculantes e outros dez do Corpo de Bombeiros também estão no local para apoiar a operação. Os pets também estão sendo assistidos. A Prefeitura distribuiu 150 quilos de ração, 75 quilos de petisco e 1.000 potes.

A Defesa Civil do município e as secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) estão acompanhando e cadastrando famílias para atendimento com benefícios sociais.

Região complexa

O prefeito explicou que a região do Jardim Pantanal é uma das mais complexas da cidade por estar abaixo do nível do rio. “E quando chove a água, não adianta, né? Ela vai pro local mais baixo.” Por esse motivo, a Prefeitura vem debatendo várias soluções possíveis. “Mas o importante agora é estar aqui para atender as famílias. E, depois de dar esse atendimento emergencial, voltar a sentar com a comunidade, para a gente dialogar, aumentar a fiscalização contra descarte irregular."

“Só aqui nessa região, a Prefeitura de São Paulo já tirou 4.800 famílias, levou para auxílio aluguel ou fez o atendimento habitacional, porque estavam em áreas de alagamento", disse Nunes.

Medidas no trânsito 

Em razão das chuvas e dos consequentes alagamentos que interromperam o trânsito na Marginal Tietê até o fim da manhã deste sábado, a Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito e a Companhia de Engenharia de Tráfego supsenderam a Zona Máxima de Restrição de Circulação de Caminhões (ZMRC) e as Vias Estruturais Restritas (VER) neste sábado, das 10h às 14h. Portanto, os caminhões que circularem pelas vias abrangidas por ambas as restrições não sofrerão autuações.

Previsão

De acordo com o meteorologista Michel Pantera, do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) deve manter o tempo instável e chuvoso, gerando elevados acumulados de chuva nos próximos dias. O potencial para inundações e deslizamentos de terra deve permanecer elevado, devido ao solo encharcado e a continuidade das chuvas.

No domingo (2) o tempo segue instável, com chuvas variando de intensidade ao longo do dia. Há condições para pontos de até forte intensidade no decorrer da tarde, o que mantém elevado o potencial para inundações e deslizamentos de terra. As temperaturas variam entre mínimas de 19°C e máximas de 26°C.

Investimentos

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo também está monitorando os rios Tietê e Pinheiros. De acordo com a pasta, nos dois últimos anos, foi investido R$ 1,7 bilhão em obras, incluindo a construção de piscinões, estruturas de macrodrenagem e desassoreamento. 

O Programa IntegraTietê já retirou 2,6 milhões de metros cúbicos do Tietê e seus afluentes nos últimos dois anos, o equivalente a 185.689 caminhões cheios. Em dois anos, foram investidos quase R$ 500 milhões no programa.

Essas ações fazem parte dos esforços contínuos para melhorar a qualidade dos rios e mitigar o risco de enchentes na região metropolitana de São Paulo.
 

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