Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

Novos Modernistas

O projeto Vozes Periféricas é um circuito de debates literários que demonstram a variedade da produção literária nas periferias. Nestes encontros são realizados conversas com escritores da acadêmica, poetas, romancistas e cronistas que trazem em seus textos as perspectivas e abordagens de narrativas potentes e decoloniais. A produção a qual esses autores estão relacionados é os une e que possibilita a diversidade de saberes a que se dedica essa intervenção.

Abstinência: Bate-papo com Mari Felix

Abstinência: Bate-papo com Mari Felix
A escritora Mariana Felix fala sobre seu novo livro “Abstinência” e sobre seus processos de criação. Publicado em 2019, de forma independente. Registrado na Biblioteca Nacional. Dividido em três capítulos: 'Copo meio cheio" com poesias usadas nas batalhas de slams, com o tema focado em violências contra a mulher e empoderamento feminino; "Copo meio vazio" como poesias, crônicas e dissertações sobre o cotidiano, sobre o capitalismo, transição capilar e relações; e "Copo transbordando" com poemas de amor e desamor. Com Apresentação Gil Douglas. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 90 min.
Dia 11 de dezembro às 10h - Biblioteca Brito Broca

Andrio Cândido

Descolonizando a literatura
Com Cleyton Mendes e Jô Freitas e mediação de Andrio Cândido
Descolonizar verbo:
1.transitivo direto
tirar o caráter de colônia a;
2.transitivo direto e pronominal
fazer perder ou perder os colonos; despovoar(-se).
A poesia de Alberto de Oliveira é estudada nas escolas, por vezes cobrada em vestibulares e sabemos que o autor escrevia sobre vasos, lembrando que toda literatura tem o seu valor, a questão que fica é porque a literatura que produz realidade e desconstrução em contraponto a um paradigma imposto desde o séc XIV quando se acredita ter iniciado a literatura, já que em África a literatura já estava presentes nos anos A.C., não tem espaço?
Quem produz literatura em massa, produz pra quê? por quê? e pra que?
Por que Conceição Evaristo não entrou na Academia Brasileira de letras e sim um homem branco que aborda a negritude a partir de seu olhar e lugar de colonizador?
A literatura da qual essa roda de debate tem como ideia instigar, nasceu com Cuti, Abdias do Nascimento, Raquel Trindade, Carolina Maria de Jesus e tantos outros que morreram e ainda vivem às sombras. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 90 min.
Dia 11 de dezembro às 14h - Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda

Poesia Falada e o Empoderamento dx Jovem Negrx
Com Martina, Beka e mediação de Gil Douglas.
A idéia é discutir em torno de como a poesia falada promoveu o empoderamento do jovem negro, uma vez que todas as métricas, moldes e formas apresentados como poesia na escola, não abarcava sua cor de pele, seus traços e também angústias. A poesia falada transforma os espaços que permanecem marginalizados pelo poder público, mas uma vez apropriados e ressignificados pelos movimentos de slams e saraus tornam-se grandes espaços de poder. Um poder que pode parecer simples, afinal, esse poder é o do reconhecimento de si com seus pares. Através de suas experiências, os convidados trarão seus olhares e compartilharão desse universo que é a poesia falada e vivida do cotidiano nas periferias. Classificação indicativa: 12 anos. Duração: 90 min.
Dia 13 de dezembro às 14h - Biblioteca José Paulo Paes