Direito à Memória e à Verdade

Sexta-feira, 29 de Maio de 2015 | Horário: 14:53
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Ato reivindica substituição do antigo DOI-CODI por memorial das vítimas da ditadura

Grupos artísticos participam do 2º Ato Unificado Ditadura Nunca Mais na delegacia da Rua Tutoia, onde milhares foram torturados

Na manhã do último sábado, 23, aconteceu o 2.º Ato Unificado Ditadura Nunca Mais, nas dependências do pátio interno da 36ª Delegacia de Polícia, onde funcionou o antigo DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) em tempos de repressão e violência militar. Durante a homenagem aos mortos e desaparecidos, diversos grupos artísticos se apresentaram e, juntamente a todos os convidados, reivindicaram do governo estadual a substituição da delegacia por um espaço reservado à preservação da memória dos combatentes da ditadura.

Para José Luiz Del Roio, um dos organizadores do ato e ex-preso político, a “melhor forma de combater o fascismo é por meio da cultura e educação”. Segundo Roio, calcula-se que entre 60 e 80 pessoas tenham morrido durante as atividades do centro de tortura.

Durante a leitura do relatório elaborado pelos manifestantes argumentou-se a necessidade de “preservar, restaurar e promover o tombamento ou criação de marcas de memória em imóveis urbanos ou rurais onde ocorreram graves violações de direitos humanos”.

O ato contou com a presença da coordenadora de Políticas de Direitos à Memória e à Verdade, Carla Borges, além do apoio da secretaria municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

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