Direito à Memória e à Verdade
Ato reivindica substituição do antigo DOI-CODI por memorial das vítimas da ditadura
Na manhã do último sábado, 23, aconteceu o 2.º Ato Unificado Ditadura Nunca Mais, nas dependências do pátio interno da 36ª Delegacia de Polícia, onde funcionou o antigo DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) em tempos de repressão e violência militar. Durante a homenagem aos mortos e desaparecidos, diversos grupos artísticos se apresentaram e, juntamente a todos os convidados, reivindicaram do governo estadual a substituição da delegacia por um espaço reservado à preservação da memória dos combatentes da ditadura.
Para José Luiz Del Roio, um dos organizadores do ato e ex-preso político, a “melhor forma de combater o fascismo é por meio da cultura e educação”. Segundo Roio, calcula-se que entre 60 e 80 pessoas tenham morrido durante as atividades do centro de tortura.
Durante a leitura do relatório elaborado pelos manifestantes argumentou-se a necessidade de “preservar, restaurar e promover o tombamento ou criação de marcas de memória em imóveis urbanos ou rurais onde ocorreram graves violações de direitos humanos”.
O ato contou com a presença da coordenadora de Políticas de Direitos à Memória e à Verdade, Carla Borges, além do apoio da secretaria municipal de Direitos Humanos e Cidadania.