Infraestrutura Urbana e Obras
Fevereiro foi o mais seco desde 1995
A cidade de São Paulo registrou apenas 64mm de chuva em média neste mês de fevereiro, de acordo com os pluviômetros do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE). O índice ficou 70,4% abaixo do esperado (216,4mm) e configura o mês de fevereiro mais seco desde o início da série histórica do CGE, que compila dados desde 1995.
Vale observar que o mês de janeiro de 2018 foi o 4° mais seco da série histórica, ficando quase 30% abaixo do esperado de acordo com a média, e dezembro de 2017 foi o 5° menos chuvoso do período. Desde setembro de 2017, apenas o mês de novembro teve chuvas acima do esperado.
“O padrão de chuvas deste verão continua muito irregular no Leste Paulista e, no geral, muito abaixo da média para a estação na capital. A circulação nos médios e altos níveis da atmosfera vem colaborando para este fato, pois a conexão da umidade proveniente da Amazônia com o Sudeste ficou restrita mais ao norte da Região, mantendo a chuva frequente e acima da média em algumas áreas dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais”, explica Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.
Dos 33 pontos monitorados pelos pluviômetros e estações meteorológicas automáticas do CGE na capital, os que receberam os maiores índices acumulados de chuva foram os de Freguesia do Ó (104,9mm) e Vila Prudente (101,1mm). As áreas menos chuvosas foram Cidade Ademar (38,9mm) e Jabaquara (40,7mm).
Na divisão por regiões, os índices pluviométricos médios foram maiores no Centro (72,7mm), Zona Norte (70,3mm), Zona Leste (67,9mm), Zona Sul (55,5mm) e Zona Oeste (52,8mm).
Dos 28 dias de fevereiro, 16 registraram chuva. O dia com maior acumulado médio na cidade foi o dia 26, com 42,1mm, que foi o dia mais chuvoso do verão 2017/2018 até o momento.
Fevereiro é, segundo dados históricos do CGE, o segundo mês mais chuvoso do ano em São Paulo. Para fins de comparação, os meses de fevereiro com maiores índices foram os de 1995 (415,9mm), 1999 (339,3mm) e 2000 (286,1mm). Já os fevereiros mais secos anteriores a este foram os de 2005 (116,2mm), 1997 (117,0mm) e 2003 (129,6mm).
Temperaturas
As médias das temperaturas máximas e mínimas ficaram abaixo do esperado de acordo com as médias históricas do mês. A média das mínimas ficou em 18,5°C e a média esperada para o mês era de 19,8°C. Já a média das máximas foi de 27,6°C, enquanto a média histórica é de 29,8°C.
Quanto à umidade relativa do ar, não houve dias com níveis críticos. De modo geral, os índices mínimos ficaram entre 40% e 60% na maior parte do mês.
Tendência para março e para os próximos dias
Para o mês de março, a tendência é que na região de São Paulo as chuvas continuem irregulares, seguindo o que foi observado na maior parte deste verão.
Os próximos dias devem ser quentes e com chuva.
A sexta-feira (02) será mais um dia típico de verão. Entre o meio da tarde e as primeiras horas da noite, o calor e a grande disponibilidade de umidade geram nuvens carregadas que provocam chuva forte com potencial para alagamentos. As precipitações acontecem acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento. Mínima de 21°C e máxima de 30°C.
No sábado (03) o tempo permanece abafado e instável. Há potencial para precipitações com intensidade moderada a forte e formação de alagamentos, principalmente no período da tarde. Os termômetros oscilam entre 20°C e 28°C.
Assessoria de Comunicação - SMSO