Subprefeitura Penha

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009 | Horário: 16:31
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Vila Matilde completa 87 anos

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A Vila Matilde completou 87 anos de idade. Em comemoração, no último domingo (29/11), a Subprefeitura Penha promoveu uma grande festa no entorno da Praça Vereador João Aparecido de Paula, mais conhecida como Praça da Toco”. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou o trânsito local das 11h às 22h de domingo. O show, que teve início às 14 horas, transmitido ao vivo pela Rádio Transcontinental, contou com a participação de vários grupos de pagode que agitaram o público, estimado em cerca de 4 mil pessoas.

Sobre o bairro
O bairro nasceu na segunda década do século 20, da mesma maneira de seus vizinhos e de mais um sem-número de bairros paulistanos. Havia uma grande gleba de terra e pessoas dispostas a comprar um retalho para montar casa. Nos primeiros anos da década de 20, essa gleba pertencia a dona Escolástica Melchert da Fonseca e ia da Guiaúna à Fazenda do Carmo, hoje Parque do Carmo, no distrito de Itaquera. Era a Fazenda Gavião.
Dona Escolástica tinha uma filha de nome Matilde, que havia sido casada com o ex ministro e embaixador dr. Macedo Soares - figura importante da política paulistana. Ele mesmo proprietário de uma chácara na zona sul que acabou se tornando o bairro Chácara do Castelo.
Como a área era muito extensa, o loteamento foi feito em etapas: a principal foi a da Vila Matilde - uma homenagem da mãe à filha. Outra parte foi vendida ao cunhado de dona Escolástica, Juvenal Ferreira, que implantou o Jardim Maringá. A família Matarazzo adquiriu uma parte e fundou os bairros Vila Savoi e Jardim Brasília. Outra família italiana comprou uma parte e fez nascer os bairro de Vila Dalila e Vila Ester.
Por décadas o local ficou quase à margem do crescimento da metrópole. Basta dizer que, quando fez 44 anos, em 1966, Vila Matilde pedia das autoridades a instalação de uma agência bancária e linhas de ônibus para o centro da cidade. Naquela época, apenas um coletivo chegava ao centro e era chamado de "enlatado".
Claro, tudo isso é passado. O metrô, com duas estações na região esta redesenhando o mapa do bairro: as casinhas dão lugar a empreendimentos. A vila já não tem mais problemas de transportes coletivos, claro. Agora, o ativo comércio atende às necessidades dos moradores.

Fonte:
Livro: Bairros Paulistanos de A a Z
Autor: Levino Ponciano
Editora Senac São Paulo
Outubro de 2001
 

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