Prefeitura de São Paulo

Em celebração à Semana Nacional do Meio Ambiente, que culmina no Dia Mundial do Meio Ambiente nesta quinta-feira (5), a cidade de São Paulo anunciou uma série de iniciativas ambiciosas para expandir suas áreas verdes e melhorar a gestão da água. O prefeito Ricardo Nunes revelou nesta quarta-feira (4) a implantação de mais 20 bosques urbanos e 100 jardins de chuva, ações que visam transformar a paisagem urbana e combater os efeitos das mudanças climáticas.

A Semana Nacional do Meio Ambiente, instituída no Brasil em 1981, e o Dia Mundial do Meio Ambiente, criado pela ONU em 1972, servem como um lembrete global da urgência em proteger o planeta. São Paulo responde a esse chamado com investimentos significativos e metas ambiciosas para os próximos anos.

Bosques Urbanos: Mais Verde para a Cidade

Com a meta de alcançar 50 bosques urbanos até 2028, a prefeitura deu início à implantação de mais 20 dessas áreas, que somarão aproximadamente 56 mil metros quadrados e receberão o plantio de 3.839 árvores. O investimento estimado é de R$ 10,2 milhões. As novas áreas verdes estarão localizadas em regiões estratégicas ao longo da Marginal Tietê, como as pontes do Limão, Jânio Quadros, Casa Verde e Vila Guilherme, consolidando o Corredor Verde da cidade.

O prefeito Nunes ressaltou a importância dessas ações: "Já temos dez bosques urbanos implantados, estamos lançando hoje o início da implantação de mais 20 e teremos 50 bosques urbanos neste mandato". Ele também destacou o plantio de 120 mil árvores este ano e a substituição de ônibus a diesel por veículos não poluentes.

Um dos destaques é o Bosque Anu, na Ponte Jânio Quadros, com quase 9 mil metros quadrados e investimento de R$ 1,13 milhão. Terrenos com histórico de descarte irregular de lixo também serão convertidos em espaços de reflorestamento. Entre as espécies nativas que serão plantadas estão Guanandi, Ipê Verde, Pitangueira e Jacarandá de Minas.

Durante o anúncio, um evento simbólico marcou o avanço dessa política: o plantio de 100 árvores e o transplante de duas árvores adultas, uma pitangueira e uma chal-chal, no Bosque Maritacas, no Parque D. Pedro, no Centro da cidade. As árvores transplantadas foram resgatadas de uma área de construção de reservatório na Mooca, um exemplo da metodologia da prefeitura para evitar cortes desnecessários.

Jardins de Chuva: Combate a Alagamentos e Drenagem Sustentável

Paralelamente à expansão dos bosques, a cidade investirá R$ 2,3 milhões na criação de 100 novos jardins de chuva, que funcionam como filtros naturais e auxiliam na redução de alagamentos. Essas estruturas permitem que a água da chuva infiltre no solo, aliviando a carga sobre o sistema de drenagem.

Os novos jardins serão distribuídos em regiões com histórico de alagamentos, como as subprefeituras da Sé (42 unidades), Mooca (21), Santana (11) e Freguesia do Ó (10). Até 2028, a meta é alcançar 1.000 jardins de chuva na cidade. Atualmente, São Paulo já conta com 420 jardins de chuva, um salto significativo em relação aos 23 existentes em 2017.