Secretaria Municipal da Saúde
Bloco Bibitantã faz do carnaval palco de acolhimento e promoção da saúde mental em São Paulo

O Cordão Bibitantã, bloco carnavalesco que reúne pacientes e profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Município de São Paulo, levará nesta sexta-feira (21), às 14h, no Largo da Batata, em Pinheiros, alegria, cultura e conscientização, além da oportunidade de o público prestigiar a iniciativa e se engajar na causa da saúde mental.
A maioria dos participantes são pessoas em tratamento nesses serviços, acompanhados de profissionais de saúde mental de cinco serviços de saúde mental municipal, entre eles: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Butantã, CAPS Itaim, CAPS Lapa, CAPS AD Butantã e Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) Previdência.
A iniciativa conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, e integra o conjunto de ações voltadas para a promoção da saúde mental e a construção de uma sociedade mais acolhedora e solidária.
A expectativa é que cerca de 60 pessoas participem das apresentações do bloco.
Sobre o Bloco
O Cordão Bibitantã foi criado em 2006, por meio de uma parceria entre três serviços de saúde mental (CAPS Itaim, CAPS Butantã e CECCO Previdência), além de grupos ligados à cultura popular. Desde então, o grupo cresceu e conquistou espaço na cidade, encantando pessoas por onde passa. O Cordão oferece oficinas de percussão que formam a bateria que desfila tradicionalmente no carnaval, fortalecendo laços comunitários e promovendo a integração social dos seus participantes.
O repertório do grupo é próprio, com canções compostas pelos próprios integrantes, e traz mensagens sobre pertencimento e o poder transformador do samba em suas vidas. O objetivo principal é proporcionar um espaço de contato com a cultura popular, promovendo o resgate das raízes culturais e ampliando as trocas sociais por meio da música e do convívio coletivo.
Afinado com os princípios da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica, que privilegiam o cuidado em liberdade, a convivência e as expressões artísticas e culturais, o Cordão Bibitantã se destaca como uma importante estratégia de promoção de saúde mental. A iniciativa articula diferentes serviços de saúde mental no território e permite que os participantes experimentem outros papéis na sociedade, contribuindo para a sua reinserção social e o fortalecimento da autoestima.
As atividades carnavalescas promovidas pelo Bibitantã são reconhecidas por sua energia vibrante e pela capacidade de unir pessoas de diferentes contextos em prol da saúde e do bem-estar coletivo. Além disso, o bloco ocupa os espaços públicos, reafirmando a importância da convivência e do apoio comunitário, sendo uma manifestação pública do cuidado em saúde mental e da luta antimanicomial.
As apresentações do bloco se consolidam como um importante evento do calendário cultural da cidade, ao unir celebração, arte e conscientização sobre os direitos das pessoas em sofrimento psíquico. O Bibitantã sai também no pós-Carnaval, no dia 8 de março (sábado), às 14h, na rua Engenheiro Willy Fischer, 231, no Butantã.
Serviços aproveitam Carnaval para abordar temas de cuidados e prevenção
Aproveitando o clima carnavalesco, outros serviços de saúde da capital planejam diversas atividades que visam aproximar a população dos equipamentos de saúde em suas regiões. Além disso, o objetivo é colocar em pauta temas importantes relacionados à saúde física e mental, e promover momentos de lazer e descontração que favorecem a integração entre usuários, profissionais e a comunidade.
As atividades lúdicas, como bloquinhos e bailes carnavalescos, são acompanhadas de palestras educativas e oficinas temáticas que abordam cuidados com a saúde mental, prevenção de doenças, qualidade de vida e outras pautas relevantes. Dessa forma, as ações não apenas reforçam a importância do cuidado com a saúde, mas também criam um ambiente acolhedor e participativo.
Na região central, nesta sexta (21), às 13h, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas (AD) III Centro, promove o Giracaps, uma roda de viola itinerante com a participação de usuários, serviços de saúde, comerciantes locais e munícipes. O objetivo é proporcionar momentos de cultura, lazer e práticas de redução de danos no território. A unidade está localizada na rua Frederico Alvarenga, 259, na Sé.
Já o Caps AD III São Mateus promoverá, no dia 28 de fevereiro, às 8h, o CarnaRede. Desde 2012, o bloco, que antes era conhecido como CarnaCaps, se uniu com outros equipamentos de saúde, cultura e educação para ocupar as ruas da região. O bloco parte da frente do Caps, localizado na Rua Joaquim Gouveia Franco, 797.
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Na programação pós-carnaval, o bloco “Caps não é meme, saúde mental não é piada”, será realizado pelos serviços de saúde mental de Itaquera, no dia 7 de março, das 9h às 12h, no Parque Linear, localizado na avenida Itaquera, 7691. A programação irá incluir atividades como zumba e fitdance.
Confira a programação da região na sua UBS de referência.
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