Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos

Dúvidas e informações

  • O que é um dependente químico?

A dependência química é uma condição biopsicossocial que se manifesta quando um usuário de drogas (ilícitas ou lícitas,) perde o controle do uso de modo a impactar negativamente alguma área de sua vida, seja familiar, profissional ou social, podendo acarretar também em problemas físicos, psíquicos ou financeiros.

  • Como conseguir tratamento?

O primeiro passo é a avaliação clínica e psicossocial que é oferecida na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Para acessar os serviços, os usuários devem buscar preferencialmente os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que são portas de entrada para a RAPS. Na região central da cidade, o acesso pode ser feito também no CAPS AD IV Redenção. Confira mais informações sobre os equipamentos e serviços aqui.

  • O tratamento é igual pra todos?

O dependente químico que procura tratamento é acolhido e participa da elaboração de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) específico para as suas necessidades e demandas. Uma equipe multiprofissional composta por médico, psicólogo, assistente social, enfermeiro e terapeuta ocupacional realiza a avaliação e se responsabiliza pelo cuidado adequado para cada pessoa.

  • Há necessidade de internação?

A internação é oferecida para os casos graves nos quais o tratamento ambulatorial não apresenta sucesso.

Em situações de crise, assim como para qualquer situação de sofrimento psíquico extremo, o recurso à internação hospitalar pode ser uma possibilidade a ser considerada. Existem três modelos de internação psiquiátrica, definidos pela Lei 10.216/01:

• Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

• Internação involuntária: aquela que se dá com encaminhamento de equipe médica, sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro;

• Internação compulsória: aquela que se dá por determinação judicial.

Para mais informações, consulte a lei n° 10.216, de 06 de abril de 2001. Conheça também a Nota Técnica sobre as orientações e fluxos sobre os processos de cuidado, acolhimento noturno, internações voluntárias, involuntárias e compulsórias em saúde mental e uso nocivo de álcool e outras drogas no Município de São Paulo.

NOTA TÉCNICA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE - SMS Nº 1 DE 23 DE JUNHO DE 2022.

  • O tratamento é apenas para dependentes de crack, ou também para outros tipos de drogas e dependência de álcool?

O tratamento é para todo e qualquer tipo de dependência.

  • Como lidar com recaídas?

A recaída faz parte do quadro clínico e, embora não desejável, pode acontecer com alguma frequência, o que não significa fracasso no tratamento ou que não esteja tendo progressos.

  • Um conhecido é dependente químico e não quer buscar tratamento. Como posso ajudá-lo?

Uma boa conversa explicando os motivos pelos quais você está preocupado com a saúde dessa pessoa é uma ação muito importante para iniciar um tratamento nessa área. Procure a sua Unidade Básica de Saúde (UBS) ou os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de referência do seu território, pois estes são equipamentos de saúde que são porta aberta e podem te auxiliar neste processo, além de ofertar tratamento.

  • Existe algum levantamento sobre o perfil de dependentes químicos em situação de rua/vulnerabilidade social?

Levantamento de Cenas de Uso em Capitais (LECUCA), estudo das dimensões e do perfil dos frequentadores da Cena de Uso da Luz, a chamada Cracolândia de São Paulo, vem sendo feito desde 2016 pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).