Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo formou nesta quinta-feira (7), no auditório da FMU, na região central, 150 beneficiários do Programa Operação Trabalho – POT Redenção. O programa é uma política voltada para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social com necessidades decorrentes do uso de drogas e que se encontram em tratamento e acolhimento na Rede de Atenção Psicossocial. São realizadas ações e atividades de capacitação técnica, formação pessoal e cidadã e acompanhamento dos alunos nas frentes de trabalho.

Os formandos receberam capacitação de quatro meses em áreas estratégicas como Agricultura Urbana, Construção Civil, Sustentabilidade, Formação Pessoal e Higienização e Limpeza. Além das capacitações técnicas e profissionais, os beneficiários recebem um auxílio de R$988,34, por até dois anos.

Entre os formandos, estava Ana Maria Franklin, uma mulher que, depois de 20 anos vivendo nas ruas e usando drogas, encontrou no programa uma nova oportunidade. “Eu passei por momentos muito difíceis. Perdi um filho e enfrentei uma depressão profunda, mas o apoio do CAPS e do POT me deram forças para recomeçar. Graças ao POT consegui alugar uma casa e sair das ruas e reconstruir minha vida. O programa me proporcionou a chance de transformar meu futuro”, compartilha a participante do POT Redenção. 

Para o secretário de Projetos Estratégicos, Edsom Ortega, o POT Redenção é componente muito importante no leque de ofertas e ações do Programa Redenção, desenvolvido por várias secretarias. Entre um dos fatores mais importantes, o secretário destaca a integração e a articulação desde as abordagens nas ruas, ofertas de acolhimento e tratamento individualizado, que inclui alternativas de trabalho e renda. Essas ações, voltadas para a busca da autonomia e melhor bem-estar, têm proporcionado a saída qualificada da situação de vulnerabilidade de um número crescente de pessoas.

“Celebramos mais uma formatura dos beneficiários do POT. Esses cidadãos agora estão muito mais capacitados para aplicar suas habilidades e conhecimentos, seja em busca de uma vaga de emprego ou no início de uma trajetória empreendedora. Nosso objetivo é promover a inclusão, valorizando e oferecendo oportunidades reais para que pessoas em situação de vulnerabilidade social ou que enfrentam desafios como a dependência química possam transformar suas vidas”, ressaltou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Eunice Prudente, que esteve na cerimônia de diplomação. 

O Programa Operação Trabalho (POT) Redenção já atendeu 4.130 pessoas e atualmente tem 978 pessoas frequentando seus cursos, recebendo bolsas mensais, tendo acesso a tratamento de saúde e estão fora das ruas.

A coordenadora do Programa Reencontro da Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, Luciana Braga, reforçou, durante o evento, que a Prefeitura de São Paulo está estruturada para o atendimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Possuímos as Vilas Reencontro, rede de centros de acolhidas, hotéis sociais a fim de acolher bem quem está em situação de rua, com um olhar individualizado, pois as pessoas têm necessidades diferentes. A administração possui várias frentes como essa de qualificação profissional para que as pessoas possam prosseguir e refazer suas vidas, articulando vários órgãos sejam de saúde, assistência social, trabalho, a fim de proporcionar um futuro melhor e indicar os meios para a reintegração na sociedade”.

Programa Operação Trabalho – POT

O programa da Prefeitura de São Paulo é voltado à população em vulnerabilidade social, visando estimulá-la à busca de ocupação, bem como a sua reinserção no mercado de trabalho. Atualmente, são 17 mil beneficiários, distribuídos em 16 projetos, que contam com uma bolsa que varia entre R$1.482,60 (30 horas semanais, 6 horas por dia) ou R$ 988,34 (20 horas semanais, 4 horas diárias). Entre as ocupações em frentes de trabalho estão zeladoria, manutenção, apoio administrativo, ações de busca ativa na rede municipal de ensino, combate à dengue, entre outros.

O Programa Operação Trabalho possui 12 centros de formação, sendo quatro abertos neste ano. Os espaços distribuídos pela cidade servem também como ponto de apoio para as atividades de frentes de trabalho. As estruturas são equipadas com salas de aulas, cozinhas experimentais e equipes multidisciplinares a fim de amparar os beneficiários em diversas esferas, inclusive socioemocionais.

Para participar é necessário seguir critérios como ter mais de 18 anos, morar na cidade de São Paulo, estar desempregado há mais de quatro meses e não receber benefícios como seguro-desemprego, FGTS, entre outros. A renda familiar permitida é de até meio salário-mínimo por membro da família.