Secretaria Municipal da Saúde
Sarampo
O sarampo é uma doença viral aguda, infecto-contagiosa, altamente transmissível que atinge com mais severidade populações de baixo nível sócio-econômico.
Rhazes, médico persa, no século X, publicou a primeira descrição clínica do sarampo. Foi no início do século XVII que ocorreu a primeira descrição em separado do sarampo, da varíola e da escarlatina. O sarampo foi, durante séculos, uma das maiores doenças epidêmicas, especialmente em crianças, representando uma das maiores causas da morbimortalidade infantil em todo o mundo.
Transmissão
O contágio do sarampo acontece através de secreções respiratórias. Os indivíduos expostos podem adquirir as infecções através de gotículas veiculadas por tosse ou espirro, por via aérea. A pessoa pode transmitir a doença 6 dias antes de iniciar o exantema (manchas pelo corpo) até 4 dias depois. Despois do contato com alguém doente, a pessoa pode apresentar os sintomas em média após 10 dias (de 7 a 18 dias).
Sintomas
O vírus se instala na mucosa do nariz e dos seios para se reproduzir e depois para ir para a corrente sanguínea.
A indisposição que antecede a doença tem duração de três a cinco dias e caracterizam-se por: febre alta, mal estar, coriza, conjuntivite, tosse e falta de apetite. Nesse período podem ser observadas na face interna das bochechas as manchas brancas (Koplik) que são características da doença.
O exantema maculopapular (manchas vermelhas na pele) inicia-se na região retroauricular, espalhando-se para a face, pescoço, membros superiores, tronco e membros inferiores. A febre persiste com o aparecimento do exantema.
No terceiro dia, o exantema tende a esmaecer, apresentando descamação fina com desaparecimento da febre, sendo a sua persistência sugestiva de complicação.
A diarréia é ocorrência freqüente em crianças com baixo nível sócio-econômico. O período de incubação, geralmente, é de oito a doze dias.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e deve ser confirmado por exame de sangue.
Complicações
As complicações mais comuns são: otite média aguda; pneumonia bacteriana; laringite e laringotraqueíte; manifestações neurológicas-raras; doenças cardíacas, miocardite, pericardite; panencefalite esclerosante subaguda; complicação rara que acomete o sistema nervoso central após sete anos da doença.
Tratamento
O tratamento do sarampo é sintomático e podem ser utilizados antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com incentivo ao aleitamento materno e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores.
As complicações bacterianas do sarampo devem ser tratadas especificamente, com antibióticos adequados para cada quadro clínico e, se possível, com identificação do agente etiológico.
Prevenção
A vacina contra o sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses a partir de um ano de vida da criança. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunossuprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.
As reações à vacina são: febre, coriza e/ou tosse leve, exantema que pode ocorrer entre o 4º e 12º dia em 20% dos vacinados.
• Não se descuide do programa de vacinação de seus filhos. A vacina contra o sarampo é a melhor forma de evitar a doença que pode ser grave, especialmente se elas estiverem debilitadas;
• Procure saber a causa da doença de crianças que convivem com seus filhos;
• Não deixe de procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele de sua criança, mesmo que ela tenha sido vacinada contra o sarampo;
• Verifique se você teve a doença na infância ou tomou a vacina quando criança. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.
Saiba mais:
- Perguntas e repostas sobre sarampo
- Recomendações para não transmitir sarampo