Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
CREAS Sé visita o Memorial da Resistência
Por: Arthur Silvestre
Tendo no horizonte o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Sé usou a data como gancho, para reunir profissionais dos serviços socioassistenciais de atendimento às crianças e adolescentes em situação de rua da região central, para conhecer mais sobre o período de Ditadura Militar, que assolou o país por mais de duas décadas.
Eles visitaram o Memorial da Resistência, local que preserva parte dessa história e que foi fundado onde antes funcionou o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, local utilizado pelo regime como detenção temporária de presos políticos, onde ocorriam também interrogatórios, torturas e censura a meios de comunicação e artistas.
A visita ao local foi guiada por um historiador, e contou com a participação de servidores, entre gerentes, assistentes sociais e psicólogos, de diferentes serviços.
Letícia Isokaite, 35, é assistente social do futuro Núcleo de Convivência para Crianças e Adolescentes em situação de Rua (CARUA), e comentou a relevância da visita para o trabalho que ela realiza. “É uma visita impactante, considero de extrema importância à todas as pessoas que trabalham com políticas públicas que tenham cada vez mais consciência sobre o que foi esse período, onde tivemos a retirada de muitos direitos e que deixou resquícios de sua forma de governo até os dias atuais. O golpe sempre foi uma tentativa, que pode vir a acontecer de novo, e quanto mais alertas nós estivermos, mais conseguiremos evitar que aconteça”.
A ditadura militar brasileira foi um período marcado por repressão política, censura e violação de direitos humanos. Segundo a organização internacional de direitos humanos, 'Human Rights Watch', o governo militar torturou cerca de 20 mil pessoas enquanto esteve no poder. Esse número é estimado, já que muitos documentos e registros daqueles que passaram pelos porões da ditadura foi descartados, perdidos ou sequer feitos naquela época.
O regime autoritário, não apenas moldou o cenário político e social do país, como também gerou uma ampla resistência que se manifestou de diversas formas, incluindo movimentos sociais, greves, mobilizações estudantis e a luta armada. Este contexto histórico ainda ecoa na memória coletiva, incentivando reflexões sobre a importância da democracia e da defesa dos direitos civis.
“Nesse contato com o Memorial da Resistência, a gente entende que o resgate, a preservação dessas memórias, se mostra de suma importância para que essas violências não sejam replicadas ou readaptadas para os tempos modernos. Que muito do que se fazia, das violações daquela época, ainda refletem na nossa sociedade e nas crianças e jovens que atendemos hoje em dia.” Disse Victor Santiago, Psicólogo do CARUA.
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