Subprefeitura Campo Limpo
Histórico do Campo Limpo
A Subprefeitura Campo Limpo ocupa uma área de 36,7 km2 e está situada entre as Subprefeituras de Butantã, ao norte, Santo Amaro, a leste, e M’Boi Mirim, ao sul, e com os municípios de Taboão da Serra, a oeste e de Itapecerica, a sudoeste.
É formada pelos distritos de Campo Limpo, Capão Redondo e Vila Andrade. Possui uma população aproximada de 650.000 habitantes e uma taxa de urbanização de 100% e densidade demográfica média de 17.486,65 hab./km2.
Desenvolvimento Urbano no Morumbi (Vila Andrade)
Em 1956
O bairro do Morumbi "era do outro lado da colina", e os acessos para o mundo além Rio Pinheiros se limitavam a algumas poucas ruas e avenidas, alguma delas de terra.
O bairro do Morumbi nasceu com status de bairro nobre - grandes casas ocupavam enormes terrenos nas imediações da Rua São Valério, uma das poucas que ligavam a Francisco Morato ao bairro de Cidade Jardim. Hoje 50 anos depois, essa mesma rua é uma via congestionada como tantas outras.
A década de 60 foi decisiva para o crescimento do bairro. Em outubro de 1960 foi inaugurado o Estádio Cícero Pompeu de Toledo( São Paulo Futebol Clube). Um ano depois foi entregue a nova sede da Escola Graduada Americana, em seu atual endereço Avenida Giovanni Gronchi. Assim como o Colégio Santo Américo em uma travessa da mesma avenida.
Em 1964 o governador Adhemar de Barros negociou com a família Matarazzo, em troca de dívidas fiscais do grupo com o Estado, o enorme prédio que, desde 1970, na gestão de Roberto Sodré, é sede do Governo do Estado de São Paulo. Enquanto grandes empreendimentos vinham para o Morumbi, também devagar eram construídas lindas casas na área que foi da família Oscar Americano. O sentimento de preservação ambiental, que já estava presente, em 1948, nos projetos concebidos e desenvolvidos por Oscar Americano, deixando claro o seu pioneirismo.
Desenvolvimento acelerado
No final dos anos 60, início dos 70, que o interesse pela região começou de fato. Com a saturação de bairros como Itaim Bibi, Campo Belo, Brooklin, Moema, Pinheiros, os grandes empreendimentos foram chegando: Condomínio Portal do Morumbi, Hospital Albert Einstein, Colégio Visconde de Porto Seguro, muitas casas e alguns grandes prédios residenciais.
Devagar surgiram pontos comerciais, como padarias, açougues, sapateiros, lavanderias. Supermercado ainda não havia. Por conta dos grandes espaços, dois Cemitérios foram inaugurados: o da Paz em 65 e o Morumbi, em 68.
Os contrastes - Paraisópolis
Do outro lado, uma grande população carente que vive nas inúmeras favelas da região. Estima-se que só na Paraísopolis vivam cerca de 80 mil pessoas, tornando esta favela a segunda maior da cidade de São Paulo. Com uma vasta e (e impermeável) área, ela mostra que está tão consolidada quanto a região vizinha.
Paraísopolis é originaria do loteamento da antiga Fazenda Morumbi, feito em 1921, que definiu 2.200 lotes de 500 m² e ruas de 10 m de largura. Os lotes acabaram sendo, aos poucos, ocupados por grileiros e posseiros.
Há dez anos, Paraísopolis contabilizava 33 mil habitantes. Nos últimos anos, cresceu vertiginosamente, e hoje já são cerca de 80 mil habitantes e 17.730 domicílios em um milhão de metros quadrados, formando a segunda maior favela da cidade de São Paulo.
Campo Limpo
A história de Campo Limpo é antiga, não passa de especulações o ano de sua criação, moradores mais antigos afirmam que o Distrito originou-se da fazenda da Pombinhos, da família Reis Soares em meados do ano de 1937.
Segundo os relatos, em Campo Limpo havia várias colônias, como as dos japoneses, italianos e portugueses atraídos pelo baixo custo dos terrenos. Em 1950 havia muitas fazendas, chácaras, olarias, uma capela católica, casas residenciais, além do colégio secundário fundado pelos Adventistas no ano de 1915 em Capão Redondo. O Jóquei Clube de São Paulo mantinham os seus cavalos nos pastos e treinavam no Campo Limpo, esse também é apontado um dos motivos para o surgimento do nome do Distrito.
Havia também, três “secos e molhados”, uma farmácia, uma barbearia, um grupo escolar de madeira, um mosteiro da igreja católica. O primeiro ônibus a circular data de 1963. A energia chegou em 1958 e o calçamento das primeiras ruas em 1968. Em 1º de março de 1973 foi instalada a Administração Regional do Campo Limpo. As mudanças foram grandes. Hoje a antiga Administração Regional transformou-se em Subprefeitura, com a finalidade de descentralizar e trazer maior desenvolvimento e investimentos para a região, onde se discute e planejam-se todas as ações de melhorias dos três Distritos (Campo Limpo, Vila Andrade e Capão Redondo). A atividade principal hoje é o comércio.
Capão Redondo
No início era apenas um ponto de encontro de moradores dos bairros mais centrais da cidade de São Paulo. Freqüentemente esses moradores visitavam a região do Capão redondo nos finais de semana atraídos pela facilidade de se caçar, pescar e passar um dia de descanso em um lugar sem poluição, ao lado de córregos com água limpa e tranqüila.
O nome Capão redondo surge, segundo antigos moradores de Guavirituba (antigo nome de origem indígena). Os visitantes procuravam um local onde pudessem carpir o mato e levantar acampamento, e isso era sempre em formato arredondado, ao perceberem começaram a chamar o local de capão redondo, como ponto de referência aos que chegassem.
Antigas características do bairro:
O ar era seco e saudável, as estradas de terras com colinas cobertas por uma floresta tornavam a região bonita e atrativa para a caça e pesca. Havia também fazendas com criações de gado, aves, cabritos e mulas. Carroças era o único meio de transporte.
Em 1914 chegou o pastor adventista John Lipek acompanhado por uns obreiros da igreja de Santo Amaro.
Em 1930 surgiram as lavouras com plantações de batatas. Em 1950 surgiram às olarias e 1957 a família Nishimura formou a primeira plantação de tomates.
Em 1968 surgiram os primeiros sinais de progresso com os loteamentos e a chegada da energia elétrica. Em 1977 as primeiras ruas foram asfaltadas.