Secretaria Especial de Comunicação
Caminho do lixo domiciliar
Diariamente, 12 mil toneladas de lixo são produzidas pelos cidadãos paulistanos em suas residências, de acordo com a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana.
O dado alarmante é que embora se estime que 40% desse volume poderiam ser reciclados, somente 7% é efetivamente reaproveitado. Para entender o que acontece a esse volume imenso de dejetos é fundamental conhecer o processo que se estende após a coleta do lixo. As concessionárias Ecourbis e Loga atuam com aproximadamente 386 caminhões e 3,5 mil profissionais para realizar a coleta nas 48.623 ruas atendidas pelo serviço.
A rota do lixo começa a partir do recolhimento dos resíduos descartados pelo munícipe e é realizada pelos caminhões compactadores, que operam com uma equipe formada por um motorista e três coletores, nos bairros da capital. A legislação determina que cada residência descarte até 200 litros/50 kg por dia. Após a coleta, os dejetos são encaminhados para as estações de transbordo da capital: Vergueiro, Santo Amaro e Ponte Pequena, com capacidade de armazenamento de até 12 mil toneladas.
Todos esses resíduos seguem em carretas de transporte para um dos dois aterros que recebem o lixo da capital: a Central de Tratamento Leste (CTL), em São Mateus, e a Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA), em Caieiras.
O aterro sanitário é preparado por técnica especial para a disposição de resíduos sólidos de forma ambientalmente correta. É um espaço preparado para receber os dejetos, de maneira que poupa os lençóis freáticos – rios subterrâneos – da contaminação pelo lixo.
Os rejeitos passam, então, por um processo de decomposição, que gera gás e o chamado chorume. O gás, conduzido por tubulações, é queimado e se torna menos poluente, possibilitando a geração de 8.280 mil m³ de biogás por mês, que são transformados em energia elétrica. O chorume é enviado para tratamento, transformado mensalmente em cerca de 18 mil litros de água de reuso, utilizada para a limpeza urbana.
Neste processo, em que mais de 11 milhões pessoas, de acordo com o último censo, divulgado pelo IBGE em 2010, são beneficiadas por um sistema de coleta efetivo, se faz necessária a redução da quantidade de lixo produzida, além, é claro, da adesão ao programa de coleta seletiva, para se chegar o mais próximo possível dos 40% do volume total de 12 mil toneladas.