Secretaria Municipal de Cultura

BAIRRO DO JABAQUARA

Bairro

O nome Jabaquara vem do tupi guarani YAB-A-QUAR-A, que significa rocha ou buraco. Essa região, que pertencia a uma das sesmarias do Padre José de Anchieta, era, nos tempos da escravidão, uma mata deserta que servia de abrigo para os escravizados fugidos. O local também serviu como ponto de descanso para viajantes que se dirigiam a Santo Amaro e à Borda do Campo, até o inicio do século 17, época em que a região começou também a ser procurada por fazendeiros e sitiantes, que ali abriram estabelecimentos agrícolas e comerciais.

A região se popularizou no fim do século 19, quando a prefeitura criou o Parque do Jabaquara, local agradável para o lazer, passeios e piqueniques.

Rumo à urbanização, em meados de 1930, foi construída a Avenida Washington Luís, facilitando o desenvolvimentos de novos bairros nos entorno do distrito, como a Vila Mascote, o Jardim Aeroporto e a Cidade Vargas (inaugurada pelo próprio presidente Getúlio Vargas). Ainda falando sobre importantes vias de acesso à região, a Avenida Jornalista Roberto Marinho foi construída para desafogar o trânsito para quem se dirige rumo à Rodovia dos Imigrantes, que leva ao litoral paulista.

A chegada dos bondes em 1930 e a inauguração do Aeroporto de Congonhas em 1940 deram um grande impulso ao desenvolvimento local; porém, o marco decisivo para o seu crescimento foi a construção da Paróquia São Judas Tadeu em 1940, a pedido do acerbispo metropolitano Dom José Gaspar Afonso e Silva. A devoção ao padroeiro trouxe ao bairro novos moradores. Atualmente, o espaço muito procurados por fiéis do santo conta com duas igrejas e se localiza na avenida que leva o nome do bairro.

Há diversos registros de que, até os anos 50, uma das principais atividades econômicas do local consistia no cultivo de flores selvagens, e a abaparia capensis (tulipa-do-inverno) se mostrava a principal fonte de renda dos habitantes naquela época.

Considerada o grande marco da mobilidade e o pontapé inicial do metrô na cidade, a estação Jabaquara foi a primeira a ser construída, inaugurada em 1974. O terminal foi inaugurado em maio de 1977 e conta com uma área de mais de 12.000 metros quadrados. Espaço esse que atende cerca de 15.000 usuários por dia saindo e chegando pelas 24 plataformas com destino ao litoral paulista. Bertioga, Cubatão, Guarujá, Peruíbe, Praia Grande e Santos são os destinos mais procurados. Da estação de metrô Jabaquara, você tem fácil acesso ao Zoológico de São Paulo por meio de um serviço de micro-ônibus.

Próximo à estação Conceição do Metrô (ainda no Jabaquara), o Parque Lina e Paulo Raia foi inaugurado em meados de 1980 como realização do Projeto CURA (Comunidades Urbanas de Recuperação Acelerada). A Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), que introduz a temática cultural a crianças de 5 a 12 anos, está sempre no pedaço.

O Jardim Botânico conta com mais de 360.000 metros quadrados de áreas verdes. O parque abriga vegetação remanescente de Mata Atlântica.

Inaugurado em 1978 como Recinto de Exposições da Água Funda, pavilhão de exposições localizado no distrito do Jabaquara, seu estacionamento era utilizado para feiras livres e casualmente recebia eventos públicos abertos. Posteriormente se tornou o Centro de Exposições Imigrantes. Em 2016, o centro de exposições foi reinaugurado com o nome de São Paulo Expo. O espaço recebe grandes eventos, como a Campus Party (um dos maiores eventos de tecnologia do mundo), e a Comic Con Experience (evento geek).

No bairro, dois clãs foram de grande destaque no desenvolvimento da região: os Rocha Miranda e os Cantarella. Esses últimos eram donos do famoso Sítio da Ressaca, endereço datado de 1719, que foi construído em taipa de pilão e se mostra a construção mais antiga do Jabaquara. A casa possui algumas peculiaridades em relação às outras residências de bandeirantes da época: a assimetria de sua planta, um único alpendre não centralizado na fachada principal e o telhado de duas águas. Ela sobreviveu ao processo de urbanização do Jabaquara, intensificado com a chegada do metrô e hoje faz parte do Centro Municipal de Culturas Negras do Jabaquara - Mãe Sylvia de Oxalá - CCNJ.

Lá também fica o Museu da Lâmpada, que aborda o tema da luz – da descoberta do fogo até a criação das lâmpadas que temos em nossas casas hoje. Inaugurado em 2012, conta com uma linha do tempo que diverte o público de todas as idades. 

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Paulo Duarte