Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
São Paulo reativa Gasômetro
Reforma do complexo tombado custou R$ 38 milhões
Humberto Maia Junior e Valéria Gonçalvez
No dia 27, São Paulo terá de volta, no centro, um de seus prédios mais tradicionais - a antiga sede da The San Paulo Gas Co. , hoje chamada de Companhia de Gás de São Paulo (Comgás). O local, conhecido como Complexo do Gasômetro, foi sede da empresa entre 1890 até 1972, quando o gás de carvão começou a ser substituído por outras fontes de energia. A reforma custou R$ 38 milhões.
Desativado em 1974, o local volta a funcionar como Centro Operacional da Região Metropolitana da Comgás. O interior foi modernizado, mas a fachada e outros detalhes estão quase idênticos à época em que a sede foi inaugurada. Apesar de o Gasômetro ser tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp), a estrutura original tinha se perdido em reformas anteriores. “Tijolos tinham sido rebocados, vãos de janelas e portas foram fechados”, lembra o arquiteto responsável, Luís Antonio Magnani.
Os tijolos das fachadas foram importados da Inglaterra e são de um tamanho que hoje não existe mais. Mas a equipe de restauradores descobriu vários deles em fundações enterradas. “Fomos procurando, descobrindo e aproveitando.” Alguns tijolos foram divididos ao meio, para que os dois lados fossem usados.
Também foram preservadas as estruturas metálicas de dois balões infláveis onde o gás era armazenado. Onze lampiões que iluminavam ruas do centro no fim do século 19 foram restaurados. A sala onde o gás era comprimido para chegar a bairros distantes, na época, como Pinheiros, vai abrigar exposições. “Conseguimos recuperar a primeira fonte de energia de São Paulo”, diz, orgulhoso, Magnani.
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