Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

Reinações de Monteiro Lobato

Fonte: O Estado de S. Paulo

Ubiratan Brasil

Maior escritor infanto-juvenil brasileiro, grande incentivador do desenvolvimento do progresso do País, polemista brilhante, modernizador sem ser modernista - poucos duvidam que Monteiro Lobato foi uma figura singular do século 20. Personalidade de múltiplas facetas, movido por sonhos e utopias, ele ainda continua uma fonte de surpresas. Afinal, o mesmo homem que defendeu a exploração do petróleo e incentivou uma verdadeira revolução editorial no Brasil era um apaixonado por doces, fotos e pinturas e, no fim da vida, aproximou-se do espiritismo.

As revelações constam em Juca e Joyce (Moderna), livro de memórias da neta de Lobato, Joyce Campos Kornbluh, que será lançado quinta-feira, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Fatos deliciosos registrados por uma menina mimada pelo avô. No dia anterior, serão lembrados os 125 anos de nascimento do criador do Sítio do Picapau Amarelo, comemoração que começa amanhã, quando se inicia a semana de atividades infantis na Biblioteca Monteiro Lobato, na Vila Buarque - até sexta-feira, o espaço será ocupado por contação de histórias, exibição de filmes e espetáculos de dança.

Ao mesmo tempo, os herdeiros readquiriram, depois de uma batalha judicial, os direitos de republicação da obra do escritor, o que vai iniciar uma disputa editorial por uma jóia tão valiosa.

Herdeiros do autor preparam reedição da obra

Decisão na Justiça permite rescisão provisória do contrato que mantinham com editora Brasiliense

Ubiratan Brasil

Juca cultivava hábitos e manias: escrevia durante a madrugada e gostava de guardar pedaços de rapadura no bolso do paletó. Orgulhava-se também de habitualmente ler o dicionário, do primeiro ao último verbete, como fonte de ensinamento e, nos dias frios, vestia a roupa de trabalho por cima do pijama. 'Meu avô mantinha uma agulha, não me lembro se com linha, enfiada na lapela do paletó para o caso de alguém precisar. Tinha também uma tesourinha que ele adorava e a pinça com a qual arrancava pêlos do nariz sem espelho nem nada. E se a conversa estivesse chata, e ele fosse obrigado a ficar, pegava qualquer coisa, até jornal, dobrava e começava a cortar', conta Joyce Campos Kornbluh, neta de Monteiro Lobato (1882-1948), carinhosamente conhecido por Juca e que lhe reservava um tratamento especial. É o que se conclui com a leitura de Juca e Joyce.

Ouvinte privilegiada das histórias que Lobato ia criando e, não raro, autora de idéias mirabolantes que acabavam incorporadas aos textos do avô, Joyce contou suas memórias à pesquisadora Marcia Camargos, que preferiu reuni-las ao sabor da lembrança, despreocupando-se em seguir a linha do tempo. O doce-de-coco é o conjunto de imagens que ilustra as histórias, a maioria inédita e feita por Lobato, tanto as fotos captadas por sua Rolleyflex, como aquarelas e pinturas.

Lobato era muito cioso com o trabalho, a ponto de ninguém poder importuná-lo. Joyce conta que o avô levantava entre 3 e 4 horas da madrugada para escrever até as 10. Respondia a cartas e fazia traduções. 'Quando as crises financeiras se agravavam, todo mundo traduzia, menos vovó, que não sabia inglês', escreve Joyce, que nasceu nos Estados Unidos.

Quando permanecia em casa, porém, Lobato era um docemaníaco - adorava bolinhos de chuva, biscoito de polvilho, sequilhos, curau, pamonha e mais uma lista infindável de iguarias, que comia e beliscava o dia inteiro. 'Ele tinha o paladar esquisito e gostava de coisas estranhas', nota Joyce, lembrando do avô se deliciando com saúvas.

Em casa, Lobato dedicava-se também a responder às cartas escritas pelas crianças. 'Sempre pediam fotografia e ele mandava.' O motivo de tanta admiração, os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, também é explicada por Joyce: Benta era avó de um colega de Lobato chamado Pedro, na escola primária de Taubaté, e acabou inspirando Pedrinho e Dona Benta. Nastácia veio de uma ama do escritor, um reforço para o matriarcado que dominava o Sítio. 'Dizem que Emília foi inspirada em mim, mas não tenho certeza', conta Joyce. 'Acho que foi pura criação, que ele foi bolando aos poucos. Só sei que meu avô, às vezes, incorporava alguma invencionice minha nas histórias que estava escrevendo.' Como as torneirinhas substituindo as tetas da vaca, mais práticas e higiênicas.

Lobato era fã de Walt Disney (apaixonou-se pelo filme Fantasia), que conheceu pessoalmente quando foi visitar os estúdios. Ele pretendia fazer com o Sítio um desenho animado semelhante ao do Mickey, com os colaboradores de Disney, mas não conseguiu.

Principal provedor da casa, Monteiro Lobato dedicava-se a diversos afazeres. Quando foi preso, porém, em janeiro de 1941, por condenar a postura do governo, que liberava a exploração do petróleo para companhias estrangeiras, o escritor deixou a família passar por momentos apreensivos. Na cadeia, mantinha uma atitude altiva, dividindo a comida com os colegas.

Solto, passou a arrumar emprego para os que também ganhavam liberdade. 'Eles apareciam de repente na porta da minha avó. Ela ficava apavorada, mas meu avô escrevia aos amigos: 'Olha, estou apresentando tal pessoa, espero que lhe arranje um emprego porque é gente boa, honesta, só matou a família, etc.' Ele nunca deixou ninguém na mão.'

Joyce conta que Lobato não praticava nenhuma religião, mas, depois da morte dos filhos, aproximou-se do espiritismo. 'Começou a ler sobre o tema e a realizar algumas sessões em casa com uma espírita que punha o copo no centro da mesa, cada um o tocava e, de repente, ele andava.' Prudente, Lobato combinou com a mulher que, se aparecesse em algum centro espírita depois da morte, ele diria uma frase que só ela sabia. 'Supostamente, 'baixou' em umas 800 sessões, mas nunca repetiu a tal senha. Por isso, minha avó sempre disse que não era ele.'

Tamanha aproximação com Lobato tornou Joyce uma das herdeiras naturais de sua obra, cujos direitos sempre pertenceram à editora Brasiliense. Descontente com a forma como vinham sendo editados os livros ('com o mesmo aspecto visual desde a década de 1970, sem ilustrações coloridas'), buscou uma negociação. 'Tentamos, entre 1996 e 1997, fazer com que a editora reformulasse os livros. Como não conseguimos, entramos na Justiça com um pedido de rescisão do contrato de edição. Mesmo porque não poderíamos permanecer em silêncio quando constatamos que a editora tinha deixado de publicar os livros de Lobato no formato de coleções, como estipula o contrato. Ou que não mantinha o estoque mínimo contratual de cada título. Ou, ainda, que não recebemos informações essenciais, desde 1998, tais como as planilhas sobre tiragens, vendas e pagamentos de direitos, sem falar dos demonstrativos anteriores a 1998 nos quais foi constatado um festival de erros.'

Em 2006, os herdeiros conseguiram uma decisão seminal, permitindo a rescisão provisória do contrato. 'Temos certeza de que os livros voltarão a ser publicados em edições à altura do escritor. E bem mais cedo do que se pensa.'

O sítio do Picapau amarelo, na tv e no rádio

Patrícia Villalba e Ubiratan Brasil

FIDELIDADE: Pedrinho está em férias mais uma vez, e é esperado com festa no Arraial dos Tucanos, para mais um período de brincadeiras e aventuras na casa da vovó Dona Benta. A temporada 2007 do Sítio do Picapau Amarelo na TV Globo começou na segunda-feira como todas as outras, mas há algo bem diferente no ar. Roteiristas da série pretendem se afastar das princesas e dos enredos novelescos que tomaram conta do sítio nos últimos anos e se voltar com mais intensidade ao texto original de Monteiro Lobato.

Nos últimos tempos, em especial no ano passado, a série abusou de recursos folhetinescos para tentar prender o telespectador. Virou praticamente uma Malhação matinal, em que as intrigas amorosas eram pintadas com verniz de pirlimpimpim. Não era exatamente inadequado, mas dava pena de ver como as crianças não pareciam mais interessadas no velho sítio, assim tão descaracterizado e muitas vezes misturado a personagens manjados da Disney.

Carlos Magalhães, diretor de sucessos como TV Pirata além de seis edições do Big Brother Brasil, assumiu o programa com a missão de recontar as histórias de Lobato e cativar ao mesmo tempo crianças pequenas, de 4 e 5 anos, e pré-adolescentes de 12 e 13. A estética é a dos anos 50, mas o contexto não.

Tucanos parece agora uma cidade parada no tempo, apesar de aparelhos modernos em cena. É uma alternativa lúdica ao caos da cidade, onde vive Pedrinho (Vitor Mayer).

Nesta primeira semana, o menino esteve às voltas com o Barão Tremembé (Nelson Xavier), um vilão que, disfarçado de folclorista, quer capturar um saci. Emília (Tatyane Goulart) sai em busca dos índios, 'primeiros habitantes do Brasil'. São valores ecológicos prosaicos, que soam inocentes perto das aulas de ciências em que as crianças aprendem sobre aquecimento global - para ter pesadelo depois. Mas pode ser vista também como uma forma de tratar o assunto com leveza. Quem vai decidir são as crianças.

Projeto totalmente distinto foi conduzido por Carlos Lacerda e Edgard Cavalheiro que, em maio de 1943, levaram ao ar, pela Rádio Gazeta de São Paulo, o programa No Sítio do Picapau Amarelo. Se a TV hoje busca as origens da obra de Lobato, Lacerda e Cavalheiro aproveitavam a boa aceitação dos personagens para fugir justamente do imaginado pelo escritor para tratar de assuntos que palpitavam no momento.

Assim, o Sítio, em determinado momento é motivo para a dupla falar sobre a 2ª Guerra Mundial, que atingia seu auge na época. No valioso material conseguido pelo pesquisador Vladimir Sacchetta, originais do roteiro do programa, há um curioso diálogo entre os dois locutores.

Em um determinado momento, Cavalheiro afirma: 'Se as crianças pudessem mandar, o mundo seria um vasto sítio do picapau amarelo.' E Lacerda responde: 'E ninguém faria injustiça a ninguém.' 'Imagine se a Emília pegasse o Hitler!', diz Cavalheiro. 'E se Mussolini ouvisse os conselhos de dona Benta!', retruca Lacerda. E o bate-bola continua: 'Eu só queria ver o Hirohito aflito.' 'Com as rabicadas do Rabicó...' 'Positivamente, é urgente levar para o rádio o pessoal do sítio.'

Em seguida, os personagens do Sítio ganham voz, embora suas aventuras sejam constantemente interrompidas para a leitura de anúncios publicitários que, como atualmente, interferem na ação de forma a parecer natural sua presença

Fotógrafo, muito mais do que simples aprendiz

Entre fotos montadas da neta Joyce e flagrantes inspirados, escritor comparava a fotografia à literatura

Simonetta Persichetti

Que além da literatura Monteiro Lobato era um apaixonado por pintura, todo mundo sabe. O lado fotógrafo do escritor, no entanto, permanece ainda hoje conhecimento de poucos. Mas é justamente nas lembranças da sua família, de sua neta Joyce, que esta paixão vem à tona. Munido com uma câmara Rolleyflex ele guarda instantes íntimos, encontros e ainda fala de fotografia nas suas longas e conhecidas missivas aos amigos.

Muitas vezes chegou a comparar a fotografia com a literatura. Imagens precisas, instantes preciosos do cotidiano. A vista da cidade de seu apartamento, um detalhe de sua fazenda Burquira, um auto-retrato, a beleza de sua esposa D. Purezinha, as estripulias de sua neta Joyce. Tudo ficou registrado em suas imagens, da mesma forma que suas histórias ficaram registradas em seus livros.

Joyce, sua neta, nos conta a vida do Lobato fotógrafo, as histórias que ficaram gravadas em sua memória. Para ele, a fotografia ficava reservada aos momentos de prazer, de alegria. Muitas vezes, Joyce se tornava sua 'vitima', visto que o avô lhe pedia para posar, colocar chapéus, encostar em árvores - coisas que aquela menina não gostava, mas a que se submetia com prazer, visto a cumplicidade que a unia ao avô. Mas, se muitas fotos eram ensaiadas, outras são flagrantes puros, como se Lobato quisesse usar as imagens como ensaios de suas histórias. Ele montava a imagem, pedia para as pessoas se fantasiarem, brincarem de teatro, criar personagens. Mas é sem dúvida nos flagrantes que as fotos aparecem melhor.

Em muitas das fotografias, a sombra de Monteiro Lobato aparece, como se ele quisesse assinar a autoria daquela imagem de forma decisiva. Ele se coloca na fotografia. Um olhar apurado que registra paisagens, suas viagens pelo nordeste, como se naquelas fotografias ele quisesse encerrar a memória do momento. Não são meros registros de turistas, são fotografias de alguém que procura o melhor ângulo, que tem paciência para compor a cena, que sabe exatamente o que quer dizer e procura de forma sintética comunicar o que viu, ou melhor, o que está vivendo. Mas o que também surpreende é que Monteiro Lobato falava de fotografia com grande conhecimento: em suas cartas, orientava os amigos sobre como fotografar, falava do processo de se revelar uma imagem e não escondia sua admiração pelas chapas, reveladores e fixadores que davam vida às suas fotografias.

É uma pena que ele tenha, porém, sempre considerado a fotografia, assim como suas pinturas, um hobby, uma forma de lazer. Com certeza teria sido tão bom fotógrafo quanto escritor. As suas fotografias e seu auto-retrato com a câmara que pousa sobre os livros os não deixam dúvidas quanto a isso.

O dia em que os 'sapos' chegaram ao poder

Foi durante a gripe espanhola, quando a epidemia afastou a direção do Estado e a redação ficou com os 'amigos da casa', como eram conhecidos; entre eles, Lobato

Vladimir Sacchetta

Um artigo sobre a pianista Guiomar Novais, recém-chegada do Conservatório de Paris, marcou a estréia de Monteiro Lobato na grande imprensa em 1913. Colaborador esporádico, que não se prendia a contratos nem produzia textos por encomenda, ele logo migraria do Correio Paulistano para O Estado de S. Paulo atraído pela feição oposicionista do jornal de Julio Mesquita. Empunhando a pena afiada sempre que tinha algo a dizer, acabaria se tornando um 'sapo' da redação - aquele sujeito amigo da casa, que lá comparecia todas as noites para filar o café, comentar as notícias do dia, dar palpites e falar mal dos adversários. Foi através de suas páginas que se projetou nacionalmente com artigos em que deu vida a Jeca Tatu, um de seus personagens-símbolo.

O secretário do jornal era Nestor Rangel Pestana, equilibrado, prudente e conservador, segundo o autor de Urupês. Quando os mais jovens, 'com a leviandade e a irresponsabilidade dos sapos', propunham mudanças e reformas nas páginas que julgavam excessivamente pesadas, Julio de Mesquita Filho concordava, para retrucar logo em seguida: 'Impossível. Nestor não quer.' Apelidado de Capitão, Julinho ocupava o centro de acaloradas discussões sobre a vida nacional. Se o debate subia de tom, Léo Vaz comentava sereno da sua mesa: 'A sala da pátria está a 100 graus.'

De sua fazenda, em Louveira, Julio Mesquita 'telepresidia' o jornal, que Rangel Pestana comandava ao lado de Julinho, enquanto os 'sapos' faziam o papel do coro das tragédias gregas. Para Lobato, o perfil 'fechado' do Estado garantia seu prestígio junto à opinião pública. Ninguém tomava partido sobre nada sem antes saber como pensava o jornal, que se manifestava no parágrafo inicial das Notas e Informações. O fato de serem pouco freqüentes dava-lhe credibilidade ainda maior. Irreverentes, os 'sapos' caçoavam: 'O Estado está convencido de que é centro do sistema planetário; daí a cautela com que emite opinião. Puro medo de que com um pequeno deslize venha a perturbar-se a harmonia universal e rebente alguma catástrofe cósmica.'

O dia chegou em que os 'sapos' tomaram o poder. Foi em 1918, durante a gripe espanhola. Verdadeira calamidade pública, a epidemia derrubou a direção do jornal. Julio Mesquita puxou a lista, seguido de Nestor e de Plínio Barreto, que vinha substituí-lo na secretaria. Em menos de uma semana, todos haviam caído. Com o estado-maior inteiro fora de combate, entre os redatores e repórteres a baixa foi de mais de 50%. Dos 'sapos', só restaram Filinto Lopes e Monteiro Lobato e, acéfalo, o jornal corria o risco de não sair. Tomando a frente da redação, Filinto passou a receber as informações, enquanto Lobato despachava na mesa de Nestor, selecionando o que era importante, podando excessos e rabiscando instruções. Depois, metia a papelada no tubo pneumático que, por baixo da terra, levava tudo às oficinas de composição e impressão.

Como o tempo, a situação voltaria ao normal. 'Tão grande a identificação de todos com a alma do jornal, tamanha a confiança recíproca que, sem ordem de ninguém, dois meros filantes de café assumem o comando do maior jornal do Brasil e dirigem-no autocraticamente por mais de uma quinzena.' Finda a 'ocupação', diz Lobato, os donos e gerentes retomaram seus postos, agradecidos por aquela intrusão.

Para Monteiro Lobato, o episódio era revelador da camaradagem do ambiente. Daí a indignação quando, em 1940, o Estado foi invadido pela polícia sob a acusação de tramar contra a ditadura Vargas. 'A sensação do público de São Paulo foi de um fim de tudo', escreveu, lembrando que, entre todas as humilhações sofridas desde a Revolução Constitucionalista de 1932, nenhuma fora tão dolorosa quanto aquela. 'O Estado sempre de pé, sempre digno, mudo, mas de extraordinária eloqüência em sua mudez. Era nosso único meio de protestar contra onipotência getuliana.'

Cinco anos transcorreriam até o ato de reparação. 'A devolução d'O Estado aos Mesquitas vai ser o começo de cicatrização da ferida aberta na alma paulista pela onda predatória em que se transformou a arrancada libertadora de 1930', registrou Lobato no artigo Saco de Carvão, tomando emprestado o nome dado pelos astrônomos a uma área escura da Via-Láctea. Pois, na sua perspectiva, aquela fase marcava um período negro na carreira brilhante do jornal. 'O velho órgão continuou a sair na sua forma física de sempre, mas já sem alma, sem coração, sem cérebro. Vazio. Puro fantasma de Macbeth.' E assim prosseguiu até a redemocratização do País, em 1945, época em que voltou às mãos dos legítimos donos, recuperando a antiga personalidade.

Vladimir Sacchetta é jornalista e produtor cultural, co-autor de Monteiro Lobato: Furacão da Botocúndia, diretor de conteúdos do sítio eletrônico do escritor (www.lobato.com.br) e fundador da Sociedade de Observadores de Saci