Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

Denise Namura explicita o amor na dança

Fonte: Folha de S. Paulo

No solo "Nos Histoires", bailarina apresenta trechos de peças da companhia francesa À Fleur de Peau


RAQUEL COZER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Denise Namura, 49, é uma brasileira na contramão da vanguarda da dança francesa. É mais fácil reconhecer situações corriqueiras que ter de decifrar obscuras mensagens conceituais em seus espetáculos.
Radicada há quase 30 anos na França e avessa à não-dança, ao gestual minimalista em voga naquele país, a diretora da companhia À Fleur de Peau (à flor da pele) explicita todas as suas intenções no solo "Nos Histoires" (nossas histórias), de amanhã a domingo, no Teatro de Dança, em São Paulo.
"É uma questão de generosidade, de passar ao público uma emoção que ele sinta. A dança contemporânea, em geral, não se preocupa com isso. Quer renovar, não dialogar", diz.
"Nos Histoires"é uma coletânea de trechos, adaptados para o formato solo, de peças montadas nos últimos dez anos pela companhia -que Namura dirige com o alemão Michael Bugdahn, com quem já fez coreografias para a Cisne Negro e o Balé da Cidade de São Paulo.
Em quatro atos, a peça conta historietas de amor, de silêncio e de "ser e parecer", entre outras. "São momentos representativos de várias épocas da companhia. As histórias de amor, por exemplo, falam do primeiro encontro à traição."
Formada em mímica, teatro e dança, Namura achou difícil definir o que fazia, em 1986, ao criar a À Fleur de Peau. "Como tínhamos que "etiquetar", chamamos de dança-teatro, mas não parece Pina [Bausch]. A gente teatraliza o movimento."

 

NOS HISTOIRES
Quando:
sex. e sáb., 21h; dom., 18h
Onde: Teatro Itália/TD Teatro de Dança (ed. Itália - av. Ipiranga, 344, subsolo, tel. 2189-2555)
Quanto: R$ 10