Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
São Paulo ganha estátua de seu santo padroeiro
Demorou 453 anos para a cidade ganhar uma estátua em homenagem a seu santo padroeiro, o apóstolo São Paulo. Feita em bronze, com peso de 4 toneladas e altura de 3,60 metros, a obra foi inaugurada ontem na Praça Vinicius de Moraes, no Morumbi, na zona sul. Quando o pano que cobria a estátua subiu, um problema: a citação bíblica (“Ficai, pois, sabendo que aos gentios é enviada agora esta salvação de Deus; e eles a ouvirão”), na base de granito, trazia referências erradas.
O trecho não é de Atos, capítulo 9 e versículo 6, mas do capítulo 28 e versículo 28.
O prefeito Gilberto Kassab tirou o projeto da gaveta. De autoria do artista plástico italiano Galileo Emendabili (1889-1974), ele foi encomendado pelo então governador Adhemar de Barros em 1964. “Logo veio o golpe militar e esqueceram da estátua”, disse Fiammetta Emendabili, de 72 anos, filha do artista, durante a inauguração, acompanhada de Kassab e de Andrea Matarazzo, secretário de Coordenação das Subprefeituras.
Formado pela Academia Real de Belas Artes de Urbino, na Itália, Emendabili chegou a São Paulo, em 1923, aos 25 anos, tornando-se amigo de paulistanos influentes como Ciccillo Matarazzo, industrial e mecenas. Emendabili deixou seis obras públicas na capital, entre elas o Obelisco do Ibirapuera, na zona sul, e um monumento ao cientista Luís Pereira Barreto, na esquina das Avenidas Angélica e São João, no centro.
A estátua do apóstolo, segundo o projeto original, teria 105 metros de altura e seria instalada no Pico do Jaraguá, o ponto mais alto da cidade, na zona oeste. Hoje, estaria para São Paulo como o Cristo, para o Rio. Mas será que ganharia como uma das sete novas maravilhas do mundo moderno?
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