Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

Destaques do Jornal da USP

Fonte: JORUSP

Les Ballets Trockadero

Formado apenas por homens, o Les Ballets Trockadero de Monte Carlo mostra as principais peças do repertório mundial, fazendo graça com a arte da dança. Com uma técnica impecável, a companhia, que já tem 33 anos, se firmou no cenário internacional, apresentando-se em festivais e turnês, conquistando prêmios e o respeito da crítica especializada, e mais, levando o público às gargalhadas. Eles se esbarram, exageram os passos, brincam com os clichês da dança clássica, em que na maioria das vezes os papéis masculinos são quase sempre secundários. Os Trocks, como são conhecidos, são um fenômeno, com grandes números: 23 visitas anuais no Japão, 50 à Europa, apresentações ao circuito universitário dos Estados Unidos, cobrindo um total de 50 Estados do país, e recentemente recorde de vendas em Londres, na última temporada de 2006. No programa brasileiro estão O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, na primeira parte, e na segunda, Go for Barroca, de Bach, e Paquita, de Minkus (em que os bailarinos executam uma série de fogos de artifício coreográficos). Terça e quarta, às 21h, no Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/n o , Centro, tel. 3222-8698). Ingressos a partir de R$ 60,00.

Minik Momdó

Estréia nesta quinta o novo espetáculo do grupo Minik Momdó de Dança/Teatro, PólisSemos, concebido e dirigido por Maria Mommensohn. A idéia vem de polissemia, que significa multiplicação dos sentidos, pesquisa desenvolvida desde 2000 pelo grupo ao longo da sua Trilogia do Minotauro (Oikos, Metóikos e Protótypós), em que investiga o surgimento e as relações com os espaços interno e externo da cidade. Em PólisSemos , as várias linguagens se agregam em torno da dança, provocando uma nova percepção da realidade, e refletindo sobre a cidade e seus escombros. Música de Lennon Fernandes, Carlos Silva, Teo Ponciano e Jessé Siqueir, e cenografia e figurinos de David Schumaker. Com apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo. As apresentações vão até 14 de outubro, quintas, sextas e sábados, às 21h, domingos, às 20h, no Porão do Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Grátis.

Quarteto de Cordas

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo – formado por Betina Stegmann e Nelson Rios (violinos), Marcello Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo) – apresenta nesta semana concerto em homenagem aos 120 anos de nascimento de Villa-Lobos, executando a peça Quarteto n o 13 . Completa o programa a obra Quarteto op. 135, de Beethoven. Apresentações nesta quinta, às 21h, no Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/n o , Centro, tel 3222-8698), com ingressos de R$ 5,00 a R$ 10,00; e na sexta, às 12h30, na Galeria Olido (av. São João, 473, Centro, tel. 3334-0001), com entrada franca.

Orquestra e dança

O Corpo de Baile Jovem, formado por alunos dos últimos anos da Escola Municipal de Bailado, apresenta coreografia inédita de Mariana Muniz, além de A Outra Valsa e Contradança, de Luiz Fernando Bongiovanni, e Limiar, de Flávio Lima (sábado e domingo, às 19h). E a Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência do maestro José Maria Florêncio e com solos dos violinistas Pablo de León, Martin Tksa, Fernanda Krug e Andréa Campos, se apresenta dentro da série Concertos Matinais; no programa, As Quatro Estações, de Vivaldi, e A Sagração da Primavera, de Stravinski (domingo, às 11h). No Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Centro, tel. 3222-8698). Ingressos: de R$ 5,00 a R$ 10,00 (primeiro) e de R$ 10,00 a R$ 15,00 (segundo).

Três Estações

A Cia. de Ensaio estréia nesta terça o espetáculo Três Estações, primeira peça encenada pelo grupo, formado por membros oriundos do curso de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, da Escola de Artes Dramáticas da USP, do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes Filho, e do Teatro-Escola Célia Helena. Com dramaturgia de Caetano Gotardo e Leonardo Antunes, inspirados numa releitura de Hanjo feita por Yukio Mishima (1925 – 1970), a encenação centra-se na história de uma figura arquetípica: a jovem Hana que, presa no cotidiano repetitivo, não consegue se libertar da espera pelo amado que nunca retorna. A peça é resultado de uma extensa pesquisa sobre as manifestações do feminino na mitologia e sobre a estrutura do Teatro Nô. Direção de Leonardo Antunes. Até 11 de outubro, terças, quartas e quintas, às 21h, no Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Os ingressos custam R$ 10,00 (preço popular de R$ 1,90 no dia 25 de setembro).

Homenagem a Paulo Emílio

O Cinusp presta homenagem ao escritor, crítico e professor de cinema Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), que fundou nos anos 40 o Cineclube de Cinema da Faculdade de Filosofia da USP, foi responsável pela direção da filmoteca do Masp (depois transformada em Cinemateca Brasileira) e organizou o primeiro curso de cinema do Brasil, em 1965, na Universidade de Brasília. Reviver a crítica de Paulo Emílio, tão importante à história do cinema nacional, é o objetivo da mostra “Paulo Emílio: Uma Homenagem”, que inclui 11 filmes, abrindo com o documentário Paulo Emílio (Brasil, 1981), de Ricardo Elias, que evoca o contato do professor com seus alunos através da reconstituição de suas aulas. Na programação desta semana ainda estão presentes Tesouro Perdido (Brasil, 1927), de Humberto Mauro, filme mudo sobre os desencontros de dois irmãos, “a barreira da degradação fotográfica... é aqui vencida pelo frescor das imagens, que exprimem, além da natureza, algo de muito profundo em Humberto Mauro” nas palavras de Paulo Emílio; Oharu – A Vida de uma Cortesã (Japão, 1952), de Kenji Mizoguchi, história de uma mulher que fazia parte da corte do imperador, mas envolve-se com um homem de condições inferiores e termina como cortesã, “teoricamente é uma obra que teria muito contra si (...) Mas todos os defeitos potenciais de construção ou concepção são eclipsados pela qualidade intrínseca das imagens, por sua beleza de todos os instantes”; De Crápula a Herói (Itália, 1959), de Roberto Rossellini, em que “il generale della Rovere persegue deliberadamente um triunfo de bilheteria. Mas nada disso impede que à luz das preocupações mais íntimas de Rossellini a sua última fita exprima o prolongamento harmonioso de uma meditação presente em toda sua obra”; e Nascimento de uma Nação (EUA, 1915), de D. W. Griffith, que se passa durante a guerra civil americana, contando a saga de duas famílias, uma do norte e outra do sul; sobre o diretor, Paulo Emílio afirma: “se considerarmos o cinema simultaneamente em seus diversos aspectos, como linguagem, arte, indústria e expressão social, Griffith é incontestavelmente a mais poderosa personalidade de toda a sua história”. Ainda na programação, que vai até 28 de setembro, estão O Portal do Inferno (Japão, 1953), de S. Kinogasa, Noites de Cabíria (Itália, 1967), de Federico Fellini, P.E. Salles Gomes (Brasil, 1979), de David E. Neves, O Grande Ditador (EUA, 1940), de Charles Chaplin, A Regra do Jogo (França, 1939), de Jean Renoir, e A Linha Geral (União Soviética, 1928), de Sergei M. Eisenstein. Sessões às 16h e 19h, no Cinusp (r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540). Entrada franca. Mais informações no site.