Prefeitura de São Paulo

Igor Giannasi

Visto sob uma perspectiva pejorativa no século passado, considerado apenas uma diversão superficial, o entretenimento ganha nova dimensão neste início de milênio. Esta é a concepção do coordenador do curso de pós-graduação em Gestão do Entretenimento como Linguagem de Negócios da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio de Janeiro, Vinícius Andrade, para quem o conceito consiste numa forma lúdica de se transmitir uma mensagem. “É uma linguagem que traz a informação aliada a alguma forma de excitação dos sentidos e de fruição estética”, define o professor.

A proposta do curso, do qual a primeira turma começa no segundo semestre, é auxiliar os interessados a criar processos estratégicos de negócios para associar a marca a eventos de entretenimento. “O curso é voltado para profissionais que desejam aprimorar a visão de marketing estratégico”, diz Andrade.

BRANDING

O coordenador de pós-graduação cita como exemplos de ações de fortalecimento do branding (marca) festivais de música como o Skol Beats e o Tim Festival. “A cultura contemporânea fala muito pela linguagem do entretenimento”, avalia. Nesse contexto estão incluídas ações em eventos esportivos, cinema, televisão e internet, entre outras manifestações.

Apesar de profissionais de marketing já atuarem desenvolvendo essas estratégicas, Andrade afirma que não havia ainda uma qualificação acadêmica para a área. “Nunca uma escola se propôs a fazer um curso para formar esse profissional”, afirma.

Da grade curricular constam disciplinas como ambiente de negócios globalizado, estratégias empresariais,marketing estratégico, conjuntura econômica e entretenimento e inovação e criatividade. A carga horária é de 360 horas/aula. O trabalho de conclusão de curso não é uma dissertação, mas um projeto aplicado a uma situação real de mercado.