Secretaria Municipal de Cultura
Nílton César leva música e romantismo à Casa Júlio Guerra
No mês que antecede o Dia Nacional do Idoso (1º de outubro), a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo preparou uma programação especial voltada para o público da Terceira Idade, com eventos em diversas Casas de Cultura Municipais da cidade.
Na última terça-feira (17), a Casa de Cultura Municipal Júlio Guerra, em Santo Amaro, recebeu o “Baile de Primavera - Rodrigo Aldy Convida Nílton César”. O evento contou com grandes sucessos dos anos 60 e da carreira de Nílton César, que este ano celebrou 60 anos de estrada e acumula 45 discos de ouro.
O show foi aberto por Rodrigo Aldy, que interpretou clássicos de artistas como Jerry Adriani, Wanderley Cardoso e ngelo Máximo. A performance fez com que muitos casais, majoritariamente da terceira idade, enchessem a pista de dança, revivendo momentos da juventude.
"No início da minha carreira, fui o primeiro cover de Bon Jovi no Brasil, e foi nessa época que conheci ngelo Máximo. Começamos a nos apresentar juntos e, a partir daí, nos aproximamos do estilo da Jovem Guarda e do pós-Jovem Guarda," relembrou Aldy, que comentou sobre as turnês e o contato com outros grandes músicos da época, como Nílton César, Jerry Adriani e Reginaldo Rossi.
Aos 85 anos, Nílton César subiu ao palco e, com a casa praticamente lotada, levou o público ao delírio ao iniciar sua participação com a clássica canção "A Namorada que Sonhei". A música, um de seus maiores sucessos, foi acompanhada em coro pelos presentes, reafirmando o poder atemporal de suas baladas românticas. Em seguida, ele ainda fez o público vibrar ao cantar "Sapato Apertado", sem deixar de arriscar alguns passos de dança.
"Já nasci com o prazer de cantar, e, depois de tanto tempo, é muito bom ainda ser reconhecido e saber que os fãs continuam apreciando nossas músicas," resumiu o cantor.
Entre o público, Cida Rouxinol, de 76 anos, compartilhou suas lembranças dos bailes e concursos musicais que frequentava na juventude, muitas vezes escondida dos pais. Já Fátima Oliveira, 70, relembrou com nostalgia os dias em que ela e suas amigas se preparavam para os bailinhos da época, sempre sonhando em ver de perto os ídolos da Jovem Guarda.
Paulinha Maria, 74, contou como, depois de criar filhos, netos e bisnetos, finalmente encontrou tempo para se divertir nos bailes. "Hoje sou viúva, e até acho mais fácil conquistar 'brotos' do que quando era mais jovem. Viver no mundo da música é uma maneira de compensar o que não vivi na juventude," encerrou.
As Casas Municipais de Cultura seguem com uma programação mensal variada, destinada a públicos de todas as idades e gostos. Não perca a nossa Programação de Setembro.