Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

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Segunda-feira, 5 de Outubro de 2015 | Horário: 16:34
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Coreografia da Cia. Com[som]antes enfoca a ausência de sons na vida

“Cisza, o Último Silêncio é a Morte” chega ao Centro Cultural da Juventude no dia 16

Coreografias trazem as experiências do grupo
com as formas de silêncio (Raphael Poesia)


Por Letícia Andrade

Procurar uma forma de abordar as múltiplas relações com o silêncio e, consequentemente, com o som, é a proposta da coreografia “Cisza, o Último Silêncio é a Morte”, da Cia. Com[som]antes. Contemplado pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), da Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo é apresentado no Centro Cultural da Juventude, no dia 16 de outubro.

Baseado nas inquietações dos próprios intérpretes-criadores, as coreografias trazem as experiências do grupo com as formas de silêncio. “Não dá para falar que ficar quieto é sempre uma opção, porque às vezes você é silenciado por alguém. Trabalhamos com essa ideia do sufocamento, do vazio, e o silêncio no espaço”, explica o diretor Harrison Rodrigues.

Para a construção dessa poética, o grupo também trabalhou com as ideias do compositor John Cage, que dedicou sua obra para conceber o silêncio como parte fundamental e geradora da criação musical. “Quando tudo está calado, você escuta a si mesmo, os seus pensamentos. Pode estar sozinho, mas, na verdade, não está”, observa Rodrigues.

Esta impossibilidade de alcançar o silêncio absoluto foi estudada por Cage que, em uma de suas experiências, reproduziu sua música dentro de uma câmara anecoica. O objetivo era não ouvir som algum, mas mesmo assim um barulho foi gerado: o ruído do próprio coração.

Sobre o significado do título, o diretor explica que “Cisza” é silêncio em polonês. A escolha não foi feita pelo idioma, mas devido à imagem gerada pela junção do “S” e “Z”, lembrando um coração. “É como se pegássemos a ausência de som como uma linha de expressão”, finaliza.

A Cia. Com[som]antes surgiu em 2012 com o intuito de discutir, experimentar e compartilhar suas pesquisas em dança e arte contemporânea. O próximo trabalho do grupo, ainda sem nome definido, fala sobre o olho. Uma prévia dessa criação pode ser vista no dia 12 de novembro, na Fábrica de Criatividade do Capão Redondo.

Serviço: | Centro Cultural da Juventude – anfiteatro. Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Próximo do Terminal de Ônibus Cachoeirinha. Zona Norte. | tel. 3984-2466. Dia 16, 19h30. | Grátis (não é necessário retirar ingresso). 50 min. Livre.



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