Secretaria Municipal de Cultura
Centro de Memória do Circo recebe Acervo Piolin do MASP
Carreata que transporta o acervo parte do MASP em direção à Sala Olido no dia 4
O Centro de Memória do Circo, espaço da Secretaria Municipal de Cultura, realiza nesta sexta-feira, dia 4 de dezembro, a Cerimônia de Recebimento do Acervo Piolin, que será doado pelo Museu de Arte de São Paulo, às 10h45, no MASP. Uma carreata (em carros antigos) parte do local às 11h15, em direção ao Largo do Paissandu, finalizando em uma cerimônia com palhaços e artistas circenses na Sala Olido.
Trazer o acervo de Piolin, que se encontra no MASP desde 1972, para o Centro de Memória do Circo, tem valor simbólico imensurável. O Centro de Memória do Circo foi a primeira instituição da América do Sul consagrada à memória e cultura circense, e está situado no principal sítio histórico do circo no Brasil: o Largo do Paissandu, local em que Piolin viveu sua glória.
Abelardo Pinto, o palhaço Piolin, nasceu em Ribeirão Preto, em 1897, quando o circo de seus pais fazia temporada na cidade. Formado pela escola itinerante dos circos de lona, foi acrobata, contorcionista, equilibrista e palhaço, começando a fazer sucesso na década de 1920, nos circos Irmãos Queirolo e Alcebíades, que tiveram longas temporadas no Largo do Paissandu. Foi lá que os modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti o descobriram e, posteriormente, tornaram-se frequentadores assíduos do local. Em 1929, no dia 27 de março, os modernistas comemoraram o aniversário de Piolin em grande estilo – antropofágico: um almoço em um dos restaurantes mais importantes da cidade, cujo prato principal foi o próprio palhaço (de maneira simbólica, é claro). Considerando que os índios antropófagos, em quem os modernistas se inspiravam, comiam seus inimigos para adquirir suas qualidades, o festim antropofágico foi uma das maiores homenagens que poderia receber um artista.
Em 1972, Pietro Maria e Lina Bo Bardi organizaram uma mostra comemorativa ao cinquentenário da Semana de Arte Moderna e prestaram homenagem a Piolin, montando seu circo no Belvedere do MASP. Nesse mesmo ano, a Assembleia Legislativa de São Paulo declarou a data de nascimento de Piolin, o Dia do Circo. Foi também nessa ocasião que o palhaço entregou ao MASP suas vestes, sapatões, chapéu de coco e sua bengala – que agora estão sendo permanentemente transferidos para o Centro de Memória do Circo.
O Dia do Circo é hoje comemorado em todo o país. Durante todos esses anos, o tesouro de Piolin foi muito bem preservado pelo MASP, mas muito pouco compartilhado, o que levou o Conselho do Museu à decisão de transferir esse tesouro para o Centro de Memória do Circo.
Serviço: Cerimônia de Recebimento do Acervo Piolin. MASP (Museu de Arte de São Paulo). Av. Paulista, 1578, Centro. Dia 4, 10h45. Grátis
Trazer o acervo de Piolin, que se encontra no MASP desde 1972, para o Centro de Memória do Circo, tem valor simbólico imensurável. O Centro de Memória do Circo foi a primeira instituição da América do Sul consagrada à memória e cultura circense, e está situado no principal sítio histórico do circo no Brasil: o Largo do Paissandu, local em que Piolin viveu sua glória.
Abelardo Pinto, o palhaço Piolin, nasceu em Ribeirão Preto, em 1897, quando o circo de seus pais fazia temporada na cidade. Formado pela escola itinerante dos circos de lona, foi acrobata, contorcionista, equilibrista e palhaço, começando a fazer sucesso na década de 1920, nos circos Irmãos Queirolo e Alcebíades, que tiveram longas temporadas no Largo do Paissandu. Foi lá que os modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti o descobriram e, posteriormente, tornaram-se frequentadores assíduos do local. Em 1929, no dia 27 de março, os modernistas comemoraram o aniversário de Piolin em grande estilo – antropofágico: um almoço em um dos restaurantes mais importantes da cidade, cujo prato principal foi o próprio palhaço (de maneira simbólica, é claro). Considerando que os índios antropófagos, em quem os modernistas se inspiravam, comiam seus inimigos para adquirir suas qualidades, o festim antropofágico foi uma das maiores homenagens que poderia receber um artista.
Em 1972, Pietro Maria e Lina Bo Bardi organizaram uma mostra comemorativa ao cinquentenário da Semana de Arte Moderna e prestaram homenagem a Piolin, montando seu circo no Belvedere do MASP. Nesse mesmo ano, a Assembleia Legislativa de São Paulo declarou a data de nascimento de Piolin, o Dia do Circo. Foi também nessa ocasião que o palhaço entregou ao MASP suas vestes, sapatões, chapéu de coco e sua bengala – que agora estão sendo permanentemente transferidos para o Centro de Memória do Circo.
O Dia do Circo é hoje comemorado em todo o país. Durante todos esses anos, o tesouro de Piolin foi muito bem preservado pelo MASP, mas muito pouco compartilhado, o que levou o Conselho do Museu à decisão de transferir esse tesouro para o Centro de Memória do Circo.
Serviço: Cerimônia de Recebimento do Acervo Piolin. MASP (Museu de Arte de São Paulo). Av. Paulista, 1578, Centro. Dia 4, 10h45. Grátis
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