Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Maurício Machado apresenta espetáculo solo de comédia
Normalmente, aniversário de criança é sinônimo de muita diversão, não é mesmo? Doces, cachorro-quente e brincadeiras não podem faltar. Como você agiria se, chegando ao teatro, um palhaço te convidasse para trocar o programa por uma festa infantil?
Essa é a história escolhida pelo ator Maurício Machado para comemorar 30 anos de carreira. De presente, ele ganhou dos autores Walcyr Carrasco, Alessandro Marson, Vincent Villari, Daniele Valente, Heloísa Perissé e Sill Esteves cinco textos curtos sobre aniversário. Juntos, resultaram na peça Festa, a Comédia. Com direção de Eduardo Figueiredo, o espetáculo entra em cartaz, dia 8, no Teatro Arthur Azevedo.
Entre situações corriqueiras, episódios bizarros e divertidos que nunca deveriam acontecer em uma típica festa infantil, Machado interpreta os seis personagens, tanto femininos quanto masculinos, com muito humor e singularidade. Os papéis são inspirados em arquétipos da sociedade e, por serem retratados de maneira exagerada, tornam-se engraçados. Dentre eles estão, o protagonista mirim, Miguel, que guarda um segredo revelado apenas no fim da festa; sua mãe, uma socialite viciada em plásticas, viagens e remédios tarja preta; um palhaço alcoólatra e a atendente da carrocinha de cachorro quente, amante do pai de Miguel.
Quando questionado sobre a criação de cada personagem e o maior desafio dessa empreitada, o ator destaca dois elementos fundamentais nesse processo: a identidade visual de cada papel e o cenário em que estão inseridos. Outros grandes achados da montagem são os figurinos de Marcio Vinicius e as caracterizações criadas pelo visagista Anderson Bueno, pois ambos têm de ser trocados rapidamente.
Para Machado, “interpretar pessoas com personalidades tão diferentes é como ter uma paleta de infindáveis cores para escolher e pintar uma tela em branco. Quando o corpo, pensamento, voz, musicalidade, tônus e energia de cada personagem se definem e se encaixam, o trabalho flui. A ideia é que, por meio da interpretação, o público se esqueça de que existe um único ator por trás de cada papel”, conclui.
O espetáculo tem como principal função divertir. Para o diretor, “o texto causa uma identificação imediata na plateia e, além de fazer rir, também faz refletir. Por mais difícil que seja a construção de uma comédia, a recompensa do público é tão grande que vale a pena participar dessa festa”, finaliza Figueiredo.
Por Juliana Pithon
| Teatro Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste | tel. 2605-8007. De 8 a 17. 6ª e sáb., 21h e Dom, 19h.
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk