Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Treze intérpretes cantam obras de Johnny Alf
Projeto 'Johnny Alf – A Bossa e Outros Tons' reúne Cauby Peixoto, Wanderléa, Toquinho e outros, este mês, no Centro Cultural São Paulo


Ao escrever o refrão “Se alguém quiser fazer por mim, que faça agora”, na canção “Quando Eu Me Chamar Saudade”, Nelson Cavaquinho afirmava que preferia que o homenageassem enquanto estivesse vivo. Não foi bem o que aconteceu com o compositor, pianista e cantor Johnny Alf.
Considerado o precursor da Bossa Nova, ele faleceu em março do ano passado, aos 80 anos de idade, de câncer de próstata. “Penso que Johnny não teve a notoriedade que merecia em vida por conta de sua incrível timidez”, afirma um de seus biógrafos, o jornalista e pesquisador João Carlos Rodrigues.
Depois de sua morte, porém, ganhou duas biografias e várias homenagens. Uma delas é o projeto Johnny Alf – A Bossa e Outros Tons, que reúne, este mês, no Centro Cultural São Paulo, treze artistas que, ao longo de suas carreiras, foram influenciados por ele, como Cauby Peixoto, Cláudya, Wanderléa, Toquinho e a favorita do compositor, Alaíde Costa. Em seis shows, comandados pelo DJ Zé Pedro, os cantores relembram os principais sucessos do mestre. As apresentações marcam também o lançamento pela Lua Music do box com três CDs contendo composições suas.
Alf, cujo verdadeiro nome era Alfredo José da Silva, era filho de um cabo do Exército e de uma doméstica do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Começou a estudar música erudita com uma amiga da patroa de sua mãe que, percebendo sua inclinação artística, o ensinou a tocar piano. Aos 14 anos, já tinha sua banda.
Apaixonado pelo jazz, aproximou-se do pessoal do Instituto Brasil-EUA, onde aprendeu inglês, trocou de nome e deu início a um intercâmbio com musicistas norte-americanos. Durante o dia, assim como seu pai, era cabo do Exército. À noite, tocava em casas noturnas, onde conheceu cantores como Dick Farney e Nora Ney e compositores então iniciantes como João Donato e Paulo Moura. A partir dessa fase, dividiu seu tempo entre Rio e São Paulo. Foi o início de uma carreira que resultou em mais de 20 discos gravados e em canções clássicas como “O Que É Amar”, “Rapaz de Bem” e seu maior sucesso, “Eu e a Brisa”, que, ironicamente, foi desclassificada do III Festival de MPB da TV Record.
Programação
Sáb. e Dom. | Grátis
ALAÍDE COSTA E ZÉ LUIZ MAZZIOTTI
| Dia 12, 19h
WANDERLÉA E CLAUDYA TELLES
| Dia 13, 18h
CÉLIA, ADYEL SILVA E MARICENE COSTA
| Dia 19, 19h
CAUBY PEIXOTO E CLÁUDYA
| Dia 20, 18h
CIDA MOREIRA E ZÉ RENATO
| Dia 26, 19h
TOQUINHO E CLAUDETTE SOARES
| Dia 27, 18h
Serviço: Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa. Rua Vergueiro, 1.000 – Paraíso. Centro. Próximo da estação Vergueiro do metrô. Tel. 3397-4002. Atendimento: 3ª a domingo, das 10h às 22h.
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