Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Secretarias de Cultura e Economia Criativa e Direitos Humanos e Cidadania trazem feira de artesanato indígena na Vila Itororó
São Paulo, 18 de abril de 2025 – A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, leva uma feira de artesanato indígena ao Centro Cultural Vila Itororó neste sábado (19), das 10h às 18h. A feira conta com oito barracas que levam produtos feitos à mão por artistas indígenas e que valorizam e contam a história de suas tradições, costumes, saberes e vivências. A entrada é gratuita e todos estão convidados.
Nas oito tendas que vão ocupar todo o Pátio de Casas, são 14 expositores: Avani Fulni-ô e Akayse Fulni-ô do povo Fulni-ô, localizado no estado de Pernambuco; Joel do povo Kariú Kariri, de Alagoas; Denilza do povo Kaimbé, situado no sertão baiano; Ivone e Kilvane da tribo Pankararu, povo nordestino que migrou para o distrito de Morumbi, em São Paulo; Pedro e Renato da tribo Pankararé, parente da tribo Pankararu, proveniente da cidade de Paulo Afonso, na Bahia; Kerexu e Jacileide da tribo Guarani, povo que habita as regiões compreendidas entre o Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina; Roseli do povo Pataxó, um dos mais antigos povos indígenas existentes, vivendo há mais de dois séculos e meio, localizando-se no extremo sul do Estado da Bahia e no norte de Minas Gerais; Juan e Bea do povo Aimará/Aimara, situados nos Andes, principalmente na Bolívia e Peru; e Crodi, Iradzu e Aramis do povo Kariri-Xocó, tribo fruto da união entre os Kariri da cidade de Porto Real de Colégio, em Alagoas, com parte dos Xocó, da ilha sergipana de São Pedro.
O bairro da Bela Vista, localizado no Centro Cultural Vila Itororó, teve forte influência indígena em seu desenvolvimento, começando muito antes até da colonização portuguesa. Isso porque o bairro era parte da rota “peabiru”, que ligava diversas comunidades indígenas, portanto muito andado pelos povos originários, em um caminho total que ligava a Luz até o Rio Pinheiros - onde ficava o aldeamento indígena de Jeribatiba. Inclusive, muitos nomes de bairros entre a Avenida Nove de Julho, Avenida Paulista e o Bixiga-Bela Vista, chamado de Vale do Sararacura, tem marcas da cultura e idioma indígenas, como Itapeva ou Japurá. Por esta região compreender o rio Anhangabaú e o Saracura, com dois afluentes (o córrego Saracura Pequeno, e o Ribeirão do Bexiga), muitos carros de bois e as tropas que conduziam mantimentos passavam pela área, até o seu loteamento, por volta de 1880.
A feira de artesanato faz parte da programação especial dedicada ao Abril Indígena, que por sua vez celebra a data comemorativa do Dia dos Povos Indígenas, promulgada via Decreto-Lei n° 5 540, de 1943. A data serve para ampliar o reconhecimento e o compromisso estatal com os direitos indígenas.
Além da feira, tem programação corrida para até às 19h no Centro Cultural Vila Itororó, com rodas de conversas e apresentações de dança e música. Outros equipamentos culturais municipais recebem atividades especializadas, como Casas de Cultura, Teatros e Bibliotecas.
A agenda dos equipamentos culturais municipais administrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa está disponível nas redes sociais e no site.
Lembrando: Vem aí Virada Cultural 2025. A maior virada cultural da história!
Escrito por: Enzo Sapio | Revisado por: Suzane Rodrigues
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