Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Casa Eliane de Grammont completa 25 anos com presença do Prefeito Fernando Haddad
Ao lado da Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, o Prefeito Fernando Haddad, anunciou nesta segunda, 9/3, durante solenidade de comemoração dos 25 anos da Casa Eliane de Grammont, a liberação de recursos, no valor de R$ 232 mil para a reforma do equipamento, considerado primeiro serviço municipal de atendimento integral à mulher nos casos de violência doméstica, ainda hoje, modelo de referência para vários estados do País.
Ao cumprimentar a plateia, formada por ex-coordenadoras, militantes, usuárias e pessoas que direta ou indiretamente estiveram envolvidas com a criação do serviço, o prefeito lembrou ainda o projeto "Guardiã Maria da Penha", parceria entre SMPM e Secretaria de Segurança Urbana (SSU) implementada na região da Subprefeitura da Sé, que desde maio de 2013, realiza visitas domiciliares periódicas para monitorar mulheres que encontram-se sob medida protetiva concedidas pela Justiça. Em menos de um ano de existência, o projeto já realizou 4.073 visitas e tem planos de expansão para outras regiões da cidade.
A Secretária Denise Motta Dau lembrou a origem do nome da casa, homenagem à Eliane de Grammont, cantora assassinada em 1981, pelo seu ex-companheiro Lindomar Castilho, cujo julgamento mobilizou o movimento feminista para a criação de um serviço especializado dentro da política pública. Falou ainda sobre o desenho dos equipamentos de atendimento às mulheres que encontram-se sob gestão da SMPM e ampliação dos novos serviços: uma Casa de Passagem, que será instalada no terreno anexo à Casa Eliane de Grammont com capacidade para 10 famílias, instalação da Casa da Mulher Brasileira, cujo edital encontra-se em fase de contratação da construtora, um CRM em São Miguel Paulista, um CRM em Campo Limpo e mais uma casa abrigo de endereço sigiloso.
Representando o movimento de mulheres, integrante da Executiva Nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) Liège Rocha recordou a primeira formação da da casa composta pela primeira coordenadora de enfrentamento à violência, Teresa Verardo, Simone Diniz, à época, titular da Coordenadoria da Mulher da Prefeitura, Graziela Acquaviva, primeira coordenadora da Cas Eliane e a primeira psicóloga do serviço, Lenira Politano da Silveira.
“O trabalho da casa foi muito importante para resgatar a força das mulheres. Para nós, que temos militância no movimento feminista do Brasil, manter esse espaço tem significado muito importante, embora nossa esperança é que esses não passem mais a existir. Mas isso só vai acontecer quando não existirem mais mulheres envolvidas em situação de violência ”, afirmou Liège.
“É um trabalho vitorioso, difícil e que sem sombra de dúvida tem que continuar até o dia em que não haja uma única mulher sofrendo violência nesse país”, afirmou Teresa Verardo. "Essa casa transformou a vida de muita gente e, por isso, é tão importante celebrar esse momento”, apontou Branca Paperetti, atual coordenadora da Casa.
A solenidade também foi prestigiada pela primeira dama, Ana Estela Haddad, a secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti.
Histórico
Criada em 9 de março de 1990 na gestão da então prefeita Luiza Erundina, a Casa Eliane de Grammont, como primeiro serviço municipal do Brasil a oferecer o atendimento integral às mulheres em casos de violência doméstica e resultou da ampla mobilização do movimento feminista na época. A origem do nome foi uma homenagem à cantora e compositora Eliane de Grammont, assassinada por seu ex- companheiro, em 30 de março de 1981, enquanto se apresentava em uma casa de show na capital paulista.
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