Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Sexta-feira, 25 de Outubro de 2013 | Horário: 18:00
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Plano Juventude Viva é lançado em São Paulo

A iniciativa do governo federal foi instituída na Cidade em cerimônia com a presença do prefeito Fernando Haddad e dos ministros Gilberto Carvalho e Luiza Bairros. “O Plano é um passo para a mudança de uma cultura de violações, que naturaliza a discriminação e a violência”, disse o secretário Rogério Sottili, da SMDHC

Foi lançado na manhã desta sexta-feira, dia 25, no CEU Casablanca, no Campo Limpo, o Plano Juventude Viva na cidade de São Paulo, com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e de periferia, que são as principais vítimas de homicídios, e criar estratégias de prevenção à violência. Iniciativa do governo federal, o Plano terá a sua implementação na Cidade coordenada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR).

Comandado pelos artistas Max B.O e Negra Li, o evento contou com a presença do prefeito Fernando Haddad; da vice-prefeita Nádia Campeão; dos secretários municipais Rogério Sottili (SMDHC) e Neto de Paula (SMPIR); dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial); da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo; e do coordenador de Políticas para a Juventude da SMDHC, Gabriel Medina.

“O Plano Juventude Viva faz parte de uma agenda civilizatória. Ele é um passo para a mudança de uma cultura de violações, que naturaliza a discriminação e a violência, em favor de uma cultura de garantias de direitos”, disse o secretário Rogério Sottili. “A mortalidade dos jovens, na contramão das tendências nacionais para o total da população, é crescente, tem idade, tem endereço e tem cor. As principais vítimas de homicídios são jovens do sexo masculino, pretos ou pardos, que moram nas periferias. Essa é uma realidade escancarada e nós não podemos ficar inertes.”

Segundo o secretário, trazer o Plano Juventude Viva para São Paulo foi uma prioridade estabelecida já no primeiro dia da atual gestão. “Hoje, nós apresentamos o resultado do trabalho de todo esse tempo, que envolveu muita gente. Aliás, considero essa uma das principais características do Plano. É uma política de governo intersecretarial e com o compromisso de todos. Todo o governo, todos os secretários se envolveram pessoalmente, diretamente na construção do Plano.”

Sottili também destacou o processo participativo que marcou a elaboração das ações do Juventude Vida. “Esse plano existe porque houve pressão, porque houve demanda da sociedade civil. E ela participou ativamente do processo de construção."

Veja o vídeo da elaboração do Plano junto aos jovens da Cidade

Outro ponto abordado pelo secretário foi a urgência da aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que estabelece a apuração dos casos de vítimas que morrem por supostamente reagirem a abordagens policiais. “Precisamos extirpar a ação violenta do próprio Estado. Uma das ações em que estamos empenhados no âmbito do Juventude Viva é a aprovação do projeto de lei que estabelece regras de apuração dos chamados autos de resistência ou resistência seguida de morte. Nós não podemos permitir injustiças e impunidades quando falamos da vida dos nossos jovens.”

O secretário Neto de Paula, da SMPIR, também ressaltou a importância da aprovação do PL. “Perdi muitos amigos e parentes por falta de tolerância, por ignorância e, principalmente, por causa de uma polícia que nunca respeitou a juventude negra. O pior desenho do racismo são as resistências seguidas de morte.” Para Netinho, é urgente priorizar as políticas que combatem as desigualdades raciais. "As barreiras do racismo são concretas. E é nesse cenário que o Juventude Viva chega a São Paulo, um Plano que tem origem na luta e no protagonismo da juventude negra e de periferia."

Fechando a cerimônia, o prefeito Fernando Haddad afirmou que o Plano vai além do serviço público. “Ele fala da dignidade, da integridade das pessoas. Não dá para continuar com índices epidêmicos de mortalidade dos jovens negros.” Haddad ainda abordou a importância da parceria entre governo e sociedade civil para a consolidação das ações do Juventude Viva em São Paulo. “Precisamos de canais de comunicação desobstruídos. O poder público erra menos quando está perto da população.” Por fim, o prefeito disse que vai monitorar a execução do Plano "passo a passo, para fazer São Paulo sorrir e celebrar a vida".

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