Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Unidade Móvel de Cidadania LGBT atenderá vítimas de homofobia
A primeira Unidade Móvel de Cidadania LGBT foi entregue à população na manhã desta segunda-feira, em cerimônia realizada em frente à sede Prefeitura de São Paulo. O veículo, equipado e adaptado para realizar atendimentos a vítimas de homofobia, é o primeiro de outros quatro que serão inaugurados até o final de 2016, cada um ligado a um Centro de Cidadania LGBT.
Foto: Leon Rodrigues/Secom
"Este é um trabalho importante, que dá visibilidade para o combate à violência na cidade. Fizemos uma primeira experiência com as mulheres. A unidade móvel circulou a cidade toda e recolheu muitas informações importantes sobre violência doméstica contra a mulher e, agora, vamos fazer o mesmo com a comunidade LGBT, em pontos específicos onde o risco e vulnerabilidade são maiores. Essa unidade também contará com assessoria jurídica, além do apoio da Guarda Civil Metropolitana", afirmou o prefeito Fernando Haddad após conhecer o veículo.
“É uma iniciativa corajosa. A Unidade Móvel irá proporcionar maior atenção à saúde da comunidade LGBT na cidade de São Paulo, começando pela região do Arouche”, afirmou no ato o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy. A Unidade Móvel funcionará no Largo do Arouche, de quinta-feira a domingo, das 18h às 23h, podendo circular por outros espaços da região central. Dentro de dois meses, a intenção é que o veículo fique na Rua Augusta esquina com a Rua Peixoto Gomide. O investimento anual é de R$ R$ 261.993,60.
Da esq. para dir.: Denise Dau, Alessandro Melchior, Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e Rogério Sottili (Foto: Leon Rodrigues/Secom)
“Neste momento em que recrudesce no Brasil o discurso conservador, um discurso da Idade Média, nós fazemos políticas públicas modernas, resgatando o ideário iluminista, fazendo da Prefeitura de São Paulo um foco de resistência a essa onda conservadora”, disse Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). Melchior citou ainda o lançamento do programa Transcidadania, o De Braços Abertos, e o Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI) como exemplos de projetos inovadores.
Também participaram da solenidade o secretário-adjunto de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, a secretária de Políticas para Mulheres, Denise Dau, e Adriana Simone, representando a sociedade civil.
Foto: Leon Rodrigues/Secom
Além de atender vítimas de homofobia, a Unidade Móvel de Cidadania LGBT prestará outros serviços à população, como a realização de teste de fluido oral para HIV, a distribuição de material e atividades de orientação sobre Direitos e Políticas Públicas existentes, funcionando como ponto fixo de divulgação dos serviços de saúde, assistência social e promoção dos direitos humanos, a realização de atividades educativas e culturais, como exibição de curtas e videoclipes de campanhas da Prefeitura, e a formação de redes de acolhimento e sensibilização nos equipamentos públicos, envolvendo prioritariamente o Centro de Referência da Diversidade e o Centro de Cidadania LGBT - Arouche.
O veículo também está adaptado para divulgar serviços e programas da Coordenação de Políticas para LGBT, como o Centro de Cidadania LGBT, o Plano de Saúde Integral e o programa Transcidadania. Haverá ainda a articulação com a Base Permanente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e policiamento da região para reforço na segurança e inibição de casos de agressão e violência.
Largo do Arouche
A escolha do Largo do Arouche como base inicial para a Unidade Móvel deve-se ao grande movimento de público e estabelecimentos privados de socialização LGBT. O local tem se tornado um ponto de turismo LGBT em São Paulo, inclusive sendo citado em Guias especializados e recebendo, anualmente, turistas de diversas partes do Brasil e do mundo. Aos finais de semana, dezenas de jovens, especialmente de regiões periféricas da cidade, se reúnem no local em busca de diversão.
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