Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Programa Casa Segura e Acessível realiza sua primeira oficina
Criado para auxiliar os idosos a evitarem quedas, situação que pode leva-los à morte, além de desencadear múltiplos problemas de saúde, o Programa Casa Segura e Acessível, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), realizou ontem (12/12) sua primeira oficina. Ministrada pela fisioterapeuta e especialista em gerontologia, Sônia Noronha, a atividade abordou fatores de risco, estratégias de prevenção e possíveis consequências desse tipo de acidente.
De acordo com as estatísticas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), cerca de 30% dos idosos brasileiros caem ao menos uma vez por ano. Desses, 50% experimentam uma segunda queda no mesmo período. A casa é o principal local das ocorrências, com 70% dos registros de quedas.
Pisos escorregadios, tapetes, degraus, móveis que obstruem a passagem, ausência de barras de apoio nos banheiros e de corrimãos nas escadas, sapatos e objetos pelo caminho, e até mesmo uma iluminação inadequada são os “vilões” facilmente identificáveis. Mais sutis, os chamados fatores intrínsecos, como alterações no equilíbrio e na mobilidade, fraqueza muscular, declínio cognitivo e visual e alterações no modo de caminhar, comuns com o avanço da idade, merecem tanta atenção quanto os demais.
Sônia Noronha, que também é coordenadora do Centro de Desenvolvimento para Promoção do Envelhecimento Saudável – CEDPES, espaço da rede de atendimento à pessoa idosa, lembra que “envelhecer não é uma chavinha que a gente vira, é um processo no qual podem surgir doenças e é preciso se preparar, criar reservas no corpo para aumentar nossa força muscular e cognitiva”.
A importância da prevenção
Qualquer pessoa pode cair, mas no caso das pessoas idosas há agravantes. Os impactos físicos, como fraturas, contusões e lesões na cabeça podem reduzir drasticamente sua mobilidade, podendo ser fatal. O medo de cair novamente e a perda de confiança em si podem levar a quadros de isolamento, ansiedade e depressão. As consequências da queda podem provocar a perda da independência, levar à recuperação prolongada, ao risco de novas quedas e a danos financeiros e sociais.
De acordo com o Ministério da Saúde, dos idosos que caem, 25% são hospitalizados.
A realização de exercícios físicos, associada à eliminação dos riscos no ambiente de circulação da pessoa idosa, é um dos principais meios de prevenção das quedas, pois melhoram a condição do corpo de forma geral, inclusive a emocional. Práticas como caminhadas, hidroginástica tai-chi chuan e yoga, estão na lista de atividades recomendadas. Algumas delas são oferecidas gratuitamente pela rede de atendimento à pessoa idosa, que inaugura amanhã duas novas unidades, o Centro de Referência à Pessoa Idosa, localizado no Cambuci, região central, e o Posto Avançado de Atendimento à Pessoa Idosa, no mesmo local onde funciona o CEDPES.
Casa Segura e Acessível
O Programa é uma iniciativa da Coordenação de Políticas para Pessoas Idosas, vinculada à SMDHC, e tem por finalidade conscientizar cuidadores, pessoas idosas, familiares e demais interessados sobre como prevenir e reagir com eficácia às quedas, além de despertar o interesse da população em geral para a importância da sua prevenção.
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