Subprefeitura Guaianases

Terça-feira, 18 de Outubro de 2011 | Horário: 09:57
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CADES Guaianases participa de Seminário sobre Biodiversidade na USP Leste e realiza, em 19/10, encontro no CEU Jambeiro

Subprefeitura de Guaianases participa do Seminário realizado pelo CADES Leste 3 sobre Biodiversidade. Em 19/10 reúne-se no CEU Jambeiro

No final de setembro, vários representantes da Subprefeitura de Guaianases participaram do Seminário organizado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), DGD Leste 3, para os CADES das Subprefeituras de Guaianases, São Miguel e Itaim Paulista. Entre os participantes, marcaram presença o Subprefeito e Presidente do CADES Guaianases, Saint Clair da Rocha Coutinho Sobrinho, o Chefe de Gabinete Eugênio Cesário Martins, o Coordenador de projetos e Obras, Humberto Florêncio Macambyra e o Chefe da Unidade de Áreas Verdes Roberval Dias Torres, dentre outros representantes do CADES Guaianases.

O principal objetivo do Seminário foi envolver e sensibilizar a comunidade para a preservação das praças e áreas verdes do bairro. No início deste semestre, o contrato de manutenção previa o cuidado com as árvores já plantadas no passeio, com a poda preventiva, desobstrução da fiação e retirada de ninhos dos pássaros. O projeto piloto, que teve início em Perdizes, deve se estender para a periferia, onde constatou-se que nos últimos tempos foram feitos poucos plantios nas três Subprefeituras que integram os CADES Leste 3.

De acordo com Luis Conci, engenheiro agrônomo da SVMA – DGD Leste 3, o programa de incentivo à arborização urbana, que prevê a distribuição de mudas de plantas nos parques da cidade para munícipes que desejam plantá-las próximo às suas residências, não surtiu muito efeito, pois apenas 1.400 novas mudas foram plantadas em toda a cidade. Segundo ele, embora as ações pontuais sejam muito importantes, são os contratos que garantem o plantio massivo, proporcionando um efeito mais efetivo. O programa possui um caráter didático que pode ser integrado com o projeto pedagógico das escolas e gerar renda às unidades, além da criação de área para plantação de mudas medicinais em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Em geral, a população associa árvore à sujeira, devido à queda das folhas. Por este motivo é preciso sensibilizar a população acerca dos benefícios da arborização, especialmente em regiões de desmatamento. Além de amenizar a temperatura, atrair a fauna, manter a umidade do ar e alegrar as crianças, as árvores possuem um efeito calmante que proporciona bem estar físico e mental, garante a longevidade, combate o sedentarismo, diminui a violência, embeleza a região e valoriza os imóveis.

Sobre a fiscalização de crimes ambientais, citou-se como exemplo a ocupação irregular na várzea do rio Tietê, lembrando-se que nas áreas das três subprefeituras não existem bolsões verdes. A fiscalização estende-se às Áreas de Proteção Ambiental (APPs), onde estão as lindeiras, cursos da água. Os principais crimes cometidos são a supressão de vegetação, que chega a afetar 30% das regiões e a construção irregular em áreas de preservação, que chega a 24%. A fiscalização atua ainda contra as infrações cometidas contra a fauna, a exemplo do macaco prego, um dos animais em extinção devido aos ataques. A multa contra a flora, como a supressão de vegetação sem autorização, pode chegar a 5 mil reais. A autorização é concedida pelas Subprefeituras.

Um outro grande problema das regiões são as construções promovidas pelos empreendedores de imóveis que não indicam a reposição das árvores cortadas e acabam aprovando seus projetos e descumprindo a lei 10.365/87. Outro problema grave é a poda drástica. Quando um terço da árvore é cortada o soterramento do caule, devido à movimentação da terra, provoca danos à raiz e prejudica a planta como um todo. A emissão de odor e de fumaça gerada por fábricas, padarias e pizzarias também são passíveis de fiscalização. Muitos destes comércios possuem forno à lenha sem equipamento de controle. Pintura, decomposição de resíduos sólidos nas margens d´água, como graxa e óleo, também geram multas. Queima de resíduos sólidos é outro agravante. A falta de licenciamento gera multa de 10 mil reais. Se as obras forem construídas em APPs, além da autorização das Subprefeituras, necessitam de licença da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, conforme determina a lei 41.633/02.

Daniel Varella, representante da Coordenadoria de Educação Ambiental da SVMA – DGD Leste-3, esclareceu que devido às numerosas ações da Secretaria do verde, dividiu-se as regiões da cidade em 10 núcleos. O da região Leste 3 funciona há 11 meses, com sede no Parque do Carmo. Os núcleos também tem o poder de fiscalizar os mananciais ameaçados, a impermeabilização do solo, a falta de áreas verdes e a concentração da poluição. Também fiscaliza denúncias de infrações ambientais como o descarte irregular de entulho nos córregos, parques, praças, além de podas irregulares. “Educação Ambiental não significa abraçar uma árvore. Somos agentes transformadores. Nossa missão é formar multiplicadores”, explica Daniel. Todos os membros do CADES Guaianases, São Miguel e Itaim já fizeram o curso de conselheiros do CADES. O trabalho de arborização e da biodiversidade requer várias ações como o plantio e a manutenção de mudas, árvores em calçadas, corredores verdes, hortas comunitárias ao logo da rede hidráulica, enfim, ampliação e requalificação da arborização da cidade.

De acordo com o Subprefeito de Guaianases, que preside o CADES, é preciso pensar em políticas públicas que tenham continuidade. A principal delas é investir em Educação para conscientizar as pessoas, desde cedo, sobre a importância de se manter a cidade limpa, com varrição das ruas permanentes e saneamento básico. O Subprefeito ressaltou o Projeto Florir que prevê a reforma das praças e a inclusão do zelador. “São nas pequenas atitudes que conseguimos grandes resultados. E isso começa dentro da casa da gente”. No final, defendeu a inclusão da educação ambiental nos parques da cidade, com atividades que envolvam a população.

 

Unidade de Áreas Verdes de Guaianases

A apresentação da Unidade de Áreas Verdes da Subprefeitura de Guaianases apontou vários problemas como calçadas estreitas com árvores e calçadas largas sem árvores, a exemplo da avenida Miguel Achiole da Fonseca. Dos 17,55 Km2 de área, apenas 293 m2 são arborizados, compostos por áreas verdes, praças, canteiros centrais e APPs. No momento, a Unidade optou pelo transplantio de árvores adultas por ser uma barreira contra a depredação de mudas. Em relação às conquistas ressaltou que apesar do preconceito que as pessoas tem por achar que em Guaianases não existe nada, há muitas áreas agradáveis e constata-se a melhoria das condições socioambientais.

Acima de tudo existe o respeito pelo cidadão. Sem contar com o paisagismo em praças, o curso para zeladores e o inédito triturador de galhos das podas das árvores que produz compostagem orgânica usada no plantio, a exemplo da praça da Paz juntamente com a ONG Sou da Paz, que colaborou muito na diminuição da violência no bairro. Para Roberval Torres, em 10 anos Guaianases mudou muito, devido às atividades semanais e de finais de semana que acontecem nos dois parques do bairro: o Lajeado e o Guaratiba (linear).

Roberval ressalvou a importância do evento e fala sobre a manutenção das praças, que logo será feita pelos moradores que se formaram no do projeto Zeladores da Praça. Amanhã, para comemorar um ano de muita luta e compartilhar a troca de experiências entre as Subprefeituras, além de saber lidar com as dificuldades de forma criativa, será realizado o 1º Seminário sobre Meio-Ambiente e Sustentabilidade.

 

SERVIÇO:

CEU Jambeiro

Av. José Pinheiro Borges, 60 – Guaianases

Dia: 19/10/11 (quarta-feira)

Horário das 14h00 às 18h00

 


 

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