Subprefeitura Itaquera
Itaquera e a comunidade japonesa da Zona Leste celebram a 32ª Festa das Cerejeiras
Famílias que tiraram a tarde para se desconectar do barulho da cidade foram atraídas pela cultura japonesa e a beleza da florada das cerejeiras no Parque do Carmo. Foi assim a 32ª Festa das Cerejeiras que aconteceu no último domingo.
O prefeito da cidade de São Paulo prestigiou o evento e afirmou a importância da cerimônia e da preservação das tradições orientais.
O subprefeito de Itaquera se sentiu muito satisfeito com o evento.
Cerca de 6 mil pessoas de todas as idades ficaram deslumbradas com a florada das 1500 árvores do Bosque das Cerejeiras, que ocorre somente nos dez primeiros dias do mês de agosto. É neste dia que os nipônicos e brasileiros ‘curiosos’ resgatam a tradição do hanami, ato de contemplar as flores e sentir as pétalas sobre o rosto, transmitindo assim, a sensação de paz interior.
O público é levado por uma atmosfera oriental, onde ruídos de idioma japonês fazem contraste com o sotaque carregado dos paulistanos.
A programação contou com dezenas de atrações durante todo o dia. O palco disputava a atenção com a beleza das flores dos sakuras e o contraste de sons e movimentos dos grupos de dançarinos. O que também impressionava eram os detalhes da costura das roupas e os movimentos da coreografia.
Os visitantes ficaram encantados com a beleza do local. “Eu trouxe os meus sogros para conhecerem. É realmente muito lindo, e a sensação que sentimos é de tranquilidade e paz interior”, relata a moradora de Atibaia Luisa Kosaka Nichijima ao lado dos sogros que vieram da província de Hokkaido no Japão.
A História
No Brasil, a festa celebra o cultivo do sakura matsuri (pronuncia-se sakurá), flor que possui grande importância para os descendentes, devido à sua forte tradição no Japão. Por aqui o projeto de cultivo foi iniciado em 1974 pelo senhor Matsuba.
Ele buscava um terreno no Parque do Carmo para plantar as cerejeiras, com vistas a trazer um pouco de sua cultura às comunidades próximas. Com a idéia e o plano traçado, dirigiu-se ao então prefeito de São Paulo, Mário Covas, para pedir a liberação do terreno. Sensibilizado, o prefeito aprovou o projeto e incentivou a idéia.
A partir daí começou o plantio das cerejeiras no local. No entanto, as sementes, trazidas do Japão, não vingaram no solo brasileiro. Somente depois, com a vinda de mudas da flor de seu habitat natural, iniciou-se o que seria uma celebração anual. Bem mais tarde, fundou-se a Associação das Cerejeiras do Parque do Carmo que abraçou todas as comunidades ao seu redor. Hoje, a Associação deu espaço à Federação de Sakura e Ypê do Brasil.
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