Subprefeitura Itaquera

Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011 | Horário: 16:54
Compartilhe:

Palestra voltada para servidores trata de conflitos no ambiente de trabalho

-

A palestra sobre gerenciamento de conflitos no ambiente de trabalho, assistida por mais de 50 servidores da subprefeitura de Itaquera, foi realizada no dia 4/2, pelo professor da Unicastelo Alexandre Correa.

Segundo o palestrante os conflitos nos motivam a buscar soluções aos problemas e, ao contrário do que muitos avaliam, podem ser positivos, já que aumentam a motivação para desempenharmos o nosso trabalho; nos motiva a descobrirmos novos fatos, além de aperfeiçoarmos a nossa criatividade. Os conflitos ajudam na realização de objetivos.

Os conflitos são prejudiciais quando causam tensão, ocasionam a perda de status, criam ambientes negativos, geram grande gastos de tempo, forçam o comportamento das pessoas; desgastam a confiança entre o grupo; formam alianças; paralisam a tomada de decisão.

Existem conflitos intrapessoas, que são os mais comuns. Esses são gerados por perturbações que acontecem a cada pessoa, são questões de natureza física e prejudicam a vida cotidiana. Já os conflitos interpessoais, fruto da divergência de opiniões e de expectativas, decorrem de problemas como estresse, necessidade de ser valorizado e também bem tratado. Pode ser gerado ainda pela necessidade de estar no controle, necessidade de auto-estima e de ser coerente. Quando as necessidades são violadas, as pessoas revidam, tentam dominar, isolam-se ou, os mais, abertos às soluções dos conflitos: sabiamente cooperam.

Em geral, os tipos de conflito ocorrem devido às mudanças, concorrência entre os departamentos, pela limitação de recursos, perfis inadequados dos superiores na hierarquia da empresa.

O conflito entre grupos ocorre, acaba envolvendo as equipes, os departamentos e as empresas. “os mais sérios conflitos da administração é quando surgem conflitos interpessoais entre líderes”, esclareceu o palestrante.

Há três estágios de identificação dos conflitos: 1) preocupação e disputas diárias, que provocam: irritação diária; atos inconscientes, que acaba trazendo problema para todo o grupo. A Estratégia eficiente é manter silêncio em vez de iniciar acalorada discussão; abater-se e aprender a conceder.

O segundo estágio traz consequências a longo prazo e envolve o desejo de vencer; há grande envolvimento emocional, interesses próprios e manutenção de aparências. Os envolvidos registram os erros dos outros e elencam várias testemunhas para garantir as suas versões dos fatos; além de tomar partido e constituir “panelinhas”. Alguns usam sarcasmos, transformando a atmosfera num ambiente hostil e, em geral, fazem insinuações indiretas.

No terceiro e último estágio, os envolvidos “armam barracos”. A batalha passa a ser aberta. O desejo de vencer é menor do que o de punir. Há muito envolvimento emocional, fazendo surgir pequenas facções de líderes. Uma gestão eficiente procura identificar o indivíduo “pior” e aqueles que estão no embalo. O gestor deve delegar as atividades, redirecionando-as com o objetivo de estimular a habilidade de todos. Procura sempre esclarecer os problemas e reforçar quais são os objetivos e projetos vitais da empresa.

A técnica ideal para administrar conflitos é: ter uma postura afirmativa diante dos problemas; saber negociar; e, obviamente, envolver o público em conflito na busca de soluções. Conforme o palestrante hoje não se usa mais um termo muito recorrente nos anos 70: “aprenda a separar a vida pessoal da profissional”. De acordo com Correa, esta afirmação até virou piada no departamento de recursos humanos das empresas.

A melhor saída para solução dos impasses é quando todos os envolvidos ganham, mas, para tanto, é preciso ter alto nível de confiança e de boa vontade. No entanto, isso não pode ser usado em todos os casos.

 

collections
Galeria de imagens