Secretaria Municipal da Saúde

Sábado, 30 de Novembro de 2024 | Horário: 14:00
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Ana Cecília Freitas faz da gestão de pessoas um compromisso para a diversidade, inclusão e valorização no SUS

Servidora está há 22 anos na gestão pública municipal

Ser referência para outras mulheres, lutar pela causa antirracismo e construir um ambiente seguro para os colaboradores pelo trabalho com gestão de políticas públicas na Divisão de Desenvolvimento de Carreiras e Qualidade de Vida no Trabalho (DDCQVT), no Departamento da Educação em Saúde (DES), da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep). Natural da capital paulista, mãe solo, Ana Cecília Freitas, de 52 anos, enfrentou muitos desafios ao longo da trajetória até aqui e se sente realizada por essas conquistas.

Sua história com o Sistema Único de Saúde (SUS) começou na adolescência, durante a criação do serviço público que tanto admira. Em 2002, quando ingressou na prefeitura, colaborou com a implantação do conselho gestor e comissões técnicas diversas. Foi aí que percebeu que a gestão de pessoas era sua vocação. Em 2009, ao ingressar na Gestão de Pessoas da então Autarquia Hospitalar, sua atuação passou a ter uma ênfase maior na promoção da equidade racial e na inclusão, especialmente com o objetivo de enfrentar o racismo institucional e estrutural no serviço público. Com um papel central na coleta de dados de raça e cor, Ana contribuiu para criar um ambiente acolhedor e inclusivo para profissionais e usuários do SUS.

A imagem mostra Ana Cecília, uma mulher negra discursando enquanto segura um microfone e papéis. Ela usa óculos, um vestido preto, brincos grandes e coloridos, além de exibir tatuagens no braço. Ao fundo, à direita, há uma bandeira parcialmente visível com uma estrela amarela em destaque.
A professora no evento de Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. (Foto: Divulgação/SMS) 

No ano seguinte, a Escola Municipal da Saúde (EMS) promovia um curso sobre o quesito raça cor nas instituições de saúde, sendo essa ação um dos eixos do enfrentamento ao racismo institucional e estrutural no serviço público. A partir dessa coleta, a Cogep passou a obter um panorama que permitiu acolher os trabalhadores e usuários do SUS. “Eu sempre trabalhei para incluir o quesito raça cor nos formulários das capacitações que promovemos dentro do desenvolvimento de pessoas, como forma de valorização do profissional.”

O reconhecimento veio em 2017, quando Ana Cecília foi indicada ao Prêmio Edna Muniz, como profissional negra de destaque pela autarquia hospitalar. O prêmio fortalece tanto a política de saúde dessa população, quanto a promoção de iniciativas da administração pública nesse sentido, e tem o objetivo de manter a equidade e a integralidade na oferta de ações de saúde para as pessoas negras. Atualmente, a profissional integra o Comitê Intersetorial da Saúde Integral da População Negra, criado pela Área Técnica de Saúde da População Negra, da Coordenadoria de Atenção Básica (CAB). Ela representa a Cogep e traz questões de saúde no ambiente de trabalho, incentiva a valorização dos trabalhadores negros, a questões de gênero, além de participar do desenvolvimento de atividades com esse objetivo, como em julho deste ano, quando a ação ‘Quem Somos na Saúde’ homenageou, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Latino-americana e Caribenha, as trabalhadoras negras da rede municipal de saúde.

Q+
Ana Cecília gosta de estudar e, recentemente, concluiu um mestrado em Ensino de Ciências da Saúde. Ela também participa de encontros comunitários em favor do avivamento da ancestralidade. “É dessa forma que consigo me acolher, esse é o meu momento.”

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